javascript:; F Petróleo Infonet: 03/18/12

domingo, 18 de março de 2012

SS-39: ''Três graus não é um adernamento pequeno'', diz especialista


 
Rio de Janeiro (RJ) - A inclinação sofrida pela plataforma de perfuração SS-39 no Campo de Albacora, na Bacia de Campos, a 139 quilômetros da costa de Macaé, na última terça-feira (13), não foi pequena, como informara em nota a Petrobras ontem. "Três graus não é um adernamento pequeno. Com um grau, já se pode sentir bastante a inclinação a bordo. Entre dois e três graus pode não ser uma situação crítica, mas é preocupante", disse em entrevista ao Portal Macaé Offshore o engenheiro de Segurança e Oficial de Máquinas da Marinha Mercante, Fabiano Ossola.
Na tarde da última terça-feira (13), a plataforma da Queiroz Galvão Óleo e Gás sofreu um adernamento de cerca de três graus, de acordo com os trabalhadores da SS-39, em consequência de um princípio de incêndio no paiol de tintas, que fica em uma de suas pernas. Com experiência em plataformas petrolíferas, Ossola analisou o incidente, a pedido da reportagem,  a partir dos dados fornecidos pela própria Petrobras e pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), que estão investigando as causas do ocorrido. 
O engenheiro, que também é certificado como Operador de Lastro (Ballast Control Operator) e já exerceu a função a bordo de unidades, disse que as ligações que podem existir entre um incêndio e um adernamento podem ser o acúmulo de água numa das pernas, como afirmado pela ANP, ou um adernamento intencional feito pelo Operador de Lastro (caso o incêndio tenha sido combatido com água). Fora isso, de acordo com o especialista, não há qualquer ligação plausível entre o incêndio e a inclinação da plataforma.
"Princípios de incêndio são combatidos com extintores"
Ossola não vê nenhuma razão para o alagamento de uma das colunas senão pelo acúmulo da água proveniente das mangueiras de incêndio. No entanto - afirma ele -  "princípios de incêndio são combatidos com extintores e não com mangueiras ou esguichos". A opinião técnica do especialista contradiz a versão oficial tanto no tocante às gravidades do adernamento e do incêndio.
Ainda segundo Ossola, no que diz respeito ao adernamento intencional da plataforma, que é prática comum nas unidades, seja por medida de segurança ou por melhor adaptação das operações de perfuração, existe uma margem média que varia entre 0,5 e 1 grau para estes casos. No entanto - lembra ele - cada plataforma possui o que se chama de "Braço de Endireitamento", que é a medida máxima que uma embarcação pode adernar.
- É claro que vai depender do Braço de Endireitamento de cada embarcação, mas, no caso de plataformas de petróleo, em muitas empresas, para que a plataforma aderne intencionalmente mais de um grau, é preciso autorização expressa ou do Operador de Lastro ou do próprio OIM (gerente da plataforma) , afirmou.
Por telefone, a assessoria da Queiroz Galvão informou à Macaé Offshore que a manutenção da unidade SS-39 foi feita em dia e que a plataforma foi declarada apta para o funcionamento dentro da conformidade com as legislações e normas de segurança.
Questionada sobre a relação entre o incêndio e o adernamento, a Petrobras não quis se pronunciar, alegando que o caso está sob investigação. De acordo com a Petrobras, arrendatária do contrato, a plataforma já voltou à posição normal, e já está sendo preparada para voltar à operação. Ainda segundo a Petrobras, na madrugada desta quarta (14), as equipes técnicas que trabalham no local já haviam restabelecido a energia da unidade, que estava ausente desde o ocorrido.
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OGX, de Eike, diz que comprará parte de rival dinamarquesa Maersk Oil



A OGX Petróleo disse na sexta-feira (16/03), que planeja comprar uma parte dos 50% de participação da dinamarquesa Maersk Oil, em dois blocos offshore de petróleo no Brasil, para expandir seu domínio sobre a nova fronteira de petróleo ao sul da Bacia de Campos (RJ).
A OGX já detém 50% dos dois blocos e quer aumentar sua participação, pois o potencial de produção de petróleo das áreas é "enorme" e melhor que o esperado, disse Eike Batista, presidente executivo e acionista controlador da OGX.
A companhia, baseada no Rio de Janeiro, é a segunda maior empresa de petróleo em valor de mercado do Brasil, e espera produzir 1,4 milhão de barris por dia de petróleo até 2020, mais da metade da atual produção do País.
Os comentários de Batista foram feitos em teleconferência com analistas, nesta sexta-feira. A conferência estava marcada para discutir os planos da construtora de navios OSX Brasil de levantar US$ 1 bilhão de novo capital para financiar seus projetos de estaleiro e construção naval.
OGX e Maersk possuem cada uma 50% dos blocos BM-C-37 e BM-C-38, onde Batista disse que a OGX pretende aumentar sua participação. A Maersk é a operadora. Os blocos são adjacentes a áreas 100% controladas pela OGX, e onde a companhia começou sua primeira produção em fevereiro. A Bacia de Campos, a nordeste do Rio de Janeiro, é fonte de cerca de 80% dos 2,68 milhões de barris por dia de petróleo e gás natural equivalente do Brasil.
A assessoria de imprensa da Maersk Oil em Copenhagem não estava imediatamente disponível para comentar. A Maersk Oil é parte da dinamarquesa A.P. Moller, do Maersk Group. Em janeiro, a Maersk produziu cerca de 2.037 barris por dia do campo Polvo, na Bacia de Campos.
Fonte: Terra
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