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domingo, 4 de março de 2012

Conheça a vida dos trabalhadores de uma plataforma de petróleo no Brasil



FABIA PRATES // Folha.com
ENVIADA ESPECIAL À P-43
O cenário parece o de um filme de ficção científica. Centenas de homens e pouquíssimas mulheres aguardam a chamada do alto-falante para embarque rumo a destinos exóticos: P-09, P-53, SS-50, PRB-01, PCM-03.
Na pista, dezenas de helicópteros alinhados, como se estivessem prontos para partir rumo a uma batalha, esperam seus ocupantes.
Eles chegam. Vestem coletes de um laranja muito vivo, precaução necessária caso haja um acidente no caminho –a cor forte, em contraste com o azul profundo do mar, facilita a localização.

Gizelle Ferreira Rangel trabalha na plataforma FPSO P 43 da Petrobras, no Campo de Barracuda, no municipio de Macae. // Foto de Rafael Andrade - Folhapress
Usam ainda um colete-boia azul, sobre o laranja, e sapatos fechados. Chinelos e sandálias são proibidos em nome da segurança no desembarque. Bagagem de mão também não é permitida. Celulares são lacrados em sacos plásticos, de onde só podem sair na volta.
O aeroporto de Macaé, cidade do litoral norte fluminense a 192 km do Rio, é o ponto de partida para as 54 plataformas que a Petrobras opera na bacia de Campos, de onde sai 84% da produção de petróleo do país.
Ao todo, a Petrobras tem 120 plataformas em operação, onde “vivem” mais de 10 mil pessoas em um esquema de trabalho que estabelece jornadas diárias de 12 horas, por 14 dias consecutivos.
Em troca, aqueles que aceitam esse trabalho de alto estresse e risco recebem 30% de adicional salarial, não têm nenhuma despesa enquanto embarcados e ganham 21 dias de folga.

DESTINO: P-43

A equipe da Folha embarcou em um desses helicópteros rumo à P-43, no campo de Barracuda, navio-plataforma em operação desde 2004. São 106 km mar adentro, viagem que dura 45 minutos.
Do alto tem-se melhor a dimensão da grandiosidade que cerca a produção petroleira do Brasil. Após alguns minutos de voo nos quais só se vê céu e mar, começam a surgir plataformas e navios.
O helicóptero pousa na P-43. A plataforma é do tipo FPSO, sigla do inglês “floating production, storage and offloading”, o que significa que ali se produz, armazena e processa óleo e gás.
A primeira sensação: a plataforma balança. Não o suficiente para causar enjoo, mas sim para forçar um constante reequilíbrio.
A segunda: a P-43 não é um lugar comum. As dimensões impressionam. A estrutura tem 337 metros de comprimento (mais do que quatro Airbus-A380 enfileirados), 65 metros de altura (igual a um prédio de 21 andares) e pesa 311 toneladas.
Logo ao desembarcar, o engenheiro Moisés Alves Pereira, 30 anos de Petrobras, gerente da plataforma e anfitrião na visita, dá instruções de segurança.
Ele explica que, a qualquer sinal sonoro de alerta, é preciso se dirigir –com calma, se é que isso é possível para quem nunca esteve lá– aos lugares predeterminados.
Na área industrial, onde estão os dutos que trazem o petróleo do mar, só é possível entrar com EPIs (Equipamentos de Proteção Individual): macacão laranja, óculos, luvas, botas, protetor auricular e capacete.
Com todos vestidos da mesma forma, a única maneira de diferenciar embarcados de forasteiros é a roupa limpa dos últimos. São inúmeros tubos, armações, geradores, pressurizadores, aquecedores. O ruído é insuportável, mesmo com os protetores de ouvido.
Não se vê ninguém caminhando pela plataforma. Tudo ocorre dentro de salas de controle, que comandam e vigiam a produção 24 horas por dia em telas de 17 computadores e monitores de três televisores.
Num dos extremos da plataforma ficam dormitórios, restaurante e escritórios. Ali não se tem a noção de estar a mais de 100 km da costa. Há uma sala de reuniões com mesa gigante, cadeiras confortáveis, sofás, projetores, TV, internet, ar-condicionado, cafezinho e frigobar.

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VIDA ISOLADA

Trabalhar embarcado é passar longos períodos isolado do mundo, suportando diversas restrições –estar longe da família, não usar o celular e, principalmente, não poder sair do local de trabalho no momento que quiser. Durante 14 dias, casa e trabalho são o mesmo lugar.
A média por embarque da P-43 é de 180 pessoas –das quais apenas 15 são mulheres. O grupo tem idade em torno de 35 anos. São engenheiros, técnicos de operação, profissionais de segurança, mergulhadores, rádio-operadores, técnicos de enfermagem e profissionais da hotelaria (cuidam da hospedagem e da alimentação).
A vida de um embarcado é difícil, mas muitos optaram por ela. Nos cinco primeiros anos na Petrobras, a técnica de logística de transporte Gisele Ferreira Rangel, 32, batia cartão no porto de Macaé e morava em Campos. Pediu para trocar a terra pelo mar.
“Com 21 dias de folga, aproveito melhor o tempo com a minha filha”, diz Gisele, que é mãe de uma menina de 12 anos.
Técnica de enfermagem, uma das responsáveis por prestar atendimentos de primeiros socorros aos embarcados, Maria Aparecida da Costa Silva diz que, quando está de folga em casa, costuma se confundir. ‘Digo que vou para o camarote em vez de para o quarto.’

COMO UM HOTEL

Para atender os embarcados, a plataforma funciona como um hotel. O café da manhã começa a ser servido às 6h. A última refeição, a ceia, é feita entre 23h e 1h.
Uma empresa terceirizada de hotelaria cuida da limpeza das acomodações e do preparo da comida.
No cardápio, elaborado por uma nutricionista, há sempre carnes vermelha e branca, salada, arroz e feijão, doces e frutas, além de sucos e refrigerantes. Por mês, são consumidas em média seis toneladas de alimentos.
As acomodações são coletivas, com banheiro e TV com programação a cabo. As cabines –os camarotes– têm entre 12 metros quadrados e 18 metros quadrados e lembram as de navios de cruzeiro.
Na P-43 são 47 camarotes para quatro pessoas (dois beliches), oito para duas pessoas e um para três. Não há privacidade. Tudo é feito sob o olhar dos colegas.
Bebidas alcoólicas são proibidas. Há cabines telefônicas para que os embarcados se comuniquem com as famílias e sala com computadores para acessar as redes sociais. Há áreas de convivência e lazer e até uma quadra de futebol e uma piscina.
Nas noites de quarta-feira, o grupo se reúne para um churrasco. É o dia de comemorar a volta para casa –os embarques acontecem às quintas, quando chegam os novos grupos. A cerveja é liberada. Mas sem álcool.

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O desafio de superar a saudade numa plataforma de petróleo


A plataforma Cidade Angra dos Reis, no Campo de Tupi, Bacia de Santos (RJ) - Foto: Stéferson Faria/Agência de Notícias Petrobras

Trabalhar numa plataforma petrolífera como a unidade Cidade de Angra dos Reis, que entrará em operação nesta quinta-feira (28/10) no litoral do Rio de Janeiro, é um exercício constante de reinvenção dos costumes, referências pessoais e familiares, noção de tempo e espaço. Mas sobretudo é um desafio de superação de um sentimento comum a todos: a saudade. A nova plataforma brasileira, que chegou ao País há um mês, conta hoje com 120 trabalhadores. Eles ficam 15 dias embarcados e folgam outros 15, e têm uma rotina diária que exige disciplina, treinamento e comprometimento, mas principalmente o companheirismo para superar a saudade quando ela aperta.
É o que afirma Emanuel Oliveira, enfermeiro que trabalha no pequeno hospital equipado da embarcação. A unidade está preparada para prestar todo tipo de atendimento, diz ele, até os casos de saudade: “Aqui somos uma família. Muitas vezes o nosso atendimento é uma conversa, uma palavra amiga.” A maioria sente falta da família. O gerente operacional da Petrobras, Humberto Americano, trabalha embarcado há 24 anos e diz que essa falta é combatida com a convivência amistosa entre os colegas. Ele lembra de um caso em que seus filhos, quando pequenos, chegaram a tramar para que faltasse ao trabalho. “Meus filhos sumiram com a chave de casa pra eu não sair para trabalhar, eles não queriam que eu fosse embarcar”, lembra, emocionado.
O mergulhador José Danilo diz que a saudade é uma grande “amargura” que enfrenta com muito exercício físico e as opções de lazer existentes na plataforma – TV, internet e livros. É um dos que mais torce para que a prometida academia de ginástica da embarcação fique pronta o quanto antes.
Já o Mestre de Cabotagem Eraclides Santos, responsável pela manutenção da segurança pessoal e ambiental, está feliz com o que o mar tem a oferecer: tranquilidade, paz, baleias e golfinhos. Ele é apaixonado pela vida que leva e diz que para afastar a saudade quando ela chega, basta olhar para o belo cartão postal natural que tem para todos os lados. “O mar é uma paixão. A gente escolhe essa atividade exatamente para estar em contato com o que a gente gosta”, afirma. “O mar nos traz todos os dias uma coisa nova, uma situação nova. A gente trabalha, faz o que gosta, mas com essa maravilha que é estar aqui, vivendo nesse oceano, no nosso Brasil tão bonito, tão rico, isso dá prazer.”
Para trabalhar em uma embarcação, há uma seleção rigorosa. Luiz Carlos Mendes, gerente ativo de produção senior, é um dos responsáveis por escolher os que vão para alto mar. Ele explica que a pessoa precisa ter um perfil específico e com disponibilidade para se dedicar em tempo integral. Para os que escolhem essa profissão, há vantagens. Os salários são maiores que os do pessoal de terra, há seguro de vida e outros benefícios. A grande desvantagem, admite, é o afastamento da família e amigos. “Para trabalhar aqui, é necessário que essas pessoas tenham um perfil voltado para a área operacional. A pessoa tem que gostar dessa atividade, desse ritmo de vida, porque não tem horário, essas pessoas estão aqui tempo integral à disposição da empresa e às necessidades do trabalho”, diz Mendes.
A plataforma Cidade de Angra dos Reis está ligada a nove poços do pré-sal da Bacia de Campos e será a unidade produtora do Sistema Piloto de Tupi. Quando estiver em pleno funcionamento, no ano que vem, ela produzirá 100 mil barris por dia e 4 milhões de metros cúbicos de gás.
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ESPAÇOS CONFINADOS OU DE DIFÍCIL ACESSO





1) Espaço Confinado
É um local que não foi idealizado para ocupação continua ou não de trabalho. Seus meios de entrada e saída são limitados, bem como a ventilação e ar respirável são perigosos a saúde, podendo prejudicar o trabalhador colocando-a em perigo de morte, incapacitação, lesão ou doença aguda.

3) Outras legislações
Outras normas do trabalho, também devem se obedecidas no trabalho confinado entre elas: Norma 7, norma 9, norma 10, e outras.

4) Do Resgate e Remoções de espaços confinados.
Além de possui treinamentos de em local de difícil acesso ou restrito, o socorrista tem de eliminar e se preparar para o "medo normal" e a "fobia".
O medo é uma reação psicológica normal em resposta a alguma ameaça ou perigo, ou a articulação dos mesmos.
A fobia que não é uma uma doença, mas um sintoma excessiva e inaciavel  do medo. Assim o socorrista, deverá estar bem preparado, se examinado por vários tipos de médicos para uma avaliação se seu estado mental.

5) Dos aparelhos e equipamentos de resgate em espaço confinados ou de difícil acesso.

Não devem usar todos os equipamentos de resgate normal. Lanternas, devem ser especiais para evitar  explosões com os gazes existentes. Cilindros de oxigênio devem ser leves (alumínios por exemplo) e finos, com boa capacidade de respiração. As máscaras, também especiais, para não embaçarem no seu uso e dar uma boa respiração correta. Roupas leves e de algodão e ou de proteção ao fogo, para melhor movimentação nestes locais.
6) Estudos antes de socorros

É necessário em estudo rápido da planta de local onde vai entrar, para saber como entrar e sair e outras possibilidades.
Preparar os equipamentos de uso que serão usados fora do local, como bomba e extração de gazes, bomba para ventilação, tripé, etc.
Nesta hora é que a equipe de resgate deverá estar coesa, pois um dependerá do outro e o que entra, dependerá muito mais.
O socorrista no 01 (o que vai a frente além de preparo psicológico, treinamento de resgate 01 e 02) deverá possui conhecimentos médico, pois não sabe o que irá encontrar e quais procedimentos deverá adotar no salvamento.
Roupas especiais devem ser adaptadas para cada local confinado, que poderá contar além de gases perigosos, produtos de radiação ou contaminação.
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Como limpar manchas de petróleo


Introdução

Em 2006, o mundo consumiu mais de 13,2 bilhões de litros de petróleo ao dia [fonte: U.S. Dept. of Energy (em inglês)]. Cerca de 60% deste petróleo chegou ao seu destino por via marítima [fonte: Corn (em inglês)]. Felizmente, devido a penalidades mais severas e a avanços no projeto de navios, o número de incidentes de derramamento de petróleo reduziu desde que oboom da navegação petroleira começou, nos anos 60. Mas, infelizmente, os acidentes não foram eliminados completamente. Entre 1990 e 1999, uma média de 150 mil toneladas de petróleo foi derramada nas vias marítimas mundiais a cada ano [fonte: National Academies (em inglês)]. O ano de 2001 foi especialmente negativo, com cinco derramamentos acontecendo na mesma semana [fonte: Marine Group (em inglês)].
Em março de 1989, a catástrofe do Exxon Valdez abriu os olhos da população norte-americana para o problema do derramamento de petróleo no mar. O Valdez encalhou no estreito Prince William, no Alasca (em inglês), e derramou 41,5 bilhões de litros de petróleo cru nas águas. Como resultado, os norte-americanos viram a morte de incontáveis pássaros e mamíferos aquáticos, cobertos de óleo. As pessoas começaram a imaginar de que maneira os especialistas limpam manchas de petróleo.
Galeria de Imagens de Petróleo (em inglês)
Exxon Valdez oil spill
Foto por Chris Wilkins/AFP/Getty Images
Uma equipe tenta remover óleo da superfície da água no estreito Prince William, depois do acidente com Exxon Valdez em 1989
Os superpetroleiros não são as únicas fontes de derramamento de petróleo. Oleodutos submarinos, plataformas petroleiras instaladas ao largo da costa, instalações de armazenagem costeira e refinarias têm o potencial de, inadvertidamente, derramar petróleo cru nas águas.
Mas como exatamente se deve empreender a difícil tarefa de limpar milhões de litros de óleo derramado no mar? As agências responsáveis pela remoção de manchas de petróleo - como a Guarda Costeira e a Agência de Proteção Ambiental (em inglês) - dispõem de alguns métodos inteligentes e relativamente simples.
Quando ocorre um derramamento de petróleo, o óleo forma uma película de cerca de um milímetro de espessura que flutua na água. O óleo termina por se espalhar e sua espessura vai se reduzindo ao fazê-lo até que se torna uma mancha mais ampla e muito fina. A rapidez com a qual uma equipe de limpeza atinge a área afetada pela mancha - bem como outros fatores como as ondas, as correntezas e o clima - determina o método a ser utilizado para limpar o petróleo derramado.
Se a equipe puder chegar ao local do derramamento no prazo de uma ou duas horas, pode escolher a técnica de contenção e remoção para limpar a mancha. Longas hastes que flutuam na água, sustentadas por bóias e que portam uma espécie de saia que pende por sobre a água, contêm o petróleo e impedem que a mancha se espalhe. Isso torna mais fácil remover o óleo da superfície, por meio de barcos com aparelhos de sucção que encaminham o óleo a tanques de contenção.
Uma mancha desse tipo pode requerer igualmente o uso de absorventes - grandes esponjas que absorvem o petróleo da água. As equipes de resgate podem atear fogo ao óleo, em um processo conhecido como queima in situ, mas isso resulta em fumaça tóxica e provavelmente não poderia ser usado em locais próximos a assentamentos populacionais costeiros.
Uma mancha de petróleo atingida com relativa rapidez e localizada a alguma distância de cidades é mais fácil de limpar por meio de métodos como os descritos. Mas as coisas raramente funcionam com tamanha facilidade. Manchas de petróleo são em geral muito complicadas, perigosas e ameaçadoras para o meio ambiente. Elas podem atingir a costa e ter tempo suficiente para se espalhar e prejudicar a fauna e a flora do local. Em casos como esse, as equipes de limpeza empregam outros métodos. Leia na próxima seção sobre métodos adicionais de limpeza de manchas de petróleo.
Fonte: Howstuffworks
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Programa Embarcar Odebrecht Óleo e Gás



O Programa Embarcar, uma iniciativa da Odebrecht Óleo e Gás (OOG), tem como objetivo a formação acelerada de profissionais capacitados para atuação em: Perfuração,Subsea,Náutica, Manutenção, Movimentação de Cargas e Segurança do Trabalho.

Público alvo: Jovens recém formados em cursos técnicos nas áreas de: Mecatrônica,Mecânica, Elétrica, Eletro-eletrotécnica, Segurança do Trabalho e Automação.

E também jovens formados na Escola de Oficiais da Marinha Mercante para atuarem nas áreas de Náutica e Maquinas em sondas de perfuração.


Fonte: QG do PETRÓLEO
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