javascript:; F Petróleo Infonet: 04/11/12

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Prominp: inscrições prorrogadas até domingo para cursos gratuitos em petróleo e gás


prominp 2012 inscrições Prominp 2012: Inscrições
São mais de 11 mil vagas em 14 estados
Estão prorrogadas até as 23:59h do próximo domingo, dia 15 de abril, as inscrições do processo de seleção pública que o Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural) realiza com o objetivo de qualificar mão-de-obra para atender as demandas futuras da indústria nacional de petróleo e gás. São 11.671 vagas, em 14 estados, para cursos gratuitos em categorias profissionais de níveis básico, médio, técnico e superior.
Os estados contemplados no quadro de vagas são: Amazonas (562), Bahia (920), Ceará (212), Espírito Santo (387), Maranhão (130), Minas Gerais (180), Mato Grosso do Sul (708), Pernambuco (384), Rio de Janeiro (4602), Rio Grande do Norte (485), Rio Grande do Sul (1192), Santa Catarina (524), Sergipe (364) e São Paulo (1021). Os candidatos interessados nos cursos do Prominp podem consultar a relação candidato-vaga em processos seletivos anteriores no site do Programa (http://www.prominp.com.br).

As vagas estão assim distribuídas: 7335 para cursos gratuitos de nível básico; 4336 para os de nível médio/técnico, e 630 para as categorias de nível superior. Em categorias específicas dos níveis médio, técnico e superior, há oferta de 63 vagas para portadores de necessidades especiais.
Informações gerais
A inscrição para o processo seletivo é feita, obrigatoriamente, no sitehttp://www.prominp.com.br. O candidato tem a opção de fazê-la diretamente, ou de utilizar o atendimento de um dos postos credenciados em sua respectiva região, que estão listados no edital. Para os cursos de nível básico, a inscrição custa R$ 25,00; nos níveis médio e técnico, R$ 42,00; e para as categorias de nível superior, o valor será de R$ 63,00.
Para concorrer a uma das vagas oferecidas, o candidato deve ter idade igual ou superior a 18 anos, além de preencher os pré-requisitos do curso desejado. Os candidatos aprovados que estiverem desempregados durante o curso receberão uma bolsa auxílio mensal no valor de R$ 300 (cursos de nível básico), R$ 600 (níveis médio e técnico) e R$ 900 (nível superior).

A participação nos cursos não garante emprego aos alunos. O objetivo é melhorar a qualificação dos profissionais que serão, eventualmente, aproveitados pelas empresas privadas fornecedoras de bens e serviços do setor de petróleo e gás natural.

Todas as informações sobre os cursos oferecidos nesta etapa de seleção podem ser obtidas no edital, que está disponível para consulta e download nos sites do Prominp (http://www.prominp.com.br) e da Cesgranrio (http://www.cesgranrio.org.br/inicial.html). Dúvidas sobre o edital de seleção podem ser tiradas pelo telefone 0800 701 2028 ou pela seção Fale Conosco, no site do Prominp.
Fonte: Petrobras
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Brasil poderá ser o segundo maior produtor de gás xisto




XISTO  Segundo estudos recentes, o aumento da produção do Shale Gas (gás natural produzido a partir do xisto), nos próximos anos, pode mudar o mercado de energia no mundo e torná-lo uma das principais fontes de energia não renovável. Estimativas colocam o Brasil, num futuro próximo, no segundo lugar como o maior produtor do insumo depois dos Estados Unidos. Em entrevista ao NN, o Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Óleo e Gás (INOG), René Rodrigues falou sobre essas perspectivas. Para René, o termo xisto não está correto. Segundo o coordenador, o termo correto seria folhelho e neste caso específico talvez, folhelho betuminoso.
PRODUÇÃO  “No Brasil, a Petrobras produz principalmente óleo e gás de folhelhos betuminosos em São Mateus do Sul no Paraná. É um processo industrial de produção de óleo e gás pelo aquecimento deste tipo de rocha em atmosfera inerte (pirólise). Neste caso, o Brasil possui a segunda reserva mundial de folhelhos betuminosos, situados na Bacia do Paraná (Formação Irati), Bacia de Taubaté (Formação Tremembé), Bacia do Parnaíba (Formação Codó) e outras ocorrências menos conhecidas”, disse René.
FOLHETOS  René frisa que, enquanto o Brasil possuir reservas de óleo e gás produzido pela própria natureza e, portanto, a um preço bem inferior, dificilmente será dado ênfase muito grande a este tipo de recursos não convencional. “Outro tipo de recurso não convencional em termos de produção, muito em voga atualmente no mundo, é o que chamamos de gás de fohelhos (shale gas). É um processo em que o gás foi produzido pela natureza e ficou retido nos microporos do folhelho. Para produzi-lo é necessário efetuar fraturamento hidráulico e perfuração horizontal nestes intervalos”, explica. Segundo o coordenador, o INOG também está se dedicando a estudar este tipo de ocorrência.
ESTUDO  De acordo com estudo da consultoria KPMG, a Argentina deverá ser o primeiro país sul-americano a produzir gás de xisto em grande escala. Com reservas estimadas em 21 trilhões de m³ do energético, o país é apontado pela pesquisa como o único da região a estar pronto para dar início à produção comercial do chamado shale gas, a começar pela província de Neuquén, no sul argentino. Segundo a AIE, o Brasil aparece em 10° lugar entre os países produtores de shale gas no mundo com reservas estimadas de 6,3 trilhões de m³. Depois dele, aparecem apenas a Polônia e a França. Nas três primeiras posições estão a China (36,1 trilhões de m³), Estados Unidos (244,09 trilhões de m³) e Argentina (21 trilhões de m³). Segundo as previsões do Energy Information Administration (EIA) norte-americano, a produção de shale gas nos Estados Unidos irá quadruplicar entre 2009 e 2035.
Fonte: NN
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ESTÁGIO SUBSEA 7



Estagiário Técnico em Mecânica
Localização: Rio de Janeiro - Rio das Ostras
Disciplina: i-Tech | ROV
Carga horária: 20 hours per week
Tipo de contrato: Contract
Data de fechamento: 30/04/2012

Referencia da Vaga51195

Descrição da vaga- Residir na região dos lagos,RJ;
- Estar cursando o Ensino Técnico em Mecânica;
- Desejável a previsão de contratação em dez/2012;
- Conhecimento intermediário de Inglês e Informática.

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Rockwell Automation figura entre as mais éticas do mundo



A Rockwell Automation, empresa especializada em controle de automação industrial e soluções de informação, foi premiada, pelo quarto ano, como uma das empresas mais éticas do mundo. O reconhecimento foi concedido pelo Ethisphere Institute - organização internacional de pesquisa dedicada à criação, avanço e compartilhamento de melhores práticas em ética empresarial, responsabilidade social corporativa, práticas anticorrupção e sustentabilidade.

“A cada ano, cresce a quantidade de indicações apresentadas para análise”, disse Alex Brigham, diretor executivo do Ethisphere. “Os vencedores de 2012 sabem que um programa de ética robusto é componente fundamental para um modelo de negócio bem sucedido, e eles continuam a avaliar seus padrões éticos para se manter atualizados com um ambiente regulatório em constante mudança".

"Um elemento característico que destaca a Rockwell Automation entre outras empresas é a nossa cultura de ética, responsabilidade e prestação de contas. Mundialmente, em todos os níveis da empresa, nossos 21 mil empregados são totalmente dedicados a fazer o que é certo”, comentou Keith Nosbusch, CEO da Rockwell Automation. “Nosso compromisso global com práticas comerciais responsáveis é absoluto. Para nós, honestidade, ações justas, qualidade e rapidez de resposta são princípios orientativos, e a integridade é um valor básico em cada transação comercial", concluiu.

No Índice de Envolvimento de Funcionários Global Voices mais recente, as pontuações da Rockwell Automation relacionadas à ética foram as mais altas de todas as categorias, e estavam acima das pontuações normativas disponíveis, por uma grande margem. Os empregados comentaram que entendem claramente as expectativas de um comportamento ético, que denunciariam uma violação ou problema, e sabem onde e como relatar tais comportamentos.

Adicionalmente, a Sociedade de Profissionais em Serviços Financeiros concedeu, recentemente, seu Prêmio Wisconsin Business Ethics Award à Rockwell Automation em 2011.

A lista completa de 2012 do Ethisphere Institute com as empresas mais éticas do mundo pode ser vista no site: ethisphere.com/wme.

Fonte: TN Petróleo
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Governo americano quer menos conteúdo local no pré-sal



O governo americano quer que o Brasil reduza a exigência de conteúdo nacional na exploração de petróleo e gás para facilitar a entrada de empresas americanas no mercado brasileiro e no pré-sal. A reivindicação foi feita oficialmente pelo subsecretário de Comércio e Comércio Internacional dos Estados Unidos, Francisco Sánchez, uma espécie de vice-ministro.
"Acho que o Brasil estaria bem servido se desse uma segunda olhada nessas políticas (de exigência de conteúdo nacional) para que tivesse acesso à melhor tecnologia e know-how logo no início do processo (de exploração do pré-sal)", disse Sánchez, durante seminário que fez parte da programação oficial da visita da presidente Dilma Rousseff a Washington.
A insatisfação das empresas americanas com as regras do pré-sal já havia sido tema de conversas bilaterais, mas nenhuma autoridade dos EUA havia tratado do assunto publicamente e de modo tão direto. Os americanos consideram muito elevado o percentual de até 65% de conteúdo nacional exigido pela legislação brasileira e argumentam que isso funciona como uma barreira à entrada delas no pré-sal.
A cooperação dos dois países na área de energia é um dos pontos considerados prioritários para os dois presidentes. Em declaração após reunião de trabalho na Casa Branca com o presidente Barack Obama, Dilma falou no potencial de parcerias para o fornecimento de equipamentos e serviços e participações comerciais. "Temos grande campo de cooperação quando se considera o petróleo e o gás", afirmou.
Obama deixou claro que a intenção do país não é ser apenas um cliente do petróleo brasileiro. "O Brasil está se tornando um ator importante no setor de óleo e gás mundial. Os Estados Unidos não são apenas um potencial grande cliente do Brasil. Acho que podemos ter uma cooperação estreita num amplo leque de projetos na área de energia", disse o presidente americano.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, defendeu a política brasileira de conteúdo nacional. Segundo ele, países como Noruega e Inglaterra usaram o petróleo para fortalecer a indústria local. "Seria falta de inteligência não ter incentivos no Brasil para desenvolver a cadeia de óleo e gás", afirmou.
Coutinho reconheceu que será necessário tomar uma "decisão política" que calibre o ritmo entre a necessidade de explorar o pré-sal mais rapidamente e a de desenvolver a indústria local. Esse "ponto ótimo", segundo ele, será definido por Dilma.
Na visão da Petrobras, cumprir as regras de conteúdo local não será o grande desafio. A presidente da empresa, Graça Foster, argumenta que a estatal já trabalha com percentuais mais altos de conteúdo nacional em outros projetos. O treinamento e oferta de mão de obra será o grande gargalo. "O conteúdo local não é um problema. O desenvolvimento de recursos humanos deveria ser o foco", afirmou Foster, durante o seminário com investidores brasileiros e americanos. Segundo ela, o setor precisará de 220 mil novos trabalhadores até 2016.
Graça Foster também teve que responder perguntas sobre o vazamento de óleo no Campo de Frade, na bacia de Campos, no Rio, ocorrido em novembro. A Chevron é contratada pela Petrobras para fazer a operação do campo. "Trabalhamos juntos para resolver o problema. Mas são eles [Chevron] que precisam dar as respostas oficiais às autoridades", disse Foster.
O Ministério Público Federal entrou com uma ação civil pública contra a Chevron pedindo indenização de R$ 20 bilhões por danos ambientais e sociais. Além disso, executivos da empresa americana foram proibidos de deixar o país. A Chevron considerou a indenização arbitrária e sem bases legais.
O representante do governo americano, o vice-secretário de Energia, Daniel Poneman, não quis comentar o caso da Chevron, mas disse que os Estados Unidos procuram garantir tratamento igualitário e justo e a aplicação transparente da lei a todas as empresas que operam fora do país. (LP)
Fonte: Valor Econômico
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Informações ambientais em exploração de petróleo e gás terão rigor científico


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Informações ambientais a serem usadas na definição das futuras áreas de exploração de petróleo e gás devem ter caráter científico. A exigência foi feita na terça-feira (10) pela ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante a posse do novo presidente do Instituto Chico Mendes (ICMBio), Roberto Vizentin.

Izabella Teixeira defendeu a associação com universidades brasileiras para estes levantamentos. “Precisamos trabalhar com excelência. As informações não vão ser produzidas por empresas de consultoria, mas têm que acontecer a partir de processos técnicos e científicos robustos, com redes de universidades que possam gerar esta informação”, disse.

As áreas de meio ambiente e de minas e energia passaram, a partir de terça, a ser responsáveis pela elaboração de estudos sobre exploração de petróleo e gás, segundo portaria conjunta dos  Ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia. O objetivo da portaria é identificar impactos socioambientais e classificar as áreas como aptas ou não aptas para as atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural.

“É esta casa (ICMBio) que tem que definir que critérios são estes, quais são as áreas sensíveis, quais as áreas prioritárias de conservação, onde há sobreposição e mediacão de conflitos. Essa casa trabalha pouco com conflitos e tem que ter técnicos”, afirmou Izabella Teixeira.

Segundo a ministra, durante reunião com a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Magda Chanbriand, na terça, em Brasília, as duas áreas começaram a definir ações conjuntas. “Vamos trabalhar uma agenda ambiental. Já temos definidas questões de licenciamento e de áreas de gestão de acidentes. Agora estamos avançando para o monitoramento e planejamento das concessões”, explicou.

Izabella Teixeira também cobrou do novo presidente do ICMBio a revisão de modelos de concessões utilizados em áreas protegidas do país. Segundo ela, é preciso melhorar os sistemas de uso público das unidades de conservação (UCs). “Temos que inovar nos modelos de concessão de serviços. É inaceitável termos mais de 300 UCs federais e que menos de 1% da população tenha acesso a estas unidades”.

Roberto Vizentin disse que assume o instituto com outros desafios, como a ampliação de áreas protegidas no país e a regularização fundiária nessas regiões. “Nas unidades que não permitem a permanência das pessoas precisamos desapropriar, indenizar e realocar. Esse é um passivo muito grande. A primeira medida que vou adotar é levar políticas públicas para áreas de preservação e entorno. Não podemos mais aceitar Brasil como potencia econômica e não ter energia, escola e saúde nas unidades de conservação. Aquelas pessoas que vivem e cuidam da riqueza do país vivem na pobreza hoje”, disse o novo presidente do Instituto Chico Mendes.

Fonte: Agência Brasil
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TRC: Permits Filed for Flaring Gas from Texas Oil Wells Increase



The number of permits to flare natural gas from wells in Texas increased in 2011 from 2009, according to data from the Texas Railroad Commission (TRC).
TRC reported that 651 permits were filed to flare gas from wells, up from 306 permits for gas flaring filed in 2010 and 158 permits in 2009.
The majority of flaring permits requests that TRC received are for flaring casing head gas from oil wells, as TRC does not issue long-term permits for flaring from natural gas wells, a TRC spokesperson Ramona Nye.
"To put these numbers in context, Texas currently has more than 144,000 active oil wells, so flaring involves just a small fraction of the state's oil wells," Nye commented.
Both oil and gas wells are allowed under TRC rules to flare during the drilling phase and up to 10 days after a well's completion for potential testing. Rare exception for long-term flaring from a gas well may be made in cases where the well or compressor require repairs.
Flaring is typically necessary because new wells do not have pipeline connections, which are not built until after a well is completed and the well's productive capability is determined.
Initial permits are issued for 45 days, requiring the operator to provide documentation that they have made progress on establishing a pipeline connection to the well if they want an additional time period to flare.


Karen Boman has more than 10 years of experience covering the upstream oil and gas sector. Email Karen at kboman@rigzone.com
Source: RIGZONE
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Reino Unido quer ampliar presença no pré-sal brasileiro



As relações comerciais entre o Brasil e o Reino Unido deverão se estreitar mais, sobretudo no segmento de energia, setor alvo de pesados investimentos no país. Em entrevista ao Valor, o embaixador do Brasil no Reino Unido, Roberto Jaguaribe, afirmou que os investimentos da Inglaterra no Brasil vão começar a se intensificar nos segmentos de petróleo e gás, áreas nas quais os ingleses têm expertise.
"O Reino Unido tinha ficado muito para trás em investimentos no Brasil. Agora está mudando, sobretudo em energia, particularmente em petróleo e gás", disse Jaguaribe durante entrevista na embaixada brasileira, na região de Mayfair, uma das mais valorizadas de Londres, a poucas quadras do Hyde Park.
O pré-sal já está aproximando comercialmente os dois países. "O Reino Unido tem pontos focais nesse processo, devido à experiência do Mar do Norte. Não podemos dizer, contudo, que é a mesma coisa sob o ponto de vista tecnológico, mas há uma série de desafios logísticos, que são parecidos", observou o embaixador.
Quando o Reino Unido descobriu petróleo no Mar do Norte, na década de 60, a região tinha capacidade de produzir muito pouco do que era demandado para explorar adequadamente, lembrou Jaguaribe. Com o passar do tempo, foi incrementando significativamente a produção, como a Noruega, e hoje produz mais do que a demanda, apesar de a oferta já não ser abundante.
"Como o petróleo do Mar do Norte está em estabilidade, há uma complementariedade natural com o aumento de demanda com o Brasil. Então, há muita possibilidade de parceria no segmento de petróleo e gás entre os dois países", disse o embaixador.
Segundo o diplomata, muitas empresas inglesas estão se voltando para o Brasil. No dia 10 de maio, será realizado um seminário de petróleo e gás em Aberdeen, na Escócia, onde está instalado importante porto do Mar do Norte, no qual a Petrobras terá importante participação, para discutir o assunto com empresas do setor.
Empresas como a anglo-holandesa Shell, a British Petroleum (BP) e a British Gas (BG) - menor, se comparada às outras duas companhias - estão aprimorando a relação comercial com o Brasil. "Shell e BP, por exemplo, já possuem investimentos importantes na área de biocombustíveis no país", disse.
A BG está montando seu centro de pesquisa global no Brasil e ajuda no programa Ciência sem Fronteiras. "Além disso, há um empenho muito grande de empresas como a Rolls-Royce, que atuam em petróleo e gás", disse Jaguaribe. Recentemente, a Rolls-Royce informou ter planos de investir US$ 200 milhões entre 2012 e 2013 em projetos ligados ao pré-sal. A empresa deverá ampliar a unidade de São Bernardo do Campo (SP) para fazer manutenção de turbinas de conjuntos de geração de energia usados em plataformas de petróleo.
Apesar da forte importância econômica do pré-sal para o Brasil, há iniciativas privadas em outros setores que olham o Brasil com potencial fonte de investimentos, como biotecnologia e inovação, energia tradicional, turbinas para hidrelétricas, entre outros.
Ex-presidente do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) no governo Lula, Jaguaribe foi nomeado embaixador em Londres no início de 2010. Filho do intelectual e ex-ministro Hélio Jaguaribe, o diplomata também esteve encarregado das negociações com a África e a Ásia, prioridades da Presidência da República.
Mesmo afastado há alguns anos da área de inovação, Jaguaribe afirmou que esse segmento, sobretudo o farmacêutico, é de grande interesse bilateral. "Estamos fazendo esforço para identificar mecanismos para ampliar a interface do Brasil com o Reino Unido."
"O Brasil tem capacidade enorme para melhorar sua competência nesse segmento porque tem base tecnológica razoável, base científica ainda melhor, um mercado enorme, com capacidade de expandir significativamente. Além disso, tem políticas públicas, compras governamentais, uma série de instrumentos de grande relevância para ativar com consistência o setor farmacêutico, permitindo, ao meu juízo, que possa ter um elenco inovador importante", afirmou.
O Brasil, na década de 70, buscou fazer uma política industrial permitindo que companhias nacionais copiassem o que havia de mais moderno. "Mas não basta fazer isso. Para fazer uma política adequada, tem que movimentar uma multiplicidade de instrumentos. A mera legislação de propriedade industrial, seja no sentido de acabar com as patentes para permitir as cópias, ou no sentido inverso - de promover muitas patentes, incentivar algumas pesquisas -, nada disso é suficiente. Ela tem que ser acoplada com uma multiplicidade de outros instrumentos dirigidos diretamente."
Jaguaribe disse ser a favor de que o Brasil busque importantes parceiros tecnológicos fora, criação de joint ventures nacionais e parcerias com capital estrangeiro voltadas para fazer uso do grande mercado brasileiro. "Tudo isso em um esquema de competição aberto com outros fornecedores que possam aparecer."
A farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK), que já tem presença no Brasil, quer ampliar a participação. Além de gigantes da área, o embaixador observou que pequenas empresas tecnológicas podem ampliar essa relação, pois são muito promissoras, não apenas no mercado farmacêutico, mas também nos setores de nutrientes e vitaminas, por exemplo.
Os ingleses, segundo Jaguaribe, têm passado por uma experiência de transição importante, de um país essencialmente de manufaturas gerais para serviços sofisticados, ampliando muito o uso das indústrias criativas. Eles buscam integrar indústria e pesquisa. "Isso é um dos elementos que, não só no segmento farmacêutico, mas em todas as áreas de produção no Brasil são deficientes, menos na agricultura, onde a pesquisa está muito associada à produção."
Outro ponto seria unificar as demandas de inovação em uma única pasta. "No Reino Unido, há um ministério responsável por ciência e tecnologia, capacitação de pessoal e indústria e comércio. No Brasil, é um pouco disperso [agora a pasta de Ciência e Tecnologia foi integrada à Inovação]. Muitas coisas ainda dependem, por exemplo, do Ministério da Fazenda. Ainda temos muita coisa para fazer."
Jaguaribe citou os sistemas de "catapultas" no Reino Unido, que são centros financiados, integralmente ou em parte, pelo governo, voltados para tecnologias prioritárias para atender demandas específicas da indústria. Esse programa permite que as empresas invistam e demandem tecnologia sem ter um custo fixo relevante associado a isso.

Fonte: Valor Econômico
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Gigante alemã de Jundiaí foca agora no pré-sal



Centro de Pesquisa e interação com universidade vão fomentar os investimentos da Siemens na cidadeFÁBIO PESCARINI
São nos gigantescos galpões da Siemens em Jundiaí que nasce combustível suficiente para impulsionar o futuro macroeconômico do Brasil. Pode soar como trocadilho infame usar  essa palavra em um setor da multinacional de origem alemã exclusivo para área de energia, mas não é. A empresa centralizou um de seus principais focos na exploração de petróleo na camada de pré-sal.
Esse mar de oportunidade de investimentos no Brasil deixou uma comitiva formada por 70 alemães boquiaberta no começo da tarde desta terça-feira na unidade de Jundiaí.
De acordo com Paulo César Beshini, principal executivo da Siemens jundiaiense, a unidade vai interagir diretamente com o centro de pesquisa em construção no Rio de Janeiro para desenvolvimento de novas tecnologias voltadas à área de óleo e gás – o outro parceiro é a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Ou seja, toda tecnologia desenvolvida no centro de estudos, que custará US$ 50 milhões, será colocada em prática na fábrica jundiaiense para a geração de energia na exploração de petróleo, ramo em que a unidade é uma das referências no país – está presente em todas as plataformas de petróleo.
“Estamos preocupados com a geração de energia para o futuro”, afirma o executivo. Para chegar fundo na exploração petrolífera na camada do pré-sal, a Siemens vem de duas expansões seguidas em Jundiaí – a última foi inaugurada no ano passado, para o setor de média voltagem, e a penúltima, em 2007, teve a visita do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passou a dar nome à rampa de acesso ao auditório da empresa.
Atualmente, a Siemens conta com cerca de 2,2 mil empregados na planta de Jundiaí. Em seus quase 200 mil metros quadrados de área, são 20 construções, entre pequenos e gigantescos galpões para a produção de equipamentos voltados à produção energética, em um contraste de impressionar até altos executivos alemães, entre os minúsculos componentes e monstruosos transformadores que costumam precisar de aparato especial para serem transportados até o Norte do país quando estão prontos.
Energia limpa /Outro ramo que vem ganhando destaque nos investimentos da empresa em Jundiaí é o de desenvolvimento de energia verde, de acordo com o executivo, para a fabricação de equipamentos que usam óleo vegetal ou transformadores a seco que não explodem (e desta forma, evitam contaminar ainda mais a camada de ozônio).
Assim como no Pré-Sal, a Siemens mantém um grupo de desenvolvimento exclusivo para a área de tecnologia verde. “O Brasil é referência”, afirma Beshini.
O investimento é certeiro, aposta, tanto para o mercado interno quanto ao internacional. “O país está chegando no mesmo nível dos europeus em preocupação ambiental”, acredita.
E parece contradição: nas orientações para visitantes e funcionários há um pedido para que não se use aparelhos eletrônicos desnecessariamente. “Economize energia”, diz o texto. Nos galpões da maior exportadora da cidade nascem ideias globalizadas, tão verdes quanto os dólares que arrecada para o município.

No fim, bom papo acaba em futebol e carrões
Na recepção da empresa no Distrito Industrial de Jundiaí, o visitante recebe um folder com a história da fábrica e dicas de conduta no seu interior. Totalmente em inglês. Afinal, o português é falado no chão de fábrica, mas os negócios gerados pela Siemens são feitos para serem entendidos em países como Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, Paquistão, Qatar, Dubai...
Os Estados Unidos seguem como principal cliente da unidade da Siemens em Jundiaí. E a diversidade do portfólio produzido por aqui proporcionou que a indústria, em meio às crises norte-americana e europeia, aumentasse em 130% o volume exportado no ano passado em relação a 2010 – o valor comercializado passou de US$ 46,3 milhões para  US$ 106,7 milhões, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
São números como esses e uma outra lista de oportunidades de negócios no Brasil, tanto em investimentos para suprir a carência de infraestrutura e energia, quanto a eventos que o país vai promover, que passam da Rio+20 (em maio próximo) até o pódio olímpico de 2016, que deixaram a comitiva alemã empolgada com o passeio pela fábrica.
No total, três ônibus desembarcaram alemães e executivos da multinacional para a visita que, entre outros, contou com o primeiro-ministro da Baviera, Horst Seehofer, e o CEO da Siemens no Brasil, Paulo Stark.
Mais do que uma troca de gentilezas e de camisas de futebol (Seehofer ganhou uma da seleção brasileira e presenteou Stark com uma do Bayern de Munique), espera-se a geração de novos negócios – a Alemanha foi o principal importador europeu dos produtos de Jundiaí no ano passado, com um total de US$ 17,5 milhões gastos aqui.
E o encontro de ontem foi um golaço. “Acho que podemos competir com as exportações brasileiras em apenas uma coisa, o futebol”, disse o primeiro-ministro da Bavária em discurso (traduzido, em um dos raros momentos em que se falou português na visita de ontem) a trabalhadores da empresa. E para provar que não era brincadeira, chamou ao seu lado o ex-lateral esquerdo Paul Breitner, campeão do mundo com a seleção alemã em 1974, revelado e hoje embaixador mundial do Bayern.
Seehofer fez a comitiva interromper o passo quando viu dois utilitários esportivos alemães estacionados no meio do seu caminho: um da BMW e outro da Audi. Parou para ser fotografado entre os dois. Assim como nós, carrões e futebol também encantam estes alemães.

Fonte: Bom dia Jundiaí
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