javascript:; F Petróleo Infonet: 05/03/12

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Confirmada cooperação japonesa nas áreas de petróleo e naval


Petrobras vai encomendar cerca de 600 navios nos próximos dez anos



Brasília (DF) - O Brasil deseja ampliar a parceria estratégica com o Japão, principalmente em setores que carecem de alta tecnologia, como petróleo e gás e indústria naval, disse na segunda (30/04) o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, durante visita do ministro japonês para a Estratégia Nacional, Motohisa Furukawa.

Pimentel destacou que, além da importante relação com a comunidade japonesa no Brasil, “temos com o Japão uma experiência de integração tecnológica e transferência de conhecimento” que deve ajudar na tarefa governamental de estimular o avanço tecnológico nas empresas nacionais.

Ele revelou ao visitante que a Petrobras vai encomendar cerca de 600 navios nos próximos dez anos. O assunto consta da pauta de negociações que levará a Tóquio, no fim de maio, em missão oficial do governo brasileiro. Oportunidade em que terá encontros com empresários japoneses na tentativa de vencer a resistência de investidores que deixaram o país depois das sucessivas crises econômicas.

O ministro japonês elogiou os incentivos brasileiros para a atração de investimentos e adiantou que o governo do Japão está disposto a ajudar. “Vim ao Brasil para isso”, disse ele. Furukawa ressaltou que a parceria com o Brasil é muito importante e enfatizou que o país está disposto a colaborar com o intercâmbio de estudantes do Programa Ciência sem Fronteiras nos dois sentidos. Ele também foi o portador do convite do governo do Japão para que a presidenta Dilma Rousseff faça uma visita oficial ao país asiático.

Fonte: Agência Brasil

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Importação de mão de obra cria risco para o desenvolvimento do país




Especialistas apontam que a entrada de estrangeiros deve ser pautada pela multiplicação de conhecimento, caso contrário, a indústria brasileira corre o risco de ficar estagnada
A tentativa de equacionar o déficit de mão de obra, patente em alguns setores da economia brasileira, com a entrada de profissionais estrangeiros pode colocar em risco o desenvolvimento da indústria local. Isso acontecerá se, na esteira dos projetos que estão para acontecer, o país deixar o conhecimento a cargo dos estrangeiros, ao invés de transferi-lo para os profissionais brasileiros. Esta é a avaliação do presidente da Associação Internacional de Automação, no Brasil (ISA Distrito 4), Jorge Ramos.
“Isto acontecerá se a chamada "importação de mão de obra" for temporária. O profissional de fora vem, fica por um tempo e retorna à sua base sem haver qualquer transferência do conhecimento e treinamento local. Ele (o profissional estrangeiro) vem só para executar determinado projeto. Desta maneira, ao retornar, o país (Brasil) ficará da mesma forma e continuará precisando de mão de obra qualificada”, disse Ramos.
O setor naval é um dos que sofrem com o déficit de mão de obra: os estaleiros disputam com outras indústrias de base e a navegação está prejudicada com a falta de profissionais para assumir o comando dos navios. Na cadeia de óleo e gás, o cenário não é diferente. Só a Petrobras, maior empresa do país e quarta maior petroleira de capital aberto do mundo, de acordo com a Forbes, precisa ampliar seu quadro de funcionários de 58 mil para 64 mil, cerca de 10%, já para o ano que vem.
Brasil precisa de profissionais experientes para manter os projetos
Em entrevista ao NN, Giovanna Dantas, gerente de operações da NES Brasil, consultoria multinacional que atua no setor de óleo e gás, a importação de profissionais em países nos quais a indústria registra déficit de engenheiros e trabalhadores qualificados é inevitável. Contudo, para impedir o temido “apagão” de mão de obra é preciso que este processo seja pensando para multiplicar, não substituir, conhecimento.
 “A solução para esse problema (escassez de mão de obra) tem que passar pela flexibilização de normas e pela criação de projetos específicos para multiplicação de conhecimento com criação de indicadores, algo fiscalizado de perto pelo governo”, afirmou Giovanna.
Jorge Ramos vai além e alerta que uma abertura indiscriminada do mercado brasileiro para os profissionais estrangeiros vai, no máximo, adiar o “apagão”, ao invés de impedi-lo. “É muito mais fácil abrir as portas e resolver o problema no curto prazo. Isto, na minha opinião, é um "crime". Vamos adiar o “apagão”. Lembro que temos que fazer o projeto, mas depois temos que mantê-lo. A mão de obra importada deve servir não só para agilizar o projeto mas também para treinar nossos novos profissionais”. Para tal, o executivo alertou que é “importante trazer somente mão de obra sênior, experiente.” Foto: Jorge Ramos, Presidente da ISA no Brasil (divulgação)
Fonte: NN

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