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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Subsea 7 adiciona Schilling Robotics HD Systems a sua frota ROV



DAVIS, CA--(Marketwire - Feb 14, 2012) - Schilling Robotics, LLC, expert em sistemas submarinos, anunciou hoje a entrega de dois sistemas HD(TM) ROV de 150 hp, 3.000 m para a Subsea 7.
O HD(TM) ROV oferece uma performance ROV para trabalho compreensiva em uma configuração compacta, e amplo espaço a bordo para os sistemas de ferramentas.
"Estamos muito contentes com a Subsea 7 ter sido selecionada para continuar a implementar o HD(TM) ROV nos seus projetos", disse Tyler Schilling, CEO da Schilling Robotics. "O HD está em total conformidade com as mais exigentes demandas do setor de energia offshore".
Schilling Robotics, LLCA Schilling Robotics é uma principal empresa do mundo de robótica para oceano profundo fundada em 1985. A sede da Schilling é na Califórnia, EUA, e a empresa tem escritórios regionais no Texas nos EUA, Aberdeen, na Escócia e Cingapura. A FMC Technologies, Inc. (NYSEFTI), uma provedora global líder de soluções de tecnologia para o setor energético, é proprietária de 45% da Schilling desde 2008. Em janeiro de 2012, a empresa anunciou a compra dos outros 55% da empresa no dia 30 de março de 2012. A FMC Technologies desenha, fabrica e mantém sistemas e produtos tecnologicamente sofisticados, como sistemas de produção e processamento submarino, sistemas de wellhead de superfície, equipamento de controle de fluído de alta pressão, soluções de medições e sistemas de carregamento marinho para o setor de petróleo e gás. Para mais informação sobre a Schilling Robotics, visite www.schilling.com.
Subsea 7A Subsea 7 S.A. é uma empresa prestadora de serviços de engenharia e construção para o setor de energia offshore em todo o mundo. Oferecemos serviços integrados e planejamos, projetamos e entregamos projetos complexos em ambientes difíceis e desafiadores.
Fonte: Schilling Robotics

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Acordo entre Macaé e Nigéria visa desenvolvimento industrial de petróleo



A fim de fomentar a troca de informações e tecnologias e viabilizar o ambiente de negócios entre Macaé e a Nigéria, foi assinado na quarta-feira (15/02), uma carta de intenções de um acordo para desenvolvimento da indústria de petróleo em Macaé. O acordo, previamente assinado pelo prefeito Riverton Mussi no dia 16 de novembro, foi assinado desta vez, pelo presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), Marcelo Reid, na Subsecretaria Municipal de Indústria e Comércio.
O subsecretário da pasta, Edmilson Gonçalves dos Santos, explica que o acordo abre um link de conversação entre as empresas estabelecidas em Macaé e visa promover as atividades de interesse as duas cidades, com as empresas e instituições macaenses nos segmentos de economia e tecnologia.
Em Macaé, já foi assinado anteriormente, um convênio semelhante com a capital da Noruega. A partir desse contato, despertou-se o interesse para buscar acordos para esse importante trabalho nas capitais de petróleo e gás e foi dado início a uma interlocução de transferência tecnológica e intercâmbio comercial. Atualmente, já existem acordos assinados com a Noruega e a Argentina. Em abril, nos dias 18 e 19, durante a feira Macaé ITEC, empresários nigerianos vão visitar Macaé para uma interação com empresários locais.
- Esses acordos têm como objetivo aproximar, trocar informações e viabilizar o ambiente de negócios em Macaé. O acordo pode ser uma porta de entrada para novas empresas no município. Dessa forma, torna-se mais fácil a interlocução e esse entendimento facilita e aproxima o mundo de Macaé. E uma das ações da ACIM é justamente identificar empresas que podem ser parceiras nessas trocas — observa Edmilson.
Já está sendo estudada e viabilizada a assinatura de um acordo com o Canadá, após uma visita realizada ao país em novembro do ano passado. No local, foi possível conhecer estudos marinhos, testes em embarcações, questões ambientais, fontes de energia renováveis que espera-se, em breve, trazer para Macaé. Nessa parceria com o país, serão envolvidas também, instituições de ensino da cidade.

Fonte: Comunicação Social - Macaé
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PROFISSÕES: Salário de inspetor de solda atrai candidatos


Um dos cargos mais desejados desse mercado atualmente é o de inspetor, cujas boas remunerações vêm atraindo cada vez mais interessados. O superintendente executivo da Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem (FBTS), José Alfredo Barbosa – instituição responsável pela certificação desse profissional – comenta que a demanda pelo ofício está crescente. “O desenvolvimento da indústria do petróleo e gás fez crescer a procura, temos a questão do pré-sal e em Pernambuco temos o estaleiro, a refinaria. Todos clientes da Petrobras, empresa que demanda a certificação desses profissionais de acordo com as normas técnicas da ABNT”, salientou.
Ele pondera, no entanto, que procurar a função apenas olhando o salário pode não ser uma boa escolha profissional. “Não é interessante a pessoa entrar numa busca dessa. Primeiro, ela deve ter consciência de sua competência, pois o índice de reprovação é alto. Cerca de 60% dos candidatos que fazem a prova de certificação são reprovados. Hoje temos mais de 30 instituições oferecendo curso de inspetor, mas o que o candidato deve analisar é a qualidade do curso, procurar docentes já certificados, pois o assunto é duro”, comentou.
Basicamente para se tornar um inspetor de solda – cuja diária dos profissionais autônomos está na faixa de R$ 500, com uma média mensal acima dos R$ 5 mil – é necessário fazer o treinamento (oferecido no Senai do Cabo) e depois a prova de certificação, que tem um investimento alto, cerca de R$ 2 mil, mas ainda não é oferecida em Pernambuco. Quem quer se certificar na área, no Estado, precisa ir para a Bahia ou para outras escolas certificadoras localizadas em Estados como Rio de Janeiro e São Paulo. A expectativa, no entanto, é que o Senai do Cabo passe a oferecer a certificação até o final deste ano.
Normalmente a função de inspetor de soldagem atrai o pessoal de cursos técnicos em mecânica, metalurgia e engenheiros de várias áreas. No entanto, é necessário comprovar uma experiência mínima de um ano na área de soldagem.
A norma NBR 14.842 estabelece os critérios para a candidatura ao cargo em seus dois níveis de trabalho, o nível 1 – faixa salarial mais baixa – e o nível 2 – com salários que passam dos R$ 10 mil. Basicamente, o inspetor de nível 1 tem a função de verificar se todos os procedimentos estão sendo aplicados no trabalho de soldagem. O de nível 2 é responsável por estabelecer os requisitos da montagem. Ou seja, um profissional determina como o trabalho deve ser feito e o outro verifica se o plano está sendo seguido.
Os pré-requisitos envolvem um balanceamento entre o nível de escolaridade e o tempo de experiência em soldagem. Quanto mais escolaridade tiver o candidato, menos experiência prática é exigida. Além disso, é necessário comprovar treinamento na área. “Matérias que mais reprovam envolvem provas visuais e de tratamento térmico. No nível 2, uma das exigências é a leitura em inglês, pois muitas normas de projetos estão na língua inglesa”.
Fonte: Jornal do Commercio
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PROFISSÕES: Soldador: um futuro promissor


Com salários iniciais de R$ 800, mas com potencial para ofertar remunerações de até R$ 8 mil, a a profissão atrai cada vez mais interessados no Estado

Uma das características do desenvolvimento econômico é o seu poder de multiplicação de empregos, gerando, inclusive, novas profissões. Um exemplo deste fenômeno em Pernambuco é o aumento da demanda por profissionais especialistas em soldagem, estimulado pela atual montagem da indústria do petróleo e gás no Estado, um setor que inclui refinaria, estaleiro e as petroquímicas de POY e PET. Somente o Estaleiro Atlântico Sul espera contratar este ano cerca de 500 profissionais, isso sem falar em outros empreendimentos que estão para chegar, como o estaleiro do consórcio Schahin-Modec.
Perspectiva de bons rendimentos atrai pessoas de outras áreas técnicas para a profissão .
Eduardo Veiga, diretor do Senai Cabo, explica que existem hoje duas formas básicas de ingressar na carreira de soldador. “A primeira delas é através do Senai Cabo, que oferece cursos de treinamento de qualificação e também o curso técnico”, comentou. A outra forma é através do Programa de Mobilização da Indústria do Petróleo e Gás Natural (Prominp).A carreira de soldador começa com um salário na faixa dos R$ 800, mas com desenvolvimento e investimento pessoal pode pagar mais de R$ 8 mil, como no caso dos inspetores de solda de nível 2. Em outras palavras, o aumento das vagas também traz exigências de qualificação do profissional, até porque a qualidade atestada do serviço é uma condição que uma empresa como a Petrobras – a maior cliente do setor – não abre mão.
A notícia ruim para quem pretende ingressar nesta carreira é que a fila de espera é grande. No caso do Senai do Cabo, Eduardo Veiga contabiliza que existe uma fila de espera de 1.500 pré-inscritos. “Nossa meta, no entanto, é zerar esse estoque até setembro”, diz.
O importante mesmo para quem quer seguir no caminho é se inscrever. “Me matriculei há seis meses no curso do Cabo e o pessoal me ligou agora. Comecei dia 19 e já nem esperava mais ser chamado”, comenta o estudante de Marketing Gustavo Cavalcanti, de 22 anos. Seu interesse, conta, é seguir na carreira para tentar chegar ao posto máximo, de inspetor de soldagem. “Fiquei sabendo da profissão através de um amigo e quero chegar a ser inspetor porque é um cargo que paga salários de R$ 8 mil. É um pagamento bacana”, conta. Para chegar lá, Gustavo vai começar se qualificando na área e vai pagar duas parcelas de R$ 187 para o curso inicial.
Fazer um curso de soldador, no entanto, não garante o aprendizado imediato. As aulas de capacitação têm duração de 300 horas. O Estaleiro Atlântico Sul, por exemplo, recebe o pessoal qualificado mas ainda remete o grupo para um treinamento específico na área naval. “É impossível preparar um profissional de solda em três meses. Os cursos do Senai têm o seu papel na formação de pessoal, mas precisamos dar mais instruções específicas. Temos um Centro de Treinamento para começarmos a formar o nosso pessoal”, informa o diretor administrativo e de RH do EAS, Gérson Beluci. Ele informa que até o final deste ano a empresa terá investido R$ 10 milhões na formação de seu pessoal.
Fonte: Por Leonardo Spinelli
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Energia Alternativa Versus as Descobertas de Super Campos Petrolíferos


Anúncios de descobertas de novos super campos de petróleo no Brasil, Ásia Central e em outras partes do mundo têm chamado a atenção dos nossos leitores e leitoras sobre as implicações que estas novas reservas poderiam causar à indústria dos biocombustíveis.
 A questão que estão levantando é se estas descobertas não vão parar ou pelo menos diminuir a corrida por energia alternativa que tantos especialistas no mundo todo e particularmente nós aqui do MyBeloJardim defendemos com tanta força.
Em nossa opinião a corrida para criar aditivos, derivados e substitutos à era finita do petróleo é irrervesível e a nação… que não se engajar de corpo e alma nesta nova modalidade energética, a dispeito de ter ou não novas reservas petrolíferas, vai pagar um preço muito grande no futuro.
Como temos mostrado no nosso site, no mundo de energia alternativa tudo está acontecendo a uma velocidade muito rápida. Lembrem que em post recente, escrevemos sobre o início da construção da usina Ivanpah de Energia Solar Concentrada de 375 MW na Califórnia considerado como a maior de seu tipo no mundo.
Quase no mesmo dia que tínhamos colocado o post online, foi anunciado a aprovação de outra mega central de Energia Solar Concentrada muito maior, de 1,000 Megawatts (1 GW), usando a tecnologia de calhas parabólicas a ser construida em terras públicas na cidade Blythe em pleno deserto Californiano.
Isto é, a corrida para viabilizar combustívies e fontes de energias renováveis é parte hoje do dia-a-dia de todos aqueles que sabem que o petróleo tem seus dias contados por ser um recurso finito que está nos seus limites de continuar suprindo a demanda mundial de energia.
Tudo isto é ainda mais consubstanciado quando tomamos conhecimento de recentes revelações de fontes internas da Agencia Internacional de Energia indicando que  a AIE pode ter distorcido para menos a taxa de declínio e projeções  de disponibilidade de petróleo na próxima década.
Se estas revelações forem confirmadas, isto pode atingir a indústria petrolífera como uma bomba afetando o planejamento de suprimento e demanda da futura produção de petróleo mundial.
A substimação da taxa de declínio dos campos petrolíferos existentes, exagerando possibilidades de encontrar novas reservas têm o potencial de jogar para o caos todo o planejamento energético em longo prazo dos governos atuais.
Contudo, seja qual for a realidade, todos nós sabemos que a demanda global de petróleo tem uma grande probalidade de superar a produção de óleo fóssil nesta década,  mesmo levando em conta as recentes descobertas de petróleo offshore tanto no Brasil como na Ásia Central.
Sabemos atualmente que não basta fazer anúncios super otimistas com novas descobertas em mar profundo e dizer que temos uma riqueza inesgotável. Os custos super elevados e crescentes para o desenvolvimento de novos super-campos, tais como os campos offshore de Kashagan no Cazaquistão e a reserva Pré-Sal no Atantico Sul no Brasil exigirão $bilhões e $bilhões em investimentos antes que os primeiros barris de petróleo sejam comercialmente produzidos.
Em tal cenário, energia alternativa renovável vinda da energia solar, biocombustíveis e de outras fontes alternativas estão e vão desempenhar um papel cada vez mais importante na matriz mundial de oferta de eletricidade e combustíveis.
Hoje como modelos de primeira geração tecnológica temos o Brasil, onde biocombustível é fabricado em grande parte a partir da cana de açucar, nos Estados Unidos, onde é destilado principalmente a partir do milho, e a grande fronteira ainda virgem que são os países da Ásia Central onde a planta indígena, Camelina sativa, pode ser uma grande fornecedora da matéria-prima para produção de combustíveis renováveis.
Outras tecnologias avançadas de segunda e terceira geração, a maioria ainda em desenvolvimento ou em escala piloto, como os biocombustíveis aquícolas e celulósicos e a cultura energetica do Pinhão manso (Jatropha curcas) certamente vão também desempehar funções estratégicas na corrida de alternativas sustentáveis para a finita era do petróleo.
A questão é quão e quanto enganjados e comprometidos estão às lideranças dos nossos países em seriamente colocarem recursos onde estão suas bocas e desenvolverem programas vitoriosos, como o do biocombustíveis do Brasil, para realmente termos alternativas viáveis para o petróleo.
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A influência do contexto ambiental nos trabalhadores off-shore de uma plataforma petrolífera


O Contexto Ambiental Off-Shore: Interações Sociais

A Psicologia Social (especificamente as subdivisões da Psicologia Social do Ambiente e da Proxêmica) por se interessar pelo modo como cada pessoa interage com a outra e o meio ambiente que as circunda (Rodrigues, 1973; Kendler, 1985), serviu de base teórica para esta pesquisa. Tal investigação dividiu-se em duas etapas: i) a primeira, em que se contextualizou o ambiente off-shore e, ii) a segunda etapa, onde se investigou a influência desse ambiente sobre as pessoas.
Na primeira etapa, em relação à Proxêmica, utilizou-se o conceito de espaço pessoal (Horowitz & Proshansky, 1974; Moles, & Rohmer,1978; Fischer, 1994b) procurando identificar as delimitações espaciais e as relações de intimidade nas interações entre os trabalhadores off-shore. Já através da Psicologia Ambiental, considerou-se as relações de identificação ambiental das pessoas, em especial, a atribuição de posse através da personalização de um dado território (Goffman,1973; Sommer, 1973).
Na segunda etapa da pesquisa, procurou-se entender como os trabalhadores são influenciados pelo ambiente que os cerca tendo como referenciais:
O Stress: investigou-se os sinais indicadores de stress (Selye, 1965; Rodrigues, 1997) partindo-se da premissa de que na plataforma, uma vez que não se privilegia a fuga social, os sintomas de stress ocupacional podem ser agravados, além do fato de pesquisas atuais indicarem que os trabalhadores off-shore estão mais sujeitos ao stress do que as populações que trabalham em terra (Parkes, 1998; Joel, 1999).
O Sono: priorizou-se as características do sono do trabalhador embarcado, tendo em vista as perturbações dos ritmos biológicos ocasionadas pelos sistemas de trabalho em turnos (Kogi, 1981; Cippola-Neto, Menna-Barreto, Marques, Afeche & Silva, 1996; Velluti,1996; Rutenfranz, Kanuth, & Fisher, 1996; Garay, 1996).
As Emoções: levando em consideração a fusão entre os ambientes públicos (trabalho) e privados (lazer e repouso), objetivou-se investigar quais e como são vivenciadas as emoções entre os trabalhadores off-shore (Morales, 1994; Ashforth & Humphrey, 1995).

Método

Optou-se pelo o método qualitativo por possibilitar uma maior problematização e contextualização do ambiente de trabalho off-shore (Selltiz, Jahoda, Deutch & Cook, 1974). No âmbito da abordagem qualitativa e hermenêutica, o método escolhido foi o de estudo de caso (Ludke & André, 1986; Trivinos, 1987; Haguette, 1997).
Participantes
No total, participaram da pesquisa 79 pessoas, entre contratados e petroleiros.
Instrumentos e Técnicas
Os aspectos físicos e psicológicos do ambiente de trabalho off-shore foram investigados através da técnica de observação participante. As influências do ambiente nas pessoas foram exploradas por entrevistas semi-estruturadas com os trabalhadores. Interpretou-se as entrevistas através da análise do conteúdo do material transcrito, mais especificamente as técnicas temática e estrutural (Bardin, 1970).

Discussão

A seguir serão discutidos os resultados obtidos tanto por meio das observações, quanto através das entrevistas com os trabalhadores embarcados.
Observação Participante: Os trabalhadores consideraram que o fato de dividir o espaço de trabalho, lazer e de repouso com as mesmas pessoas fez com que as relações diárias se tornassem monótonas e cansativas mas, ainda assim, preferiam a situação pouco confortável de conviver durante todo o período de embarque com os mesmos companheiros que dividir o espaço com um estranho, o que poderia ser visto como uma invasão do espaço privativo. Não se detectou lugares ‘demarcados’ nos ambientes de trabalho da plataforma, isso, devido à transitoridade dos trabalhadores. Notou-se que a intimidade não está ligada a um espaço determinado; qualquer espaço de trabalho pertence a todos e o fato de alguém ocupar um lugar num determinado momento não lhe confere nenhum direito de posse.
Os espaços observados foram:
Alojamentos: os alojamentos ocupam dois níveis na plataforma: o segundo e o terceiro pisos. O segundo piso é destinado aos contratados. Os ocupantes desse piso, possuem primeiro grau completo, em alguns casos o segundo. O terceiro piso é formado por suítes destinadas aos petroleiros. Seus ocupantes possuem o segundo grau completo ou curso superior. Há um distanciamento visível entre os contratados e os petroleiros, devido a crenças compartilhadas entre os primeiros de que a aproximação com os funcionários da Petrobrás gera uma imagem pessoal negativa diante dos colegas. Por sua vez, os petroleiros reforçam esse distanciamento através de estereótipos negativos que formam em relação aos contratados. Existe pouca privacidade nos alojamentos. Os alojados do segundo piso, disseram não se incomodar muito com a questão da falta de privacidade, diferentemente dos alojados do terceiro piso, que possuem camarotes mais privativos, banheiros individuais e onde justamente as reclamações de falta de privacidade são maiores. Assim, quanto mais baixo o nível de escolaridade e de hierarquia encontrados, menor era o espaço físico disponível e maior era a indiferença em relação a essa situação para a pessoa. Quanto mais elevada a escolaridade e a hierarquia organizacional, entretanto, maior era o espaço disponível e maior era a sensação subjetiva de invasão espacial.
Lazer: existem poucas atividades coletivas de lazer envolvendo os embarcados. Se nas relações de trabalho a proximidade entre os dois grupos é inevitável e imposta, na prática de esportes, onde o contato físico é iminente, ela é evitada a todo custo. A presença nos ambientes de lazer é permitida apenas em ‘roupas civis’, sendo o ingresso com roupas de trabalho, vedado. Essa determinação pareceu ser uma forma indireta de controle das pessoas em seus diferentes espaços. A diferenciação, pessoa-em-trabalho e pessoa-em-folga nas atividades de trabalho em terra se faz pela mudança espacial. Na plataforma, os locais de trabalho e lazer coexistem em um mesmo espaço. A identificação, nesse caso, se dá pela roupa, ou mais precisamente, pela ausência do uniforme que de imediato sugere que determinada pessoa está de folga naquele exato momento. Assim, os trabalhadores de folga são facilmente identificáveis pelos supervisores e colegas.
Serviços de Apoio: para o técnico de enfermagem, os acidentes no trabalho já foram mais freqüentes, mas nos últimos três anos essa média diminuiu muito. Conforme foi informado, atualmente a média de acidentes é maior entre contratados do que petroleiros, talvez devido à política de terceirização da Petrobrás, onde grande parte das atividades sujeitas a maiores riscos ficam ao encargo dos contratados. No refeitório, durante os horários das refeições, notou-se que havia um movimento dos petroleiros em ocupar as mesas menores, mais reservadas e distantes dos funcionários contratados, configurando, também no refeitório, um certo distanciamento social. Com relação aos telefones, existem na plataforma quatro linhas telefônicas, sendo uma para uso interno e três cabines de telefone para uso dos trabalhadores. O pequeno número de cabines e o curto tempo permitido para as ligações (máximo de 10 minutos por pessoa) foram as maiores reclamações dos trabalhadores, tanto contratadosquanto petroleiros. Nos camarotes do terceiro piso, onde ficavam alojadas pessoas que ocupam cargos de chefia, existem linhas privativas nos quartos, intermediadas porém, pela sala de rádio.
Entrevistas: As entrevistas semi-estruturadas foram realizadas com pessoas indicadas pelos próprios trabalhadores e que se encontravam disponíveis.
O Treinamento Off-shore: todo o treinamento relatado esteve voltado para segurança no trabalho e o aprendizado de técnicas operacionais. Em relação ao apoio dos colegas nas situações problemáticas, notou-se que este não é tão efetivo, já que se tomou conhecimento de que na plataforma as pessoas são impedidas implicitamente de demonstrar sinais que denotem emoções como, por exemplo, tristeza, saudade e solidão, pois são considerados indícios de desadaptação à vida do trabalhador off-shore. Acredita-se que o treinamento onde apenas os aspectos técnicos de segurança são priorizados reforce essa conduta, uma vez que transmite às pessoas procedimentos coletivos de trabalho e sobrevivência, criando uma sensação de extrema responsabilidade, incompatível com os estados internos que denotam insegurança pessoal.
Os Indícios de Stress: para os entrevistados, o aumento da ansiedade foi relacionado ao distanciamento da família, à permanência na plataforma, ao isolamento e confinamento e à questões pendentes no trabalho, que seriam motivos de preocupação. Grande parte das pessoas disse que a vertigem devido à altura da plataforma é inadmissível no trabalho off-shore, em virtude do próprio trabalho exigir a execução de atividades em lugares altos. Parece que as pessoas tentam, por meio de mecanismos de defesa subjetivos, esquivar-se do medo e da sensação de vertigem através de substitutos, tais como a figura simbólica do ‘homem poderoso’ cujos desafios são bem vindos e estimulados, e a insegurança e a dúvida são inibidos (Dejours,1997). A maioria dos entrevistados afirmou que a motivação para o trabalho diminuiu, principalmente, por não receberem elogios ou críticas por parte dos superiores, no trabalho que desempenham. Notou-se que essa ausência de feedback traz uma sensação de ‘vazio’ para os trabalhadores, o que em alguns casos resultou em uma falta de identidade e de comprometimento com o trabalho (Jacques, 1998).
A Qualidade do Sono na Plataforma e Interações Sociais nos Camarotes: verificou-se que as circunstâncias em que os trabalhadores ocupavam um camarote estava relacionada ao status na organização: quanto mais alto o posto de trabalho, maior a probabilidade de ocupar uma suíte no terceiro piso, sem a companhia de outro trabalhador. Nos camarotes com dois trabalhadores ou mais, a diferença dos turnos de trabalho foi apontada por unanimidade entre os trabalhadores como gerador de complicações na convivência diária. Por último, o trabalho em turnos alternados ocasionou, na população em geral, uma impossibilidade de estabelecer hábitos tanto no trabalho quanto no alojamento (Reimão, 1996). Essa incapacidade de estabelecer hábitos como, por exemplo, horários regulares para dormir, rituais pré-sono, entre outros, parece ter repercutido negativamente na qualidade do sono.
As Emoções no Ambiente de Trabalho: a saudade e a solidão foram os principais sentimentos vivenciados pelos trabalhadores, apesar de as pessoas reprimirem essas emoções por temerem a reprovação alheia. Isso, principalmente sob dois aspectos, primeiro pelo fato de representarem um risco ao próprio emprego, já que existe a crença de que essas emoções são incompatíveis com o trabalho off-shore e, segundo, devido a uma questão cultural: pelo fato de a população ser em quase sua totalidade masculina, os trabalhadores evitam tocar nesse assunto, ou demonstrar sentimentos, já que ‘homem não chora’, portanto, não sente. A cooperação pareceu ser ambivalente entre os trabalhadores: todos consideraram a cooperação primordial para o bom funcionamento da plataforma e para a sobrevivência das pessoas, porém, afirmaram não existir cooperação na plataforma, uma vez que os visíveis sinais de diferença social, individualismo, vaidade e extrema competitividade frustam a cooperação e o sentimento de coleguismo no trabalho. No tocante à valorização, as pessoas apresentaram uma tendência a supervalorizar e enaltecer o trabalho off-shore em relação a outros tipos de trabalho, pelo fato de este envolver maiores sacrifícios pessoais, o que justificaria ainda mais a necessidade de o trabalhador ser notado e reconhecido. Pode-se dizer daí que os trabalhadores parecem conviver com uma ‘carência afetivo-profissional’ constante, típica na plataforma.
Principais Dificuldades do Trabalho Off-shore: a maior dificuldade apontada pelos entrevistados foi o isolamento pessoal da plataforma e a distância da família, somados à ausência de um convívio social externo. Outro grande problema foi o transporte marítimo, cansativo e estressante, mais usado por contratados(petroleiros usam helicóptero). As diferenças salariais também foram citadas como dificuldade do trabalho off-shore, diferenças essas que tem por critério a categoria de contratado e petroleiro. Nesse caso, os contratadosdisseram que recebem salários menores que os petroleiros, e esse fato se manifestou como um agravante do distanciamento social entre os trabalhadores das duas categorias distintas.

Conclusões

A fusão entre os espaços privados e públicos, encontrada na Plataforma pesquisada, foi sentida como invasiva para as pessoas, ao disporem de pouco espaço íntimo. Essa fusão também interferiu nas situações de trabalho fazendo com que o ambiente da plataforma fosse avaliado negativamente pelos trabalhadores. Observou-se que a avaliação de invasão do espaço pessoal pelos trabalhadores foi diferenciada para petroleiros e contratados. Assim, os petroleiros se sentiram mais invadidos em sua intimidade, com menos privacidade nos camarotes, ao mesmo tempo que não se viam com autonomia em seu trabalho. Concluiu-se, contudo, que são justamente ospetroleiros os possuidores de maiores espaços nos alojamentos. Os contratados, que por sua vez ocupavam posições mais inferiores na organização, sentiram-se menos invadidos em seu espaço pessoal e não demonstraram tanta preocupação com a questão da privacidade. Aqui, constatou-se que a premissa de Fischer (1994) tem fundamento, uma vez que quanto mais se está no alto da hierarquia organizacional, mais a pessoa reivindica para si um espaço maior, compatível com o status de sua posição.
Observou-se na plataforma que os petroleiros avaliam negativamente os contratados. Essa avaliação foi reforçada: i) pelo argumento de que a Petrobrás é uma companhia estatal e os petroleiros ingressam via concurso, enquanto os contratados estão subordinados a empresas privadas, com salários menores, ocupando cargos mais baixos; ii) pela diferença entre os alojamentos, mais privativos e com mais espaço para ospetroleiros; e, iii) pelo transporte, quase sempre marítimo para os contratados e aéreo para os petroleiros.
Enfim, as crenças acerca dos grupos isolam as categorias de petroleiros e contratados, contribuindo para o agravamento dos problemas já enfrentados pelos trabalhadores off-shore em plataformas petrolíferas, onde o constante risco de acidentes fatais demanda confiança e solidariedade para garantir a sobrevivência de todos. Não se deve deixar de considerar também o fato de que, por trás da máquina sempre existe o homem. Se esse homem que trabalha percebe seu ambiente como hostil, estressante e opressor, a máquina pode vir a falhar, e, levando em consideração a especiicidade do trabalho com o petróleo e a dimensão da Companhia Petrobras em território nacional, uma pequena falha pode causar danos imensos ao meio ambiente, onerando toda a sociedade.
Por último, espera-se que esta pesquisa possa, de alguma forma chamar a atenção para as pessoas que trabalham em plataformas, confinadas, distantes de suas famílias e impedidas de sair do ambiente por meio mês, e também possa contribuir para futuros trabalhos que visem a melhorar um pouco a qualidade de vida dos trabalhadores off-shore brasileiros.

Fonte:Anderson Córdova Pena*
Centro de Ensino e Treinamento Aplicado a Profissionais - CETAP
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Vagas Onshore


Empresa de Óleo & Gás em Macaé seleciona para o seu quadro de colaboradores


 1) CALDEIREIRO ON-SHORE – 20 VAGAS 
O CANDIDATO PRECISA TER EXPERIENCIA DE 1 A 2 ANOS ( ON-SHORE PARA TRABALHAR NA BASE DA PRÓPRIA EMPRESA) SEXO: MASCULINO IDADE: A PARTIR DE DE 18 ANOS
 OBS: PARA TRABALHAR ON-SHORE QUE É NA BASE PRECISA MORAR PRÓXIMO A MACAÉ;


2) SOLDADOR TIG/ ER ( ELETRODO) (ON-SHORE PARA TRABALHAR NA BASE/ DENTRO DA PRÓPRIA EMPRESA) TER NO MINÍMO 1 A 2 ANOS DE EXPERIÊNCIA COMPROVADA EM CARTEIRA. SEXO:MASCULINO IDADE: A PARTIR DE 18 ANOS.


OS CANDIDATOS, QUE APRESENTAM O PERFIL, DEVEM COMPARECER NA EMPRESA IESA OLÉO E GÁS, NO ENDEREÇO: ROD. AMARAL PEIXOTO KM 163 – IMBOASSICA – MACAÉ ( AO LADO DA PETROBRÁS PARQUE DE TUBOS) HORÁRIO DE ATENDIMENTO: ÀS 8H OU ÀS 13H DATAS PARA COMPARECER: DIAS, 16, 17 DE FEVEREIRO. DIAS 23/02 E 24/02 APÓS O CARNAVAL E NA SEMANA DE 27/02 À 02/03 OS CANDIDATOS SÓ SERÃO ATENDIDOS MEDIANTE A APRESENTAÇÃO DA CARTEIRA DE TRABALHO, CBSP E CERTIFICADOS DOS CURSOS SOLICITADOS PARA CADA VAGA. OU ENCAMINHAR E-MAIL PARA O ENDEREÇO:Recrutamento.mac@iesa.com.br 


Fonte: Rio Vagas
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Vagas Offshore

Empresa de Óleo & Gás em Macaé seleciona para o seu quadro de colaboradores


 1) CALDEREIRO OFF-SHORE ( PARA TRABALHAR EMBARCADO) – 20 VAGAS O CANDIDATO 
PRECISAR TER EXPERIÊNCIA COMPROVADA EM CARTEIRA DE 1 A 2 ANOS. 
TER O CURSO DE SALVATAGEM EM DIA ( NÃO PODE ESTAR VENCIDO) SEXO : MASCULINO IDADE: A PARTIR DE 18 ANOS DE PREFERÊNCIA TER A CERTIFICAÇÃO ABRAMAN ( NÃO OBRIGATÓRIO) ;


2)AJUDANTE (OFF- SHORE PARA EMBARCAR/ PRECISA TER O CURSO DE SALVATAGEM EM DIA )
 TER EXPERIÊNCIA NO MINÍMO DE 6 MESES COMPROVADA EM CARTEIRA COMO AJUDANTE Empregos RJ SEXO : MASCULINO IDADE: A PARTIR DE 18 ANOS ;


3) SOLDADOR TIG/ ER( ELETRODO)  (OFFSHORE PARA TRABALHAR EMBARCADO)
 TER NO MINÍMO 1 A 2 ANOS DE EXPERIÊNCIA COMPROVADA EM CARTEIRA.
 TER O CURSO DE SALVATAGEM EM DIA, NÃO PODE ESTAR VENCIDO . SEXO: MASCULINO IDADE: A PARTIR DE 18 ANOS .


OS CANDIDATOS, QUE APRESENTAM O PERFIL, DEVEM COMPARECER NA EMPRESA IESA OLÉO E GÁS, NO ENDEREÇO: ROD. AMARAL PEIXOTO KM 163 – IMBOASSICA – MACAÉ ( AO LADO DA PETROBRÁS PARQUE DE TUBOS) HORÁRIO DE ATENDIMENTO: ÀS 8H OU ÀS 13H DATAS PARA COMPARECER: DIAS, 16, 17 DE FEVEREIRO. DIAS 23/02 E 24/02 APÓS O CARNAVAL E NA SEMANA DE 27/02 À 02/03 OS CANDIDATOS SÓ SERÃO ATENDIDOS MEDIANTE A APRESENTAÇÃO DA CARTEIRA DE TRABALHO, CBSP E CERTIFICADOS DOS CURSOS SOLICITADOS PARA CADA VAGA. OU ENCAMINHAR E-MAIL PARA O ENDEREÇO:Recrutamento.mac@iesa.com.br 


Fonte: Rio Vagas
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Navalshore 2012




Maior evento da indústria naval e offshore na América
Latina, consagrado como estratégico para a cadeia de produtos e serviços da indústria naval.

A Navalshore 2012 busca promover contatos entre os profissionais da indústria naval e impulsionar oportunidades de negócios entre empresas brasileiras e internacionais. 


Presença incontestável das principais empresas internacionais
do setor gera grande expectativas entre os expositores.
 
Data: 
 01/08/2012 - 14:00 - 03/08/2012 - 21:00
Cidade: 
 Rio de Janeiro - Brasil
Local: 
 Centro de Convenções Sulamérica, RJ
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