javascript:; F Petróleo Infonet: 02/22/12

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

PROGRAMA BOLSA ESTÁGIO DE MACAÉ





A Prefeitura de Macaé abre no próximo dia 23 as inscrições para o programa Bolsa Estágio. O cadastro será realizado no site do município – www.macae.rj.gov.br – até o dia nove de março. A documentação referente ao candidato à bolsa e sua instituição de ensino devem ser entregues até o dia 16 de março. O programa oferece vagas para as profissões dos níveis técnico e superior, que fazem parte do quadro funcional dos órgãos municipais. 

O processo seletivo será imediato, de acordo com informações do coordenador da Bolsa Estágio, Mauro Maia.

- Os candidatos que realizarem os procedimentos de inscrição e atenderem aos critérios de seleção do programa, caso surjam as vagas, já estarão aptos a assumirem os postos de trabalho, mesmo antes do término do período regulamentar de entrega de documentação, disse.

O programa vem beneficiando diversos estudantes desde sua criação, há sete anos. Aline Ferreira estuda Logística e foi estagiária na Secretaria de Administração, no setor de Recadastramento. Segundo ela, o período de estágio na Prefeitura contribuiu para despertar o seu interesse pela área pública, abrindo uma possibilidade que nunca fora considerada. “Estou muito satisfeita pela contribuição que esse estágio teve na minha carreira”, declarou.

Além da oportunidade de aprender na prática suas profissões, aperfeiçoar as habilidades estudadas nos cursos e conhecer o serviço público, os beneficiados contam com uma ajuda de custo mensal. Os valores das bolsas são de um salário mínimo para o Nível Técnico, um salário mínimo e meio para os cargos de Nível Superior e de dois salários mínimos para os estagiários de Medicina e Odontologia.

Os candidatos que precisam cumprir uma carga horária mínima de estágio para concluírem o curso e que, por ventura, deixem de ser selecionados para a Bolsa não precisam se preocupar. A Prefeitura de Macaé oferece uma alternativa, concedendo a oportunidade de o estudante realizar um estágio voluntário em qualquer das áreas de atuação dos órgãos municipais. As inscrições permanecem abertas durante todo o decorrer do ano e podem ser feitas no Protocolo Geral da Prefeitura.

Vale lembrar que a inscrição na Bolsa Estágio apenas será efetivada se os candidatos entregarem toda a documentação, sem pendências, no protocolo geral da Prefeitura no prazo estabelecido. A lista dos documentos exigidos pode ser conferida abaixo.

Documentos Pessoais:

- Ficha de inscrição no site da Prefeitura – ano 2012;
- Cópia da Identidade (RG ou CNH), do CPF e do título de eleitor;
- Cópia do comprovante de residência em nome próprio ou dos pais;
- Cópia do comprovante de vínculo com o município dos últimos dois anos em nome próprio ou dos pais (IPTU, histórico escolar, contrato de trabalho na CTPS ou contrato e aluguel registrado em cartório. Neste caso, vale a data do registro no cartório como contagem de tempo).

Documentos da Instituição de ensino:

- Declaração original de matrícula na instituição de ensino, assinada, carimbada e com CNPJ. Neste caso, não pode ser assinatura eletrônica;
- Histórico original do curso com as matérias cursadas e as que serão cursadas no presente semestre, com assinatura e carimbo (para estudantes de ensino superior);
- Grade curricular/boletim original com matérias cursadas e as que serão cursadas no semestre, com assinatura e carimbo (para estudantes de nível técnico).

Fonte:Jornalista: Marcos Neves Junior
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NOTA SOBRE VAZAMENTO NO CAMPO DE BARRACUDA

 
No dia 14/02/2012, na parte da manhã, a ANP tomou conhecimento do vazamento de petróleo ocorrido na noite do dia 13/02/2012, na Plataforma P-43, que opera no Campo de Barracuda.
Uma falha em uma tubulação ocasionou o vazamento de 5m³ de petróleo para o mar, a cerca de 100 km da costa do Rio de Janeiro. O Plano de Emergência da Petrobras foi acionado, envolvendo o deslocamento de embarcações para contenção e dispersão da mancha, além do monitoramento por sobrevoo.
Na presente data (16/02/2012), já não se observa mancha de óleo no mar, motivo pelo qual as operações com as embarcações foram encerradas. As causas do evento, bem como as medidas para evitar sua recorrência, serão objeto de avaliação pela ANP.
Fonte: Assessoria de Imprensa da ANP
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A Geração do Petróleo




Recém-saídos das universidades, jovens especialistas na exploração do chamado ouro negro são disputados pelas principais multinacionais do setor e remunerados com salário de gente grande


Marina Salomão, 22 anos - Contratada há menos de um mês por uma multinacional francesa, a praticante de muay thai se prepara para realizar um estágio no exterior


Dona de uma rotina pouco usual para uma moça de sua idade, a jovem Flávia Amaral, 24 anos, está acostumada a lidar com desafios. Sua jornada de trabalho começa com uma viagem de 150 quilômetros do Rio a Cabo Frio e, a partir dali, um voo de helicóptero por cerca de meia hora mar adentro, até as plataformas instaladas a cerca de 100 quilômetros da costa fluminense. Uma vez embarcada, passa catorze dias seguidos na estrutura, onde realiza tarefas complexas e perigosas, como conferir as medidas de dutos de bombeamento. Um pequeno erro nos cálculos pode ser fatal e provocar prejuízos na casa de sete dígitos.

 A pressão, a distância de casa, o confinamento em cubículos e a obrigação de passar metade do mês no meio do oceano fazem parte da carreira que escolheu. Mesmo assim, Flávia adora o que faz. Com apenas um ano de formada no curso de engenharia de petróleo, ela ocupa o posto de especialista em perfuração da companhia dinamarquesa Maersk Oil, uma das potências do setor. Antes disso, quando ainda estava na faculdade, no câmpus da PUC, foi contratada pela anglo-holandesa Royal Dutch Shell, outro gigante da área. Reservada, ela não gosta de falar em dinheiro, mas, tomando como base seu cargo e  o competitivo mercado em que atua, a moça ganha hoje aproximadamente 10 000 reais por mês. “Não é um emprego fácil, mas tem grandes compensações”, diz.

Bem-sucedida, com ótimo salário e disputada pelas empresas, Flávia é o retrato de uma geração abençoada: os garotos do petróleo. Trata-se de uma turma que escolheu a profissão certa no momento perfeito. Mal recebem o diploma, eles já têm emprego garantido em posições que pagam até 7 500 reais mensais — na mesma fase, um advogado recebe a metade disso e um jornalista, cerca de um terço. Os primeiros representantes dessa leva começaram a despontar nos últimos cinco anos, quando surgiu o primeiro curso de graduação específico para a área, ministrado pela Universidade Estadual do Norte Fluminense. Atualmente, dezesseis instituições de ensino superior oferecem a carreira por aqui. A razão da multiplicação, em um período relativamente curto, é óbvia. Com um quinto das reservas nacionais e 85% da produção do país, o Rio de Janeiro transformou-se em uma espécie de Houston brasileira. Hoje, a atividade responde por 20% do PIB fluminense, um porcentual que deve chegar a 30% nos próximos dez anos. Tudo isso sem contar o potencial do pré-sal. Diz o economista Fernando Blumenschein, da FGV, autor de um recente estudo sobre o tema: “Nesse caso, poderíamos chegar ao dobro do volume atual”.



Histórias de jovens que experimentam um repentino sucesso profissional e financeiro não são novidade por aqui. De tempos em tempos, surgem carreiras que possibilitam essa ascensão. Nos anos 90, por exemplo, ganhou notoriedade no Rio uma geração de profissionais que recebia fortunas trabalhando em bancos de investimentos. Famosos por seus gastos espetaculares, especialmente em vinhos raros e casas no exterior, eles agiam (e ainda agem) como uma tribo. Vestidos com calça cáqui, camisa social azul, dirigindo carro da marca sueca Volvo e praticando esportes religiosamente, os garotos imitavam os códigos e os rituais ditados pelos caciques do mercado. A turma do petróleo é uma versão menos empolada disso. Eles não ganham tanto nem cultivam hábitos tão caros e de ostentação. Mas gostam de viver bem. Aluno da primeira turma formada pela UFRJ, Bernardo Pestana, 25 anos, é um típico representante. Em 2008, ele entrou na OGX, de Eike Batista, como estagiário. Hoje é um dos responsáveis pela coordenação de perfurações da empresa. Discreto, não fala quanto recebe, mas para funcionários do seu nível a companhia paga pelo menos 10 000 reais por mês (fora bônus e gratificações). É o suficiente para alimentar um sonho pouco comum para alguém tão novo. Nas próximas semanas, Bernardo vai começar a investir em cavalos de corrida. Ele está prestes a comprar seus dois primeiros, por 20 000 reais cada um. Sua meta é ambiciosa. “Quero ter um haras com pelo menos 100 animais, não importa o tempo que isso demore.”

João Magalhães 24 anos - Formado em julho, foi logo contratado e enviado para um curso nos Estados Unidos. Agora, acaba de comprar seu primeiro carro
Um dado crucial sobre os jovens da nova geração é que eles construíram a carreira ao largo da Petrobras. A maioria atua em empresas privadas, multinacionais, que oferecem oportunidades de crescimento mais rápido e possibilidade de transferências para o exterior. Hoje existem 54 companhias petrolíferas instaladas no Rio, 39 delas estrangeiras. Contratada pela francesa Schlumberger há cerca de um mês, Marina Salomão, 22 anos, formou-se em dezembro, com uma festa regada a tequila na boate 00, na Gávea, para a família e os amigos. Sua turma era composta de apenas seis pessoas — todas já estão empregadas. Marina, por exemplo, está prestes a embarcar para uma temporada de treinamento lá fora. A empresa não definiu o destino, mas as opções são Estados Unidos, Emirados Árabes ou Rússia. Nem tudo é glamour, claro. Para conquistar a vaga, ela mudou-se para Macaé, no litoral fluminense, e vive provisoriamente em um hotel. Mas a vida numa estatal, de fato, não combinaria com os anseios da moça. Como outros de sua estirpe, ela não esconde características como ambição, pragmatismo e espírito competitivo. “Eu nunca me imaginei trabalhando a vida inteira no mesmo lugar. Acho que temos de buscar sempre as melhores oportunidades”, diz.
Flávia Amaral 24 anos - A engenheira passa metade do mês embarcada nas plataformas marítimas. Nos outros dias, administra sua escola de dança de salão, no Catete
O regime diferenciado de trabalho nas plataformas, marcado por temporadas de catorze dias no mar alternados com catorze dias de folga, é duríssimo, mas permite aos jovens se lançar a voos pouco comuns a quem trabalha dez horas diárias em um escritório. A engenheira Flávia, citada no início da reportagem, por exemplo, possui uma escola de dança no bairro do Catete. Quando está embarcada, o negócio é tocado por seu marido, Jimmy de Oliveira, de 37 anos. No total, 200 alunos frequentam as amplas instalações do estabelecimento. Com dinheiro no bolso, os garotos conseguem antecipar sonhos que provavelmente levariam mais tempo para realizar — e curtem sua independência financeira fazendo o que gostam. É o caso de João Magalhães, 24 anos, que se formou há apenas sete meses. Funcionário da americana Baker Hughes, uma das maiores prestadoras de serviços do setor, ele acaba de comprar seu primeiro carro, um Volkswagen Bora, no valor de 35 000 reais. Criado no Cosme Velho, o rapaz chega a ganhar, nos meses em que embarca, 6 000 reais, cerca de 40% a mais que seus colegas de outros ramos da engenharia. O processo de seleção na empresa foi rigoroso. Para conseguir uma das sete vagas disponíveis, ele foi escolhido entre 5 000 postulantes. Atualmente, mora em Macaé e vem ao Rio passar os fins de semana na casa dos pais. Nessas ocasiões, pratica surfe e futevôlei, esportes pelos quais é apaixonado. “Viver longe daqui é um sacrifício, mas vale a pena. As empresas têm apostado muito em nós”, afirma ele.

Eduardo Antonello 35 anos - Em menos de dez anos, tornou-se presidente para a América Latina de um gigante norueguês do petróleo. Nas folgas, veleja e passeia com sua moto BMW

Ao iniciar a carreira em um patamar tão alto, a geração petróleo tem grandes chances de chegar ao topo mais rápido. Não são pequenas as possibilidades de, em dez anos, rapazes e moças como Flávia, João, Marina e Bernardo ocuparem posições no primeiro escalão nas companhias em que trabalham. Foi exatamente esse o caminho percorrido por Eduardo Antonello, 35 anos, atual presidente para a América Latina da norueguesa Seadrill, uma das maiores empresas do ramo de perfuração. No fim dos anos 90, quando os cursos atuais ainda não existiam, ele se matriculou em engenharia mecânica no Mackenzie, em São Paulo. Entusiasmado com a expansão do setor, ingressou na francesa Schlumberger. Sem uma formação acadêmica específica, Antonello construiu sua trajetória no exterior, vivendo em seis países ao longo de oito anos. Aos 24, por exemplo, morava no Catar. Aos 30, tornou-se chefe de perfuração no Brasil. Dois anos depois, foi contratado para o cargo atual. Morador do Leblon, casado com uma colega de profissão egípcia e pai de Ísis, ele é o decano dessa turma. Nos momentos de folga, gosta de velejar. Quando o tempo é maior, pega sua moto de trilha, uma BMW Adventure de 1 200 cilindradas, e troca o mar pelas estradas de terra. “É uma profissão complexa, que exige muito do profissional, mas compensa”, conta. “Especialmente para quem está disposto a entender todo o processo, do poço ao posto de gasolina.”

Bernardo Pestana 25 anos - Membro da primeira turma da UFRJ e contratado da OGX, sonha em ter um haras. Os primeiros cavalos serão comprados em reve por 20 000 reais cada um


Embora a indústria do petróleo tenha mais de quarenta anos, pode-se dizer que ela nunca esteve em melhor forma, tão rejuvenescida. Embaladas pelo pré-sal, as universidades públicas e privadas mudaram seus conceitos, apostando na formação de mão de obra específica e aumentando o volume de pesquisas na área. Os estudos sobre o tema são, inclusive, responsáveis por um substancial crescimento da produção acadêmica nacional.

Recentemente, o país subiu da 19ª para a 13ª posição na publicação de trabalhos científicos — à frente de Holanda, Suíça e Israel. Em paralelo, o parque tecnológico da Ilha do Fundão, que fica próximo da Coppe e também do Cenpes, o Centro de Pesquisas da Petrobras, está recebendo uma enxurrada de investimentos. Entre as empresas que já anunciaram a instalação de polos por lá estão a americana General Electric e a francesa Schlumberger. Todo esse movimento deve trazer cerca de 3 bilhões de reais em investimentos e mais 4 500 empregos de altíssimo nível nos próximos dois anos. Resume o secretário municipal de Desenvolvimento, Felipe Goes: “Se minha filha estivesse prestando vestibular, não hesitaria em aconselhá-la a seguir essa carreira”. Para quem está disposto a sujar as mãos e trabalhar duro, é sem dúvida um excelente caminho.

Fonte: Veja Rio (por QG do PETRÓLEO)
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Maus hábitos de vida de embarcados são fatores de risco





A HA (Hipertensão Arterial) e o DM (Dia­­betes Mellitus) são apontados como os principais fatores de risco para as doen­ças cardiovasculares que, por sua vez, cons­tituem a principal causa de morbi­mor­­ta­lidade na população brasileira, segundo o Ministério da Saúde. Tal situação configura preocupantes problemas de saú­de coletiva no Brasil por suas ­eleva­das prevalências, pelas complicações agudas e crônicas elevando também custos sociais e econômicos decorrentes do uso de ser­viços de saúde, absenteísmo, aposentadoria precoce e incapacidade para o trabalho. Sendo assim, tais doenças me­re­cem a­tenção no que se refere à saúde do trabalhador.

Quais são os hábitos de vida adotados pelos trabalhadores portadores de Hipertensão Arterial e/ou Diabetes Mellitus de uma empresa do ramo de navegação? A distância do convívio da família, a sensação de enclausuramento e de falta de liberdade, a preocupação com segurança, o des­gaste mental e o nervosismo que envolve o pré-embarque e o embarque em si, podem levar a possíveis alterações de hu­mor, tornando esse indivíduo mais suscetível ao estresse. Com todas essas mudanças, esse traba­lhador pode negligenciar o autocui­da­do, adotando hábitos maléficos à saúde, tais como sedentarismo, etilismo e adoção de alimentação inadequada, com con­se­quen­te aumento de peso. Esses fatores podem agravar seu es­tado de saúde já com­pro­metido.

No Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por 65% do total de óbitos na faixa etária de 30 a 69 anos. Entre as doenças cardiovasculares, o AVE (Acidente Vascular Encefálico) e o IAM (In­far­to Agudo do Miocárdio) são as mais pre­valentes. Dessa forma, a Hipertensão Arterial constitui o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, cuja primeira causa de morte, o AVE, tem co­mo origem a hipertensão não controlada.

Dados do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) demonstram que 40% das aposentadorias precoces decorrem das complicações causadas pela Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. Essas aposentadorias e outros afastamentos oca­sionados por conta das complicações causadas pela HA e DM, aumentam a taxa de absenteísmo na empresa em que indivíduos portadores dessas doenças estão inseridos, gerando enormes problemas, tais como retardamento, descontentamento de pessoas que dependem da produção do colaborador afastado e, nos casos de aposentadoria precoce, mobiliza­ção por parte da empresa para encontrar um substituto.
Fonte: Revista Proteção 

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Cabo Frio sai na frente na privatização de aeroportos



CABO FRIO - Os grupos que ganharam as concessões dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília não serão os primeiros a operar terminais internacionais privados do Brasil. Uma experiência na Região dos Lagos mostra que é possível um aeroporto ser funcional, lucrativo, com baixos custos e... privado. É claro que os desafios da Costa do Sol, que administra o aeroporto de Cabo Frio são diferentes dos recém-privatizados, que passam às mãos dos novos donos em maio. Em Cabo Frio, os investidores já planejam o crescimento do negócio, com olhos em pré-sal, Copa, Olimpíadas e no potencial turístico de Búzios e região.

No ano passado, o aeroporto de Cabo Frio transportou 140 mil passageiros, obteve uma receita de R$ 45 milhões, recebeu os maiores aviões cargueiros do mundo e ganhou novos voos regulares. Com isso, a empresa, que já investiu R$ 35 milhões no projeto, além dos R$ 50 milhões de investimentos públicos, tornou-se a maior geradora de ICMS na cidade (graças ao aeroporto foram recolhidos R$ 80 milhões no ano passado) e a empresa chegou, pela primeira vez, no topo do ranking de maior contribuinte de ISS do município.
Aeroporto já é lucrativo
Com três frentes de atuação - cargas, passageiros e apoio offshore para o petróleo, com o embarque diário de quase 500 pessoas em helicópteros - a empresa é, há quatro anos, lucrativa e enxerga um bom potencial para os próximos anos. Mas nem sempre foi assim.

Privatizado pela prefeitura de Cabo Frio em 2001, o aeroporto era focado em turistas. Mas a crise argentina - que tirou turistas internacionais das praias da Região dos Lagos, os atentados do 11 de Setembro e problemas com o tamanho da pista tornaram o aeroporto um "mico", gerando prejuízos mensais, por muitos anos. Diversos sócios saíram do consórcio que administrava o terminal. Mas a inauguração de uma nova pista e o foco em cargueiros fez o aeroporto crescer.
Além de contar com um voo regular de carga semanal de Miami da ABSA - empresa da LAN, agora sócia da TAM - a empresa, que conta com cerca de 500 funcionários, incluindo terceirizados, recebe cerca de 10 voos semanais com cargas, em frete. Trip e Azul voam regularmente para lá - esta última, a princípio, apenas na alta temporada - mas muitos voos charters de Argentina, Uruguai e Chile aterrissam lá no verão, chegando a três pousos internacionais por sábado.
Sucesso vem do transporte de carga
Carga é a grande chave do sucesso do aeroporto. Graças à atuação mais ágil dos órgãos federais - Polícia Federal (PF) e Receita Federal - na região, Cabo Frio foi sido escolhido por diversas empresas como porta de entrada de mercadorias no país, tirando espaço do Galeão.

- Muitos clientes preferem aqui, porque uma mercadoria pode demorar dez dias para ser liberada no Galeão ou no Porto do Rio. Já tive um cliente que precisava levar umas peças para Angra dos Reis, mas preferiu que a carga viesse para cá em vez de descer no Rio - afirmou o contador Felipe Miranda, que representa seis empresas de petróleo na região.
O aeroporto de Cabo Frio também tem sido usado para alfândega de produtos que chegam pelo Porto do Rio ou pelo Galeão, já que as empresas podem escolher onde querem fazer a aduana. Como o terminal recebe mais material ligado à indústria de petróleo, os procedimentos são acelerados, pois a carga específica não tem que disputar espaço com cargas em geral do Galeão ou dos outros portos do estado.
- Fico feliz com este crescimento da carga. A cidade de Cabo Frio tem o direito de pleitear o posto de hub (centro de distribuição) de cargas no Estado do Rio - disse Francisco Pinto, um dos sócios da Costa do Sul, ao ser questionado se pretende transformar o aeroporto em uma espécie de "Viracopos fluminense" (o Aeroporto de Campinas é o principal ponto para aviões cargueiros em São Paulo). - Não faz sentido empresas do Rio utilizarem aeroportos paulistas para cargas - completa.
A atividade de offshore também está em franca expansão. A atual capacidade de dez helicópteros será triplicada até julho e a Petrobras terá um novo terminal no local. O total de pessoas transportadas passará de 500 para 1.200 por dia. A proximidade com os campos do pré-sal devem fazer a cidade crescer e, com ela, o aeroporto. Para isso, ainda este ano deve sair o projeto de criação de um Condomínio Logístico e Industrial na cidade:
- O governo do estado, como a Codin (Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio), está finalizando o acerto da área junto ao aeroporto para este condomínio de empresas. Acredito que ainda neste ano isso será realidade - conta Ricardo Valentim de Azevedo, secretário de Indústria, Comércio, Trabalho e Pesca de Cabo Frio.
Mas como é a experiência privada para os passageiros? Cátia Silva, moradora de Cabo Frio, gosta da funcionalidade do local:
- As malas chegam logo e o embarque não tem muita complexidade.
A ex-pecuarista Mônica Neiva, moradora de São Paulo, sempre utiliza o aeroporto para chegar mais rápido à sua casa em Búzios. Embora goste do aeroporto, sente alguns problemas:
- Tudo funciona bem, mas faltam alguns itens, como escada rolante ou elevador para o segundo andar, onde está a lanchonete.

Mas isso pode mudar em breve se um novo projeto da Costa do Sol sair: transformar Cabo Frio em um portal de aviação executiva, com foco na Copa e nas Olimpíadas. A ideia é dividir com o Galeão o recebimento de voos internacionais, sejam fretados ou executivos. Após todo o desembaraço no local, os aviões poderiam pousar diretamente no Santos Dumont, que não é um terminal internacional.
- Em todas as Copas e Olimpíadas, sempre houve problemas com estes voos. Nossa ideia é resolver isso, criando um pátio para até 300 aviões, que ficariam estacionados aqui durante o evento, além de permitir o recebimento de voos e passageiros. Para isso, criaríamos um novo terminal de passageiros, mais amplo e confortável - afirma Francisco Pinto, da empresa que administra o aeroporto.
Assim, Cabo Frio ganharia uma nova estrutura para avançar no recebimento de passageiros - que deve ser impulsionado com a criação do Club Med na região, o que pode atrair outros quatro grandes hotéis para a localidade - e o terminal funcionaria como uma nova forma de entrada do país para voos fretados e executivos, que poderia até mesmo desafogar Guarulhos em dias de pico em São Paulo, como em dias de Fórmula 1.
- Este projeto está pronto, estamos conversando com o governador e com a CBF. Acredito que tem tudo para sair, será bom para o país e vai dar um salto na qualidade do estado e da cidade - afirmou Azevedo, da prefeitura local.
Para Pinto, da Costa do Sol, o aeroporto de Cabo Frio é um exemplo de como a iniciativa privada consegue dar respostas rápidas e eficientes nos terminais aéreos. Ele afirma que a estrutura do local é, hoje, melhor que a do Aeroporto de Vitória, no Espírito Santo, que não chega a ser muito maior que o de Cabo Frio e que já recebeu centenas de milhões em investimentos. Ele lembra que as obras privadas costumam ser mais baratas que a públicas e que empresas privadas são mais hábeis para criar fontes alternativas de renda. Enfim, justamente os argumentos dos grupos que pagaram ágios de mais de 600% nos aeroportos privatizados no começo de fevereiro.
Pinto acredita que a concessão dos aeroportos será um sucesso e que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) será fundamental neste processo, criando um ambiente de negócio e de operações que permitirá um novo salto de qualidade na aviação civil brasileira. Entusiasta das privatizações, Pinto acredita que aeroportos pequenos podem estar no radar da companhia, que, recentemente, recebeu a entrada do Grupo Libra, dono de um terminal portuário no Rio de Janeiro, que agora detém 60% da Costa do Sol.
- Há vários aeroportos pequenos no país que hoje são considerados inviáveis e que podem ser mais lucrativos - resume o executivo.
Fonte: O Globo
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À caça de combustíveis fósseis



Embora os combustíveis fósseis só tenham se tornado a força motora da civilização humana nos dois últimos séculos, o petróleo e o gás natural já vinham sendo encontrados na superfície da Terra há milhões de anos. Os conquistadores espanhóis viram petróleo subindo à superfície do Golfo do México no século 16, e os chineses já escavavam à sua procura no ano 347 [fonte: Totten (em inglês)]. Para localizar indícios ainda mais antigos, não é preciso olhar mais longe que os animais pré-históricos que tiveram o azar de serem consumidos pelos poços de piche existentes em alguns lugares do planeta.

Petróleo
©iStockphoto.com/Klaus Nilkens
Óleo
No entanto, a maior parte do petróleo do planeta está aprisionado entre os 150 e os 7.500 metros, sob terra e rochas. Todo esse petróleo começou em forma de pequenas plantas e animais chamados plâncton, que morreram nos mares da antiguidade, entre 10 milhões e 600 milhões de anos atrás. Essa matéria em decomposição se acumulou no piso do oceano e, com o tempo, ficou recoberta de areia e lama. No ambiente sem oxigênio, aconteceu um processo semelhante a um cozimento lento. Milhões de anos de calor e de pressão acabaram transformando a matéria orgânica em vastos depósitos de petróleo sólido, líquido e gasoso, aprisionado emarmadilhas sob camadas espessas de rocha. O petróleo líquido é conhecido como petróleo e o gasoso como gás natural. O petróleo sólido surge em depósitos na forma de xisto betuminoso ou areia betuminosa
Seria desnecessário dizer que esses depósitos de combustível não começam a borbulhar na superfície sempre que se acerta um tiro de espingarda no chão, como se vê no filme "A família Buscapé". Os geólogos estudam traços de superfície e mapas via satélite, e chegam a usar um aparelho conhecido como gravímetro, que detecta sutis variações da gravidade capazes de indicar a presença de um fluxo subterrâneo de petróleo. Nem todas essas opções são especialmente viáveis, porém, se o terreno que estiver sendo prospectado se localiza milhares de metros abaixo das ferozes ondas do mar isso pode ser possível.  
Quando buscam combustíveis fósseis no mar, os geólogos petroleiros empregam equipamento de farejamento especial que detecta traços de gás natural na água marinha. Mas como esse método só ajuda a localizar depósitos que vazam, as grandes empresas petroleiras dependem de dois outros métodos para localizar as armadilhas.
Quando próximas à superfície, certas rochas afetam o campo magnético da Terra. Usando equipamento de levantamento magnético, um navio pode passar sobre uma área e mapear as anomalias magnéticas que venha a encontrar. Essas leituras ajudam geólogos a localizar sinais indicadores de armadilhas submarinas. 
Os pesquisadores também podem detectar possíveis armadilhas por meio desensores sísmicos. O método, conhecido como sparking, envolve o envio de ondas de choque pela água e para o piso do oceano. O som viaja em velocidades diferentes através de tipos diferentes de rochas. Caso a onda de choque localize mudança nas camadas rochosas, ela retorna e é captada por hidrofones que o navio de pesquisa arrasta pela água em sua esteira. Com a ajuda de computadores, os sismologistas podem analisar a informação e localizar possíveis armadilhas. 
Direitos de prospecção

Quando uma empresa petroleira identifica um possível depósito de petróleo submarino, ela precisa obter os direitos de prospecção. A maior parte da costa e dos oceanos pertence a países, por isso as empresas precisam pagar para explorar as áreas pretendidas. Para mais informações sobre isso, leia Quem é dono dos oceanos? .
Os navios de pesquisa utilizam canhões de ar comprimido e explosivos para causar as ondas de choque. Entre os dois métodos, os canhões causam menos ameaças à fauna marinha, mas até mesmo a poluição acústicarepresenta ameaça para animais com senso sísmico tão agudo quanto abaleia azul, uma espécie em risco.
O que acontece depois que uma equipe detecta depósitos de petróleo submarinos? Bem, é hora de marcar as coordenadas no GPS, deixar uma bóia sinalizadora e obter licença do governo para prospecção exploratória que permita avaliação. 
Fonte: Howstuffworks
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