javascript:; F Petróleo Infonet: 03/20/12

terça-feira, 20 de março de 2012

OGX compra 20% da Maersk Oil em dois blocos na bacia de Campos


AQUISIÇÃO  A OGX, empresa brasileira de óleo e gás natural, adquiriu 20% de participação de sua parceira Maersk Oil nos blocos BM-C-37 e BM-C-38, em águas rasas da bacia de Campos, e se tornou operadora desses blocos. Com essa transação, a OGX passa a deter 70% de participação nesses blocos enquanto a Maersk Oil manterá os 30% restantes. 

CRESCIMENTO  “Essa transação reflete não só o nosso interesse em continuar buscando novas oportunidades de crescimento para nosso portfólio, mas também nossa visão sobre o excelente potencial das águas rasas dessa parte da bacia de Campos”, comentou Paulo Mendonça, Diretor Geral e de Exploração da OGX. “Como operadores, intensificaremos a campanha de perfuração com foco na delimitação de descobertas já realizadas bem como na perfuração de novos poços pioneiros”, concluiu Mendonça.

ESTRUTURA  A partir dessa aquisição, a OGX planeja usar sua estrutura operacional para perfurar 6 poços nos blocos BM-C-37 e BM-C-38, de forma a confirmar a extensão de acumulações descobertas, além de testar a existência de prospectos ainda não perfurados. A empresa onformou que realizará todos os estudos e testes que se fizerem necessários para converter seus recursos em reservas.

PARTICIPAÇÃO  A OGX possui participação em 7 blocos exploratórios na bacia de Campos que totalizam 1.177 km², passando a ser operadora de todos eles. A bacia de Campos é responsável por mais de 75% da produção brasileira e é onde se encontra a acumulação de Waimea (bloco BM-C-41), na qual ocorreu a produção do primeiro óleo da OGX.
Fonte: NN
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Assembleia da Petrobras aprova investimento de R$ 58,8 bi em 2012

 
Acionistas também acatam proposta de dividendos de R$ 12 bilhões 


A Petrobras informou no final da segunda-feira que assembleia geral ordinária de acionistas aprovou plano de investimento de R$ 58,8 bilhões em 2012 para a controladora da estatal.
O valor, que não inclui orçamento de empresas controladas como a Transpetro, segundo a assessoria de imprensa da petrolífera, inclui R$ 55,5 bilhões em recursos próprios da Petrobras e R$ 3,3 bilhões em recursos de terceiros.
Do total dos investimentos, 59,02% destinam-se para a área de exploração e produção, 33,10% para abastecimento, 5,42% para gás e energia e 2,46% a outras áreas da empresa.
Os acionistas também aprovaram proposta de dividendos de R$ 12 bilhões relativos ao resultado de 2011, equivalente a 0,92 real por ação.
O plano de investimentos da empresa para quatro anos, aprovado e anunciado em julho de 2011, tinha uma estimativa de um aporte de R$ 87 bilhões para 2012. Apesar do número ser superior ao aprovado na última segunda-feira, correspondia a investimentos tanto para a controladora, como para as controladas.
Para o analista corretora SLW, Eric Scott, o anúncio da última segunda-feira, aparentemente, está de acordo com os planos já anunciados anteriormente pela companhia e não deve influenciar o movimento das ações da petrolífera na Bolsa. Perto de 12h10, os papéis preferenciais da Petrobras caíam 0,57% na Bovespa, cotados em R$ 24,24, acompanhando a queda das commodities após novas preocupações com a economia chinesa.
Fonte: IG
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HRT inicia perfuração em poço no Amazonas


PERFURAÇÃO  A HRT informou que iniciou, no dia 17 de março de 2012 às 18h00min, à perfuração do poço 1-HRT-8-AM, no prospecto Aroeira (1-HRT-169-02-AM) localizado no Bloco SOL-T-169, município de Tefé, Estado do Amazonas. A locação visa testar uma estrutura de 25 km² de área que faz parte do trend gaseífero perfurado pelo poço 1-HRT-5-AM. A locação situa-se a 20 km a sudeste do Campo de Juruá. O poço tem como objetivos os reservatórios Carboníferos da Formação Juruá previstos para serem encontrados a partir de 3.000 metros de profundidade, bem como os reservatórios Devonianos da Formação Uerê. O poço está sendo perfurado pela sonda QG-VIII e tem sua profundidade final prevista em 3.365 metros.
EXTENSÃO  Em nota, a companhia também anunciou que o Ministério de Minas e Energia da República da Namíbia concedeu extensão do prazo do período exploratório inicial para todos os seus blocos no país. “A extensão do período exploratório concedida pelo MME é prova do reconhecimento do trabalho que vem sendo realizado pela HRT, com destaque para a campanha sísmica 3D – a maior já realizada na costa oeste africana. Com isso, a Companhia poderá melhor avaliar seus ativos, localizados em uma das mais promissoras fronteiras exploratórias do mundo”, comentou Marcio Rocha Mello, Diretor Presidente da HRT.
GÁS NATURAL  Semana passada, a HRT comunicou que encontrou gás natural em poço na bacia do Solimões. A petrolífera pré-operacional, que notificou a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) da descoberta, encontrou reservatórios com dois intervalos portadores de gás na Formação Juruá, com espessura líquida de 14,4 metros. "O sucesso deste poço exploratório confirma a existência de um trend estrutural com mais de 90 quilômetros de extensão, localizado a 20 km ao sul do complexo de campos do complexo de campos de Juruá", comunicou a companhia. Essa descoberta revela a possibilidade da existência de uma província gasífera nos blocos SOL-T-191, 192 e 169, além do sudoeste do bloco 170. A perfuração, iniciada no dia 27 de dezembro do ano passado, alcançou a profundidade final de 2.962 metros. O poço está em fase de avaliação e deverá ser revestido para realizar testes de formação, caracterizando o potencial de produção destes reservatórios.
PETROLEIRAS  A Barra Energia anunciou a ocorrência de uma nova acumulação de óleo de boa qualidade no Bloco BM-S-8, em reservatórios do pré-sal em águas ultra profundas da Bacia de Santos. A descoberta ocorreu durante a perfuração do poço 4-SPS-86B (4-BRSA-971-SPS), informalmente denominado Carcará, localizado a 232 km do litoral do Estado de São Paulo. O resultado foi comprovado por meio de amostragens de petróleo de 31o API, um dos mais leves encontrados no pré-sal da Bacia de Santos até agora, em reservatórios situados a 5.750 metros de profundidade. A Petrobras é operadora do consórcio (66%) em parceria com a Petrogal Brasil (14%), Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás Ltda. (10%) e Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. (10%).
Fonte: NN
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Para MPF, Chevron furou poço com pressão maior de forma premeditada




Relatório da Polícia Federal e do Ministério Público Federal em Campos dos Goytacazes (RJ) sobre o vazamento de 2,4 mil barris de óleo no Campo de Frade, em novembro, e o afloramento divulgado semana passada acusa a Chevron de ter utilizado uma pressão na perfuração do poço superior à tolerada de forma premeditada. O excesso de pressão é apontado como uma das causas do vazamento, que estaria "fora de controle". O MPF não descarta pedir à Justiça a prisão preventiva dos executivos da Chevron. O governo federal avalia prolongar a interrupção da exploração de petróleo no campo.
"Eles assumiram um risco premeditado", afirmou ontem o procurador da República Eduardo Santos, do MPF, que acusou a Chevron de "ter botado uma pressão maior que a suportada e ter cavado além do que foi autorizado". "O vazamento não é mais no poço, é na rocha reservadora, e não tem como ser controlado. Não se sabe a capacidade. É uma cratera no solo marinho", acrescentou o procurador, que pretende formalizar denúncia amanhã, com base na lei de crimes ambientais (9.605).
"O crime está em andamento, por isso eu não descarto (pedir) a prisão", afirmou o procurador. Santos foi o autor do pedido de medida cautelar que resultou na proibição, determinada pela Justiça na noite de sexta-feira, de que 17 funcionários da Chevron e da Transocean, que operava a plataforma na Bacia de Campos, se ausentem do País até o julgamento da ação penal. O presidente da Chevron, George Raymond Buck III, está na lista.
Injeção. O delegado da Polícia Federal Fábio Scliar, responsável pelo inquérito, também afirmou, baseado no depoimento de geólogos, que houve excesso na pressão usada na injeção de fluido de perfuração. "O poço explodiu e depois foi necessário usar mais pressão para abandoná-lo." Segundo ele, uma área de cerca de 7 quilômetros quadrados do Campo de Frade pode estar sob risco de novos vazamentos. "A situação é grave e está fora de controle. Como é inédita, a indústria não está preparada para responder." O novo afloramento ocorreu a 3 quilômetros do poço que vazou em novembro, e a Chevron admitiu um afundamento na área em que se formou uma fissura de 800 metros.
"A empresa vai respeitar a lei brasileira e defender seus empregados com todos os recursos que a lei oferece", disse ontem o diretor de Assuntos Corporativos da Chevron, Rafael Jaen. Segundo ele, a petroleira ainda não foi notificada sobre a decisão que impede funcionários de deixar o País. Em relação ao afloramento de óleo, Jaen afirmou que a situação está sob controle. "São gotas que saem do subsolo. Todos os dias fazemos sobrevoos, e a mancha está diminuindo; fragmentada, concentra dois litros de óleo", afirmou.
Segundo ele, a petroleira interrompeu suas operações no campo de Frade e a intenção é retomar as atividades após a conclusão de um estudo geológico "técnico e profundo", realizado em conjunto com a Petrobrás. "Por enquanto, são especulações, hipóteses e teorias." A Transocean informou apenas que "vem cooperando com as autoridades, mas continuará defendendo veementemente os seus colaboradores".
Fonte: O Estadão
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O novo ‘boom’ do petróleo e do gás no Amazonas


 
De acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), o Amazonas, único estado a produzir gás e petróleo na Amazônia brasileira, tem reservas totais de 187,5 milhões de barris de petróleo e 89,7 bilhões de metros cúbicos de gás natural distribuídas nas Bacias Sedimentares do Solimões e do Amazonas.
 
Uma nova corrida do petróleo está em curso na Amazônia brasileira. Vinte e cinco anos depois da descoberta da província petrolífera de Urucu, na Bacia do Solimões, município de Coari (a 363 quilômetros de Manaus), empresas privadas brasileiras e estrangeiras voltam seus investimentos para a região. Somente no Amazonas, este mercado deverá receber investimentos bilionários nos próximos três anos. A expectativa é de que pelo menos oito mil novos empregos sejam criados até lá. E ao contrário do que ocorreu no passado, quando a Petrobras desbravava esse mercado sozinha, agora, ela tem concorrentes.

Em jogo, está um mercado considerado estratégico pelo governo brasileiro. De acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), o Amazonas, único estado a produzir gás e petróleo na Amazônia brasileira, tem reservas totais de 187,5 milhões de barris de petróleo e 89,7 bilhões de metros cúbicos de gás natural distribuídas nas Bacias Sedimentares do Solimões e do Amazonas. Apesar da altíssima qualidade do petróleo encontrado em Urucu, são as reservas de gás que fazem da região um mercado tão importante. O Brasil ainda importa boa parte do gás natural consumido no país da Bolívia e, hoje, o Amazonas responde por 18% de toda a produção nacional.

A Petrobras é a empresa com mais tempo de atuação na Amazônia brasileira. Com pesquisas que começaram ainda nos anos 50, a estatal iniciou a exploração comercial de petróleo e gás em 1988, na região do rio Urucu. Hoje, a estatal produz 56,5 mil barris de petróleo por dia e 9,7 milhões de metros cúbicos de gás natural diários dos poços que ela mantém no município de Coari. Desde 2005, retomou perfurações em regiões próximas às reservas de Urucu e, no ano passado, descobriu poços de petróleo altamente rentáveis.

No entanto, pelo menos duas empresas privadas estão entrando agressivamente nesse mercado e a principal delas tem capital estrangeiro, mas é brasileira por nascimento: HRT Oil & Gas. A companhia é operadora de 21 blocos localizados na Bacia Sedimentar do Solimões. Atualmente, a petrolífera vem prospectando em áreas nos municípios de Carauari, Tefé e Coari. No ano passado, a empresa vendeu 45% de suas operações na Amazônia para a anglo-russa TNK-BP, resultado de uma joint venture entre a TNK (Rússia) e a British Petroleum (Reino Unido), que prometeu injetar US$ 1 bilhão na empreitada.

Além da HRT, a Petrogal Brasil também vem atuando no Amazonas. Ela é uma subsidiária da companhia de energia portuguesa Galp. A Petrogal tem a concessão de dois blocos em parceria com a Petrobras e vem fazendo pesquisas na Bacia Sedimentar do Amazonas, entre os municípios de Rio Preto da Eva, Itapiranga e Silves.

Investimentos

Segundo o especialista Walter De Vitto, da Tendências Consultoria, o mercado de gás e petróleo no Amazonas vai continuar aquecido nos próximos anos. “O preço do barril de petróleo está em alta no mercado internacional e isso tende a encorajar as empresas a se lançar nessa empreitada. Observamos que como o foco da Petrobras, que é o principal ator desse mercado, vai estar voltado para os investimentos na camada do pré-sal, empresas menores, como a HRT, poderão encontrar boas oportunidades de negócio na região”, afirma De Vitto.

Polo

Para o economista e secretário de Estado da Fazenda, Isper Abrahim, o aquecimento do mercado deverá continuar pelos próximos anos e ele já vislumbra a criação de um novo polo econômico que poderá ser tão importante para o Amazonas quando é hoje o Polo Industrial de Manaus (PIM): o gásquímico. “No curto prazo, nós teremos todos os insumos para implantarmos um polo gás-químico importante no Estado.

Teremos o gás natural, energia elétrica vinda do linhão de Tucuruí e a silvinita. Poderemos entrar fortes no mercado de fertilizantes, onde o Brasil ainda é um dos maiores importadores desse tipo de produto”, afirma Abrahim. Walter De Vitto, da Tendências Consultoria, diz que até mesmo pelas dimensões das reservas encontradas no pré-sal, será normal que os investimentos na exploração na costa brasileira sejam maiores que os destinados para a Amazônia, mas ele ressalta que os montantes previstos são consideráveis. “Estamos falando de um mercado de bilhões de dólares em busca de uma matéria prima que o mundo todo está procurando. As perspectivas são extremamente positivas, ainda que este seja um mercado altamente desafiador”, afirma De Vitto.

O consultor diz ainda que as empresas do setor estão atentas às sinalizações do governo brasileiro, que havia prometido, no ano passado, realizar um leilão de novos blocos exploratórios nas regiões Norte e Nordeste. Calcula-se que serão licitados algo em torno de 174 blocos nas duas regiões. “Os leilões são fundamentais para medir a temperatura do mercado. Acreditamos que um novo leilão deverá ser feito ainda neste ano e que o interesse das empresas ficará evidente nas ofertas que elas farão”, afirma De Vitto.
 
FONTE: A Crítica (AM)
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Mapa com a localização da descoberta de petróleo no pré-sal da Bacia de Santos, no poço denominado Carcará

pic.twitter.com/FN2nchYi

Fonte: Agência Petrobras
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Terminologia Offshore - LETRA B


Letra B

BACK CHASING LENGHT - DISTÂNCIA DE RETORNO DO PESCADOR - Distância a ser percorrida pelo rebocador trazendo o "chaser" (pescador).
BACK-OFF - DESAPARAFUSAR - Geralmente se refere à ação de desaparafusar a tubulação de perfuração de uma ferramenta ou item perdido dentro do poço.
BACK-PRESSURE - RETRO-PRESSÃO - Pressão resultante da restrição ao pleno fluxo natural do gás ou petróleo.
BACK-UP MAN - PORTA-TENAZ - Elemento da equipe de perfuração que segura as tenazes (sistema de fixação de tubos por garras) para evitar que uma seção de tubulação gire, enquanto outra seção está sendo nela aparafusada ou desaparafusada.
BAILS - ELOS DE LIGAÇÃO - Elos que ligam o gancho de içamento principal com os elevadores das tubulações de perfuração.
BAILER - REMOVEDOR DE PASTAS OU APARAS - É um container cilíndrico munido de uma válvula na extremidade inferior utilizado para remover fluido pastoso ou aparas de um poço; é manipulado por um cabo de arame. A unidade (bailer) é utilizada na operação de perfuração com broca tipo formão para a remoção de fluido pastoso ou aparas produzidas pela broca durante o corte da formação.
BALDT LINK - ELO TIPO BALDT (PÊRA) - Elo de conexão para amarras. Seus diâmetros internos são diferenciados.
BALL-UP - AMARROTAR - Condição em que uma formação viscosa, tal como o xisto “gumbo” (ou xisto argiloso), amarrota os cortadores da broca e faz necessária uma retirada e reposição da coluna de perfuração (round-trip - viagem de ida e volta) para a devida limpeza da broca.
BALL WEEVIL - OPERÁRIO INEXPERIENTE - Um operário de campo de petróleo sem experiência na rotina.
BANKSMAN - PORTALÓ - Pessoa que auxilia o guindasteiro na movimentação de carga quando este tem dificuldade de visualizar locais.
BAR - BAR - Unidade de medida de pressão equivalente a 105 pascais. Um pascal (Pa) eqüivale à pressão da força de um newton aplicada perpendicular e uniformemente sobre uma superfície plana de área igual a um metro quadrado; um newton é a força que, agindo sobre um corpo de massa igual a um quilograma, lhe atribui a aceleração de um metro por segundo ao quadrado, na direção da força.
BARE FOOT COMPLETION - COMPLETAÇÃO CRUA - É a completação (conclusão) de um poço numa formação reservatório que é estável e não necessita de revestimento ou completação com tubulação de revestimento perfurado.
BARITE - BARITA - Ou baritina. Sulfato de bário (Ba SO4) com peso específico de 4,5 que pode ser adicionado à lama circulante de perfuração para aumentar o seu peso e proporcionar uma coluna hidrostática para o controle das pressões da formação. É um mineral ortorrômbico amarelo, branco ou incolor que ocorre ou sob forma granular, ou como cristais tabulares, ou ainda como massas compactas.
BARGE ENGINEER - ENGENHEIRO DE BALSA - Função a bordo de uma unidade de produção com o objetivo de supervisionar a mesma. Normalmente oé o Encarregado do Sistema de Lastro.
BARREL (CORE) -TRÉPANO PARA RECUPERAÇÃO DE TESTEMUNHOS - É um dispositivo tubular munido na sua extremidade inferior de uma broca tipo anular e projetada para recuperar, da formação em perfuração, testemunhos sólidos em forma de barra para avaliação por geólogos.
BASKET - FERRAMENTA DE PESCA - É um dispositivo para “pescar’, utilizado para recuperar sucata ou ferramentas partidas do fundo de um poço, tais como roletes de rolamentos ou fragmentos dos cortadores de uma broca partida.
BASKET (CEMENT) - CESTA - É uma cesta de borracha em forma de funil guarnecida com travas acionadas por molas as quais mantêm a borda superior da cesta rente a parede do poço. É utilizada a fim de proteger a formação contra contaminação ou para limitar área de cimentação.
BATHYMETRY - BATIMETRIA - Processo de levantamento das profundidades e de mapeamento topográfico do fundo oceânico.
BATTER - TALUDE - Escarpa, aclives ou declives acentuados no relevo submarino.
BEAN - AFOGADOR - Nome dado a um dispositivo afogador que é utilizado para controlar o fluxo de fluido ou gás sob pressão, através de uma tubulação.
BEDROCK - EMBASAMENTO - Leito de rocha sólida subjacente à cobertura sedimentar que pode ser encontrado durante a perfuração de poços petrolíferos.
BELL DIVING - SINO - Equipamento para transporte de mergulhadores para trabalho ou inspeções visuais sustentado por umbilical.
BELL MOUTHED - EXPANDIDO EM BOCA DE LOBO - Tipo de abertura feita em uma tubulação para se emendar outra.
BELLY HAND - BARRIGUEIRA - Processo utilizado em estimulação de poços. Provoca “inchaços” na formação.
BELLY BUSTER - CHOQUE POR BARRIGUEIRA - Maneira de dar impacto à formação durante o estímulo de um poço.
BENDING TEST - TESTE DE FLEXÃO - Teste de flexão da coluna.
BENTONITE - BENTONITA - É uma argila coloidal composta principalmente por montmorilonita que incha em contato com umidade. A bentonita é a base essencial da maioria das lamas de perfuração e transfere para a lama propriedades tais como o tioxotrópico formador de gel que não é corrosivo, não abrasivo e lubrificante.
BENZENE - BENZENO - Líquido incolor derivado do petróleo, de odor característico e agradável, menos denso que a água e imiscível com esta. Se solidifica a 5,4ºC e tem ponto de ebulição a temperatura de 80,1ºC; bastante volátil, produzindo vapores altamente tóxicos e conhecido no comércio, impropriamente, pelo nome de benzol ou benzina; é muito utilizado como solvente de borracha, resinas, gorduras, graxas, etc., e na preparação do fenol, anilina e dos inseticidas BHC e DDT.
BENZENE RING - ANEL BENZÊNICO OU CICLO BENZENO - Forma químico-estrutural do benzeno; maneira como o benzeno se agrupa quimicamente.
BENZINE - BENZINA - Fração da destilação do petróleo constituída essencialmente de hexano e heptano com ponto de ebulição inferior a 85ºC.
BENZOL - BENZOL - Mistura de alcenos usada como solvente industrial.
BIRD CAGE - GAIOLA - Serve para achatar e abrir as pernas ou cordão de um cabo de aço.
BIT - BROCA - Instrumento de várias formas e tipos usado na perfuração de formações.
BIT BALLING - BROCA ESFÉRICA - Broca tipo esférica.
BIT BREAKER - SACA-BROCA - É uma placa montada dentro do recesso da bucha mestre da mesa (ou plataforma) rotativa, permitindo a operação de desaparafusar as brocas de uma coluna de perfuração.
BIT COLLAR - COLAR DE BROCA - É uma tubulação de serviços contínuos utilizada para ligar um trépano à coluna de perfuração. Serve também para aumentar o peso da broca.
BIT SUB - BROCA DE IMERSÃO -
BIT WEIGHT - PESO DA BROCA -
BLACK OIL - ÓLEO CRU - É o óleo recém-saído do poço.
BLANK LINER - LUVA CEGA - É uma luva sem perfurações. Serve para fortalecer algum ponto da coluna de perfuração.
BLEED-OFF - SANGRAR PRESSÃO - É a operação de redução lenta da pressão através de uma válvula de controle.
BLIND RAM - RECALQUE CEGO - Recalques de aço com inserções de borracha montados em um cabeçote de poço para evitar rupturas. Quando estão na posição “fechado”, mantêm o cabeçote do poço fechado de modo semelhante a uma válvula principal.
BLOCK LINE - LINHA DO MOITÃO - Linha de arame (cabo de aço) bobinada no tambor principal de um guincho de tração e, através da polia do guindaste e do moitão móvel, serve para manipulação da coluna de perfuração e outras cargas. O diâmetro do cabo é geralmente entre 29 e 32 mm e poderá ter um núcleo sólido (alma).
BLOW OUT - ESTOURO - Condição de um poço descontrolado devido aos fluidos da formação estourarem na superfície. A causa de um estouro sem controle pode ser sabotagem, falha do equipamento do cabeçote do poço ou do equipamento dentro do poço, descuido da equipe de controle ou por um Ato de Providência. São raros.
BLOW OUT PREVENTER (BOP) - SISTEMA DE SEGURANÇA CONTRA ESTOUROS - É um conjunto de comportas de controle montadas no cabeçote do poço, capazes de ser colocado em volta de uma tubulação de perfuração ou de revestimento e projetado para controlar um poço na situação de descontrole. Os componentes de um conjunto de controle de estouros são fabricados obedecendo aos mais altos padrões e podem, em alguns casos, serem testados até uma pressão de 1.400 kg/cm2.
BLOW UP - EXPLOSÃO - Explosão por causa diversa, geral.
BOARD (FOURBLE) - PLATAFORMA PROVISÓRIA - É uma plataforma montada num guindaste na altura de aproximadamente 27 metros acima do piso para facilitar o manuseio de tubulações de perfuração para dentro e fora do poço.
BOARD (HEAD) - TÁBUA PROTETORA - É uma tábua de proteção sobre a cabeça da posição do perfurador.
BOILERHOUSE - RELATÓRIO FALSO - Emitir um relatório falso sem realmente executar o serviço.
BOLLARD PULL - FORÇA DE TRAÇÃO ESTÁTICA - Expressa em toneladas, define a capacidade de reboque de um arranjo de propulsão (hélices principais ou thruster).
BOOMER - OPERÁRIO MIGRANTE - Termo dado a um operário de campo de petróleo que migra de um campo a outro. É também gíria de campo para um dispositivo usado para apertar as correntes de um caminhão com um carregamento de tubulações ou outro equipamento pesado.
BOOSTER STATION - ESTAÇÃO DE COMPRESSÃO - Local onde os mergulhadores ficam em quarentena para operação de mergulho com a finalidade de se adaptarem à pressão reinante no local de trabalho.
BOREHOLE - PERFURAÇÃO DO POÇO - Conjunto de operações para a perfuração de umpoço.
BOREHOLE TELEVIEWER - PERFIL DE IMAGENS DA PAREDE DO POÇO - Registro que fornece imagens das paredes do poço. Estas imagens são resultado da ativação de um transmissor rotativo que emite pulsos localizados de energia acústica de alta freqüência que varrem as paredes do poço. As imagens são o produto das ondas acústicas refletidas.
BOTTOM HOLE CHOKE - REBOCO DAS PAREDES DO POÇO -
BOTTOM HOLE CONTRACT - CONTRATO DE CONCLUSÃO DE POÇO - É um contrato que estipula o pagamento de dinheiro, ou outras considerações, na conclusão de um poço a profundidade pré-determinada.
BOTTOM HOLE DIFFERENTIAL PRESSURE - PRESSÃO DIFERENCIAL DO FUNDO DO POÇO - Em alguns poços, tais como os dos grandes campos de petróleo do Oriente Médio, as pressões diferenciais do fundo do poço podem atingir de 280 a 350 kg/cm2 ou mais. Já em outras áreas, as pressões podem ser insignificantes.
BOTTOM HOLE PRESSURE - PRESSÃO DE FUNDO -
BOTTOM HOLE PRESSURE GAUGE - INDICADOR DE PRESSÃO NO FUNDO -
BOTTOM HOLE SAMPLE - AMOSTRA DO POÇO -
BOTTOM PULL - TRAÇÃO NO FUNDO DO POÇO -
BOTTOM SAMPLER - AMOSTRADOR DE FUNDO -
BOTTOM SETTINGS AND WATER - ASSENTAMENTO DA ÁGUA E DO FUNDO- Quando a água está cristalina, estática, sem turbilhonamento.
BOTTOM TIME - TEMPO DE PERMANÊNCIA NO FUNDO -
BOTTOM TOW - REBOQUE DE FUNDO - Método utilizado no deslocamento de objetos no fundo do mar.
BOUNCE DIVE - LIMITE DO TEMPO DE MERGULHO -
BOWL - ANEL - Pesado anel de aço no qual são colocadas cunhas cônicas para apoiar a coluna de tubulação.
BOWL (CASING) - ANEL - É um dispositivo que suporta o peso da coluna de revestimento para a mesma ser consertada quando danificada.
BOWLINE - NÓ DE IÇAMENTO - É um nó muito utilizado para o içamento de equipamento pesado com o cabo livre (veja CATLINE). A vantagem do nó é que este pode ser facilmente desfeito independentemente do peso colocado.
BOW SHACKLE - MANILHA REDONDA - Manilha com o centro (seio) da “ferradura” bem arredondado. Veja SHACKLE.
BOW THRUSTER - PROPULSOR LATERAL DE PROA - Tipo de propulsor localizado na proa, em um túnel, para aumentar a capacidade de manobra da embarcação.
BRADENHEAD GAS - GÁS DE CABEÇOTE DE REVESTIMENTO - É o gás produzido do petróleo que surge entre o tubo de produção e o de revestimento.
BRAKE HINGE - JUNTA DE FREIO -
BRAKE HORSE POWER (BHP) - POTÊNCIA EFETIVA - O valor representa somente a saída do motor principal e não deve incluir a potência de saída de qualquer outra máquina de bordo. É a saída A da norma DIN 6270.
BRASS RUNNING NIPPLE - NIPPLE DE PROTEÇÃO - É uma peça (ou tampão) utilizada para proteger as roscas do equipamento durante a operação de retirada das varetas da bomba embutida. É fabricada em metal não-ferroso (cobre, latão, alumínio, etc.) para evitar faíscas do contato das varetas.
BREAKING DOWN - DESMONTAGEM - É a operação de desaparafusar uma coluna de perfuração em suas seções individuais quando um poço foi completado (concluído) e a coluna de perfuração é retirada pela última vez.
BREAK OUT - DESMONTAGEM - É a operação de desaparafusar seções individuais de uma coluna de perfuração.
BRIDGE - OBSTRUÇÃO - É uma obstrução em um poço devido ao desabamento da formação ou a presença de um “peixe”(ferramenta ou sucata perdida no poço).
BRIDGE PLUG - CONJUNTO VEDADOR - É um conjunto de vedadores ou obstruidores com cunhas cônicas e uma luva de borracha vedante. É colocado no poço para isolar uma zona produtiva dentro do poço, a fim de testar a zona a um nível mais alto.
BRIDGING MATERIAL - MATERIAL VEDANTE - Material fibroso que é adicionado à lama para vedar uma formação que perde lama circulante. Para esta finalidade, todo tipo de material é utilizado, tal como: sementes de algodão, feno cortado, folhas de palmeira cortadas, tiras de celofane, serragem, tecido rasgado, sacos, etc.
BRIDLE - CABRESTEIRA - Arranjo de reboque composto de duas pernas de cabo de aço ou amarra, mais pendentes, que partem de extremidades opostas do objeto a ser rebocado, unidas pela placa triangular. Veja MONKEY FACE.
BRING IN - ESTIMULAÇÃO - É o processo de fazer com que o fluido (óleo) possa fluir da formação para dentro da perfuração do poço.
BRUCKER SURVIVAL CAPSULE - CÁPSULA DE SALVAMENTO - De formato circular, substitui a baleeira nas fainas de abandono.
BULLDOG GRIP - GRAMPO FORTE - Grampo (clip) de grandes dimensões, para uso em cabo de aço de 40 mm de diâmetro ou mais.
BULL ROPE - CABO - É um cabo sem fim usado em uma operação de perfuração com broca tipo formão, suspensa por um cabo de aço, para acionar o conjunto do tambor de içamento usado na perfuração a cabo.
BULL WHEEL - GUIA - É o conjunto do tambor de içamento usado na operação de perfuração com broca tipo formão.
BUMPER JAR / BUMPER SUB - AMORTECEDORES DE FUNDO -
BUOY - BÓIA - Veja MONOBUOY.
BURNING - QUEIMA - Queima controlada do gás; poço produzindo em condições normais; verificado por meio dos queimadores de teste.
BURNOUT TEST - TESTE DE SEGURANÇA DA QUEIMA DO GÁS - Teste usado preliminarmente a fim de serem verificadas as condições de segurança do poço, antes de sua produção normal.
BUSHING - BUCHA - São inserções de aço colocadas na plataforma (ou mesa) rotativa para acomodar a bucha da tubulação de apoio e acionamento da coluna de perfuração.
BUTTERFLY VALVE - VÁLVULA BORBOLETA - Tipo de válvula utilizada em redes para o controle do fluxo de fluidos, geralmente colocada na extremidade do mangote flutuante que vai para o navio-tanque
BY-PASS - TUBULAÇÃO OU CONEXÃO DE DESVIO - Geralmente se refere a uma tubulação de desvio que redireciona a operação da válvula ou outro mecanismo de controle. É instalada para permitir o fluxo do líquido enquanto são executados ajustes ou reposições das peças do equipamento de controle.
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Pré-sal ganha poço horizontal


 
A Petrobras concluiu neste mês a perfuração do primeiro poço horizontal do pré-sal. O poço foi perfurado em um ângulo de 85° e atravessou 950 metros do reservatório principal do campo de Lula, navegando nos 50 metros do topo da jazida.
O poço foi revestido com um liner por dentro de todo o reservatório e vedado externamente de modo a possibilitar a intervenção de uma seção isoladamente.
Um dos objetivos da Petrobras com o projeto é dominar a tecnologia para viabilizar sua aplicação em poços horizontais e de inclinação em outras áreas do pré-sal. A companhia já havia perfurado quatro poços direcionais com ângulos até 51° no prospecto.
A alternativa horizontal é indicada para aumentar a produtividade em áreas onde o reservatório é menos espesso ou mais fechado. Em princípio, a previsão da Petrobras é que a maioria das áreas do pré-sal seja explorada com poços verticais.
Fonte: Energia Hoje
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Barra Energia anuncia nova descoberta de óleo leve no Bloco BM-S-8 da Bacia de Santos


 
A Barra Energia anunciou a ocorrência de uma nova acumulação de óleo de boa qualidade no Bloco BM-S-8, em reservatórios do pré-sal em águas ultra profundas da Bacia de Santos. A descoberta ocorreu durante a perfuração do poço 4-SPS-86B (4-BRSA-971-SPS), informalmente denominado Carcará, localizado a 232 km do litoral do estado de São Paulo.

O resultado foi comprovado por meio de amostragens de petróleo de 31º API, um dos mais leves encontrados no pré-sal da Bacia de Santos até agora, em reservatórios situados a 5.750 metros de profundidade.

O poço continua em perfuração buscando determinar o limite inferior dos reservatórios bem como identificar outras possíveis zonas de interesse.

Carcará é o terceiro poço perfurado na área do Plano de Avaliação da Descoberta do 1-BRSA-532A-SPS (Bem-te-vi), situado numa lâmina d’água de 2.027 metros.

“Este resultado confirma a presença de um sistema petrolífero efetivo nesta parte do bloco e nossa estratégia para construir um portfolio de ativos de exploração e produção no Brasil”, comentou Renato Bertani, CEO da empresa.

“Estamos muito satisfeitos com o potencial exploratório do bloco e com os encorajadores resultados preliminares de Carcará”, indicou João Carlos de Luca, diretor presidente da companhia.

O Consórcio dará continuidade às atividades e investimentos necessários para a avaliação da área, conforme o Plano de Avaliação aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A Petrobras é operadora do consórcio (66%) em parceria com a Petrogal Brasil (14%), Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás Ltda. (10%) e Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. (10%).

Fonte: TN Petróleo
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Segurança da indústria do petróleo terá que se reinventar para a exploração do pré-sal



Para especialista, tolerância com vazamentos e pequenos acidentes não pode se repetir. Engenheiro da USP afirma que estudos não garantem 100% de conhecimento sobre a área dos poços
“A pergunta que o mercado e a comunidade internacional se fazem é: como o Brasil pretende proteger o mar, para explorar os 4 milhões de barris do pré-sal”, afirma Ronaldo Seroa da Mota
O segundo vazamento descoberto no Campo de Frade, na Bacia de Campos, põe em xeque muito mais que a operação da Chevron e a exploração naquele pedaço da costa brasileira. A forma como são gerenciados os riscos ao longo do litoral, às vésperas do início da exploração da camada do pré-sal, são, para o economista Ronaldo Seroa da Mota, coordenador de Estudos Ambientais do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o X da questão para esse setor da economia. A sequência de acidentes recentes – desde novembro, quando ocorreu o primeiro desastre da Chevron, o Brasil registrou pequenos vazamentos todos os meses – não deixa dúvida, para o especialista, de que o padrão de segurança atual não atende ao mínimo necessário para a camada do pré-sal.
“A pergunta que o mercado e a comunidade internacional se fazem é: como o Brasil pretende proteger o mar, para explorar os milhões de barris do pré-sal”, afirma Seroa da Mota. “Se há algo de bom no caso dos vazamentos da Chevron, acredito que seja a oportunidade de colocar em xeque o sistema regulatório da plataforma marítima. Mesmo que os vazamentos de agora sejam pontos fora da curva, sinalizam que podemos ter um desastre de grandes proporções sem um marco regulatório ambiental efetivo”, defende.
Estabelecer um patamar seguro da exploração offshore vai muito além do dimensionamento do aparato de segurança. Para extrair petróleo de reservatórios situados quilômetros abaixo do solo, o país e as empresas que vão operar na camada do pré-sal terão que se adequar a um nível de controle de risco ainda inexistente. “Isso implica em um conceito completamente diferente do que é segurança na exploração offshore. A comparação que podemos fazer é com os níveis de segurança da aviação civil, que recorre a vários sistemas de backup, redundância e um erro estatístico zero. A mudança é necessária porque, no caso do pré-sal, não há como atingir de forma rápida, nem identificar facilmente as origens de um possível acidente. Ou seja: não dá para considerar que, em caso de vazamento, a empresa faz um trabalho de dispersão e considera que parte do óleo será absorvido pela natureza. Nas dimensões do pré-sal, isso não é mais aceitável”, explica o economista.
O vazamento informado publicamente pela Chevron no último dia 15 foi descoberto no dia 4. A suspeita, no momento, é de que uma fissura em uma região próxima ao poço onde ocorreu o primeiro problema, no Campo de Frade, seja a origem do afloramento do óleo. Baseado em uma fonte que acompanha o caso, a edição desta segunda-feira do jornal O Globo aponta para a existência de um afundamento do solo e de fissuras na rocha em um raio de 3,5 quilômetros no entorno da plataforma. A reportagem indica a possibilidade de ocorrer uma série de vazamentos no local.
Ricardo Azevedo, professor do departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da USP, afirma que os estudos feitos pelas empresas antes de iniciar a perfuração, por mais complexos que sejam, não dão garantias totais no momento de furar a rocha. Há pesquisas realizadas sobre o solo da Bacia de Campos que já chegaram a custar 70 milhões de dólares em casos extremos. “É preciso ter o máximo possível de informações, mas não dá para ter 100% delas. São camadas de rocha, uma sobre a outra. É impossível recolher amostras de todos os pontos”, explica Azevedo. A Chevron informou que decidiu suspender a exploração no Campo de Frade por precaução, por tratar-se de "uma área complexa". A empresa pretende conhecer melhor o terreno, de onde já retira 61.500 barris de petróleo por dia.
As rochas perfuradas na exploração do petróleo foram formadas por deposição de matéria e podem ter quilômetros de extensão. O estudo feito pelas empresas recolhe amostras dessa rocha para estimar como ela é. A dificuldade está no fato de que ela pode ser estável em um ponto e apresentar fraturas e instabilidade em outro. “A fratura na rocha pode provocar migração de fluidos, redistribuição de pressões. Se a rocha tiver direção preferencial de ‘fraturamento’ (onde ela é mais frágil), pode continuar se fraturando naquela direção por longos trechos”, diz Azevedo.
Quando se faz uma perfuração, são injetados fluidos de perfuração que têm por finalidade manter a estabilidade do poço. A pressão desses fluidos é outra questão complexa. Se for colocada uma pressão muito baixa, o fluido da rocha pode entrar no poço. No caso inverso, de pressão mais alta, a rocha pode rachar. “Você não sabe exatamente o que vai encontrar. Às vezes a rocha é mais mole, mais dura, mais fraturada, mais ou menos resistente à pressão”, diz Azevedo.
A Chevron tem até esta terça-feira (20/03) para apresentar ao Ibama informações detalhadas sobre as ações mitigadoras do impacto ambiental. Na quarta-feira, Marinha, Ibama e ANP se reunirão para avaliar o material entregue pela empresa.
Fonte: Veja
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