javascript:; F Petróleo Infonet: 03/06/12

terça-feira, 6 de março de 2012

Geologia - ARMADILHAS DO PETRÓLEO


Também conhecidas por trapas, são estruturas geológicas que permitem a acumulação de óleo ou gás. É a rocha ou conjunto de rochas que deverá ser capaz de aprisionar o petróleo após sua formação, evitando que ele escape.
A armadilha ideal deve apresentar:
1. Rochas-reservatório adequadas, ou seja, porosidade entre 15% e 30%.
2. Condições favoráveis para a migração do petróleo das rochas fonte para as rochas-reservatório (Permeabilidade das rochas)
3. Um selante adequado para evitar a fuga do petróleo para a superfície.
Podem existir bacias sedimentares com rocha fonte sem petróleo, se não havia armadilha para armazenar o petróleo gerado. Veja os tipos de armadilha petrleo.
Tipos de armadilhas:
Estruturais
É a forma mais comum de acumulação de petróleo. Ocorre em regiões em que a crosta esteve sujeita a compressão horizontal.
vcvcvcv
Estratigráfica
Essas armadilhas ocorrem em regiões em que a crosta esteve sujeita a compressão vertical.
cvcvcv
Combinadas
É quando temos uma combinação dos dois tipos anteriores, ou seja, estruturais e estratigráficas.
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PROFISSÕES - Pintor Especializado


Em todas as plataformas, refinarias, estaleiros, fabricas e industria em geral, os pintores são profissionais indispensáveis, dada a necessidade de uma manutenção constantes de estruturas imensas. O mercado de trabalho está em alta principalmente para pintores especializados, e que tenha disponibilidade de trabalhar embarcados.

Principais atividades

- Executar tratamento superficial, preparando as superfícies de acordo com as especificações de engenharia;
- Analisar os procedimentos de trabalho, para seleção adequada do equipamento a ser empregado;
- Executar as operações previstas no procedimento de trabalho;
- Jatear peças e superfícies em geral, preparando adequadamente a superfície, segundo padrões de rugosidade superficial, predefinidos para pintura;
- Suprir o equipamento de jateamento de superfície, observando a pressão a ser mantida;
- Operar lixadeira pneumática, utilizando discos de lixa, escovas de aço, para a remoção de corrosão em peças e prepará-las para o tratamento e pintura;
- Preparar a seqüência dos banhos para peças, de acordo com as normas técnicas, checando as concentrações e temperaturas para cada banho.

Conhecimentos/habilidades

Ensino Fundamental completo;
Especialização: Jateamento, tratamento de superfícies e pintura;
Noções sobre níveis de desengraxamento, decapagem, temperaturas, trocas
das águas de lavagem etc. Pré-requisitos
- CBSP (Salvatagem + Huet para aqueles que vão trabalhar embarcados);
Onde atuar: No apoio as plataformas de petróleo e gás, navios e empresas de mergulhos e engenharia marítima, e indústrias em geral.
Média Salarial: R$ 1.500,00 á 2.500,00
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Maersk ganha três contratos com a Petrobras




A Maersk Supply Service fechou três novos contratos com a estatal brasileira Petrobras, no valor total de aproximadamente US$ 283.7 milhões. Todos os contratos terão duração de quatro anos, e incluem ancoragem para navios Maersk Leader, Maersk Lancer and Maersk Launcher. As embarcações farão serviços de ancoragem em águas ultra profundas, com âncoras convencionais e torpedo.

"O Brasil é um mercado em crescimento estrategicamente importante para a Maersk Supply Service, e estes contratos reforçam a nossa forte relação com um dos líderes da indústria de exploração em águas profundas e produção", diz Carsten Plougmann Andersen, CEO da Maersk Supply Service.

Atualmente, a Maersk tem uma posição significativa no mercado brasileiro, com 11 navios que operam no país para a estatal, e outros cinco para empresas petrolíferas internacionais.

"Trabalhamos com a Petrobras desde 1977 em lâmina d'água que exige cada vez mais segurança e desempenho operacional especializado. Estamos ansiosos em continuar com a parceria em águas profundas", afirma Plougmann.

Fonte: TN Petróleo
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Conheça a rotina dos trabalhadores em plataforma de petróleo


FOTO 06 - Plataforma de petróleo-450x338Lumi Zunica / R7
A plataforma P-26 tem capacidade para alojar até 150 pessoas


Mergulhar no cotidiano dos homens e mulheres que trabalham em uma plataforma de petróleo no mar é como viver num mundo de ficção científica. Eles estão imersos em um cenário de tecnologia de ponta, dominado pela exploração submarina de petróleo e gás em plataformas oceânicas que parecem naves interligadas. São os “embarcados” da Petrobras. 

Com o objetivo de conhecer a rotina desses trabalhadores, a reportagem doR7 viajou até a plataforma P-26, unidade semi-submergível de exploração de petróleo a 180 km do litoral de Macaé, no Rio de Janeiro.
Após 50 minutos de voo no helicóptero Dauphin AS365N3, chega-se a uma cidade flutuante composta por navios petroleiros e plataformas gigantes na imensidão azul que lembram cenas do filme “Waterworld – O Segredo das Águas”. 

A plataforma P-26 é uma unidade de produção de petróleo de bandeira panamenha, localizada no Campo Marlim, na Bacia de Campos (RJ). Construída na Rússia em 1994 e reformada em Cádiz, na Espanha, em 1996, iniciou as atividades de exploração no litoral brasileiro em janeiro de 1998. 

Atualmente produz 34 mil barris diários de petróleo, mas tem capacidade de produção de até 100 mil barris por dia e 3 milhões de metros cúbicos de gás, buscando os recursos submersos a 990 metros de profundidade. 

Auto-suficiente na geração de energia, produz eletricidade para abastecer uma cidade de até dez mil habitantes. A plataforma conta ainda com um heliporto onde podem pousar aeronaves de até dez toneladas e instalações para alojar 150 pessoas. 

Mas esse complexo de estrutura tecnológica e ferragens abrange também um lado humano, formado por técnicos, mergulhadores, engenheiros, cozinheiros, enfermeiras e outros tantos brasileiros. Danilo Dvorsak e Marco Antonio Rizzuti estão entre esses trabalhadores. São operadores de lastro da P-26, responsáveis pela estabilidade da plataforma, controlada através de um painel de comandos. 

Eles contam que já passaram por ao menos duas situações de risco, mas que foram resolvidas em menos de dez minutos, porque controle e segurança são marcas registradas na plataforma. 
Todo material embarcado, desde canetas até válvulas de grande porte, exceto alimentos, passa pela segurança. Selma Lopes e Regina Celli, encarregadas do almoxarifado, cuidam da entrada de produtos na plataforma. Elas são duas das 13 mulheres que trabalham na P-26. 

Selma, casada, trabalha 14 dias e folga 21. Ela diz que seu marido não reclama da sua ausência, já que ela consegue folgas prolongadas. Entretanto, a maioria dos tripulantes da embarcação sofre com a “tensão pré-embarque”.

Avanços da tecnologia 

Julio Caldeira, 32 anos como mergulhador de águas profundas e coordenador de mergulhadores da P-26, ainda se surpreende com os avanços que a tecnologia trouxe a seus comandados. 

- Fui um dos pioneiros no mergulho e vi colegas terem as pernas decepadas e muitos mergulhadores morrerem, mas eram outros tempos. 

Da sua cabine, controla um compressor que fornece ar aos mergulhadores. Caso o compressor falhe, um conjunto de garrafas pode fornecer ar durante 20 horas. Falhando a segunda opção, outro conjunto pode abastecer o oxigênio por seis horas. Por último, o mergulhador carrega uma garrafa com capacidade para 25 minutos, tempo suficiente para subir à superfície. 

Mas e se tudo falhar? É quando entra em ação o contra-mestre de cabotagem Ronaldo Alves de Oliveira, há 34 anos na Petrobras. Ele explica que há as “baleeiras”, embarcações metálicas destinadas à evacuação da plataforma. São quatro, com capacidade total para transportar 211 passageiros, quase 50 a mais que o necessário. 

Já a produção de petróleo e gás é controlada por seis homens. Eles estão encarregados de extrair o petróleo, separar a água do óleo e gás, armazená-los e exportá-los através de oleodutos para outras embarcações de transporte e de gasodutos para terra. 

- Trabalhamos para que tudo funcione certo. Uma parada de segurança significa uma parada na produção, ou seja, milhões de reais perdidos – explica Renan Campos Carvalho. 

Casado há cinco meses, Renan está na P-26 desde 2003 e explica que ela esta interligada com outras três plataformas-navio, a P-35, 37 e 53, para onde é enviado o óleo. 

O que os tripulantes comem? 
Anderson Rafael dos Santos, cozinheiro, trabalha há três anos na Bacia de Campos. Ele conta que a preferência gastronômica dos embarcados é similar ao de quem está em terra. 

- Aqui o pessoal adora churrasco, feijoada e peito de frango. 

Nem tudo é trabalho 
Na P-26 tem uma quadra de futebol, cinema, cabines de internet e telefones públicos para ligar para as famílias. Grupos religiosos participam de cultos à tarde e às quintas e domingos são feitos churrascos ao ar livre. 

Os aniversários do mês são festejados quinzenalmente e para quem gosta de esporte tem a sala de ginástica, conta Ademário Dias dos Santos, que trabalha há 29 na Petrobras, sendo 13 embarcado. 

- Quem trabalha em terra vai para casa depois do trabalho. Aqui convivemos o dia todo. 

Ele destaca que distância da família faz com que haja uma maior aproximação entre os tripulantes.

- Quando alguém tem um problema familiar que se torna conhecido ou acontece um acidente na plataforma, o astral é horroroso. O silêncio toma conta de tudo. Mas o mais comum é ter que resolver problemas pessoais.
Fonte: R7

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Brasil: produção de petróleo bate recorde




RECORDE  A produção brasileira de petróleo atingiu novo recorde em janeiro, segundo dados divulgados hoje pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Foram produzidos no primeiro mês de 2012 um total de 2,231 milhões de barris diários (bbl/d), o que representa um aumento de aproximadamente 5,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com dezembro de 2011, a alta foi de 0,8%. Este é o segundo mês consecutivo em que a produção nacional supera a marca de 2,2 milhões de barris diários.
GÁS NATURAL    Segundo a nota, a produção de gás natural no Brasil foi de aproximadamente 71,1 milhões de metros cúbicos/dia (m³/d), um incremento de 7,3% frente ao mesmo mês em 2011 e de 0,3% se comparada ao mês anterior. A produção de petróleo e gás natural no Brasil foi de aproximadamente 2,678 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). O campo de Marlim Sul foi o com maior produção de petróleo e também de gás natural. Este campo também foi o que teve o maior crescimento de produção de petróleo e gás natural, com aproximadamente 53,7 mil boe/d a mais do que em dezembro de 2011. Os poços interligados à plataforma P-56, em operação desde agosto de 2011, foram responsáveis por 89% deste crescimento.
PRÉ-SAL  A produção do Pré-sal foi de 152,3 mil bbl/d de petróleo e 4,8 milhões de m³/d de gás natural, totalizando 182,5 milhões de boe/d, uma redução de 9% em relação ao mês passado. A redução se deve ao fim dos testes de produção no poço 1BRSA108AESS, no campo de Jubarte. Dos oito poços produtores de reservatórios do pré-sal, sete estão entre os 30 poços com maior produção total, em barris de óleo equivalente. Destaque para os três poços produzindo atualmente no Campo de Lula que figuram na lista dos 30 maiores produtores. O poço 9BRSA716RJS, de Lula, segue como poço com a maior produção de petróleo, pelo nono mês seguido, com uma produção de 27,2 mil bbl/d.
VAZAMENTO  A Petrobras informou que a plataforma P-51, instalada no campo de Marlim Sul, na bacia de Campos, estava em procedimento de parada programada quando ocorreu um vazamento de gás por um furo em uma linha ligada ao queimador da unidade. A P-51 custou US$ 1 bilhão e tem capacidade para produzir 180 mil barris de petróleo diários e 6 milhões de metros cúbicos de gás natural. Foi a primeira plataforma totalmente construída no Brasil e está operando desde 2009. Na época da sua inauguração foi considerada pela empresa "fundamental para garantir a autossuficiência do Brasil em produção de petróleo".
Fonte: NN
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PROFISSÕES - Mecânico em Plataforma


Os técnicos formados nos cursos de Mecânica, Eletromecânica, Construção Naval, Fabricação Mecânica, Máquinas Navais, Metalurgia, Manutenção em Aeronaves ou Mecatrônica podem se habilitar para trabalharem embarcados em navios e embarcações de apoio. Esta habilitação é feita pela Marinha do Brasil, que realiza periodicamente curso de formação de aquaviários (CAAQ-I MM), com duração de seis meses. Após a conclusão desse curso, o profissional técnico estará apto a exercer a função de mecânico embarcado (condutor), auxiliando na manutenção e reparo dos equipamentos e sistemas de bordo, executando serviços de soldagem, caldeiraria e confecção de peças.
Áreas de atuação: Naval
Entidades e associações:
Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas
Fonte: Petrobras
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Rio se consolida como polo mundial de tecnologia do pré-sal



Multinacionais se instalam no Parque Tecnológico Rio, na Ilha do Fundão.
Extração mineral cresce e ajuda a manter a economia crescendo.
Em meados de dezembro do ano passado, o separador submarino água-óleo (SSAO), desenvolvido pela FMC Technologies, foi afundado no Campo de Marlim, na Bacia de Campos, para começar a funcionar ligado à plataforma P-37 da Petrobras, a 900 metros de profundidade. O separador, que pesa cerca de 400 toneladas, tem capacidade de produção de cerca de 18 mil barris por dia, separando o óleo da água e da areia que vêm misturados durante a extração. A estrutura, desenvolvida em parceria com a Petrobras, tem 75% de conteúdo local.
Desde a descoberta da existência de depósitos de petróleo na camada pré-sal, anunciada pela Petrobras em 2006, desenvolver tecnologias para sua exploração se tornou um desafio que vem ajudando a alavancar a economia brasileira. E o Parque Tecnológico Rio, na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, vem se tornando um polo de atração para empresas brasileiras e estrangeiras interessadas em investir no setor – como a própria FMC.
Motivos não faltam. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (6) mostram que a extração mineral, que compreende a produção de petróleo e gás, teve crescimento de 3,2% em 2011, acima do crescimento da indústria como um todo, que ficou em 1,6% no período. Os dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) apontam na mesma direção: em janeiro deste ano, a produção de petróleo e gás do país foi recorde, com 2,231 milhões de barris por dia.
A articulação tecnológica
O gerente da área de Articulação Corporativa do Parque Tecnológico Rio, Alfredo Laufer, explica que o espaço vem sendo desenvolvido há 15 anos, mas em 2007 ganhou grande vigor, com a descoberta do pré-sal. Já lá se instalaram cerca de 20 empresas.
“A partir de 2007 aconteceu um boom no parque tecnológico”, diz ele. “Os desafios de exploração de petróleo na profundidade da camada pré-sal requerem tecnologias que ainda não possuímos. As grandes empresas do setor estão investindo em centros de pesquisas e isso tem uma consequência direta sobre o PIB”, explicou ele.
Segundo Laufer, o petróleo traz possibilidades imensas para empresas internacionais cujos países sedes passam por crises e que veem no Brasil potencial para grandes negócios. Ele lembra que a Petrobras anunciou investimentos de cerca de US$ 250 bilhões para os próximos cinco anos.
Como a FMC, outras multinacionais estão chegando atraídas pelo desafio de desenvolver tecnologias para a exploração do pré-sal. Já estão em atividade no Parque as empresas de petróleo Schlumberger, francesa, e Baker Hughes, americana, além de pelo menos outras dez de menor porte.
Até o fim do ano, a Chemtech, empresa da Siemens, concluirá a obra de seu centro de pesquisas no parque tecnológico, mas engenheiros e pesquisadores brasileiros já trabalham nesses projetos. O mais importante deles é um projeto de distribuição de energia elétrica no fundo do mar para alimentar equipamentos que vão ficar instalados no fundo do mar a grandes profundidades.
O centro tem investimentos de R$ 40 milhões para sua construção e tem capacidade para 800 trabalhadores – será o maior no parque tecnológico, segundo o presidente da Chemtech, Daniel Moczydlower.
Até 2014, todas as empresas que ganharam a licitação para se instalar no parque deverão funcionando plenamente, somando um total de cinco mil pesquisadores em ação. O investimento conjunto chega a R$ 500 milhões somente na construção dos prédios.
Um parque sem precedentes
Daniel Moczydlower, presidente da Chemtech, afirma que o que está acontecendo da Ilha do Fundão não tem precedentes.
“Com a vinda não só da Siemens, mas de outras grandes empresas de tecnologias de petróleo do mundo que estão com centros de pesquisas instalados na Ilha do Fundão, está se formando naquele perímetro um centro de desenvolvimento tecnológico que não tem paralelo no mundo. Essas empresas estão ao lado do Cenpes, da Petrobras, que foi recentemente expandido, e é um dos maiores centros de pesquisas da América do Sul, e da universidade federal. Isso não tem paralelo, nem em Houston, nem na Noruega”, disse ele.
Ele afirma que, muito mais interessante do que os prognósticos que indicam que o Brasil será um grande exportador de petróleo, e a possibilidade de se tornar um exportador de tecnologias. Para ele, temos uma chance de ouro de transformar o Brasil em líder em tecnologia.
“Estamos criando conhecimento novo para atender à demanda do setor de petróleo e esse conhecimento vai se transformar futuramente em produto de exportação brasileira. Com certeza, é uma revolução o que está acontecendo no Brasil nesse setor”, afirma.
O Parque Tecnológico do Rio, apontado como um dos principais no Brasil, fica na Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, numa área de 350 mil metros quadrados. Entre laboratórios e centros de excelência instalados no Parque e mantidos pela Coppe/UFRJ, também estão reunidas empresas de base tecnológica que atuam nos setores de energia, petróleo e gás, meio ambiente e tecnologia da informação.
O projeto nasceu em 2003 para estimular a interação entre a universidade – alunos e corpo acadêmico – e empresas. As empresas foram chegando aos poucos, mas o pré-sal foi a grande atração que fez as empresas lotarem o parque. Nos próximos três anos, mais de R$ 500 milhões devem ser investidos em novas construções de unidades de pesquisas. Cinco mil pesquisadores altamente qualificados devem trabalhar no local.
‘Não vai ser por falta de estaleiro’
Segundo estudos da UFRJ (ao lado da qual Parque Tecnológico está instalado), o petróleo representa 10% do PIB brasileiro, podendo chegar a 20% em 2020. Existe uma projeção potencial de encomendas de US$ 180 bilhões em plataformas, barcos de apoio e navios de transportes até 2020, somente por parte da Petrobras.
É o que explica Augusto Mendonça, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav). E nesse cenário está excluída a parcela da OGX, ressalta ele. Para essa demanda, estão sendo construídos estaleiros de alta produtividade em Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e dois no Rio Grande do Sul.
“A indústria está se preparando para essa demanda, não vai ser por falta de estaleiro que essa demanda não vai ser atendida”, garantiu.
Alfredo Laufer, gerente do Parque Tecnológico, explica que o pré-sal tem as suas reservas conservadoramente calculadas em torno de 20 bilhões de barris, com perspectivas de poder chegar a 50 bilhões de barris. As atuais reservas comprovadas do Brasil em petróleo somam em torno de 16 bilhões de barris.
“Se fizermos uma estimativa levando em conta o preço médio do barril em torno de US$ 100, estamos falando de uma cifra existente no pré-sal, que está a 7.000 m de profundidade, de US$ 2 trilhões a US$ 5 trilhões. Esse potencial é extremamente grande. Na crise 2008, houve investimentos em torno de US$ 2 trilhões nas economias do mundo para que houvesse a reaceleração da economia mundial”, explica Laufer.
Mão de obra
Mendonça ressalta que a mão de obra é um gargalo: “o setor tem pleno emprego, hoje são 58 mil pessoas trabalhando em estaleiros, e até 2016 serão 100 mil. No ano de 2000, eram apenas 2.000 pessoas trabalhando em estaleiros. Mas esses trabalhadores, em todos os segmentos, precisam de treinamento para seguir normas rígidas. Isso é um desafio”, explica.
Alfredo Laufer concorda: “o desafio é a possibilidade de termos até 50 bilhões de barris de petróleo e termos mão de obra para tirar esse petróleo de uma profundidade de 7.000 m. Precisamos de engenheiros, técnicos, químicos, doutorandos e pós-doutorandos porque precisamos inovar, precisamos ter conhecimento”, diz, ressaltando ainda a falta de técnicos.
“Temos uma tremenda deficiência de técnicos. O número de técnicos que o Senai e o Sesi formam é muito pequena, precisaria multiplicar por dez”.
A falta dessa mão de obra qualificada movimenta outro setor da economia, a imigração. Carlos Aud Sobrinho, da CAS Óleo Visas Legalização de Documentos, diz que “quem tem tecnologia são as pessoas, então, se nota o crescimento da mão de obra qualificada para o setor. A necessidade da mão de obra estrangeira é para reforçar e somar esforços na transferência de tecnologia. A imigração é um termômetro do desenvolvimento econômico – se há pouca imigração, significa que a economia está estagnada”.
Ele cita estatísticas do Ministério do Trabalho sobre a concessão de autorizações de trabalho para estrangeiros no Brasil. Entre vistos temporários e permanentes foram 42.914 vistos em 2009; 56.006, em 2010; e 70.524 em 2011.
Capacidade de inovação
Carlos Tadeu da Costa Fraga, gerente-executivo do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), o centro de pesquisas da Petrobras, diz que a tecnologia para a exploração do pré-sal está disponível, “tanto que a gente já produz”, mas dada a escala do pré-sal, a pujança da área é primordial que se busque aprimoramento nas tecnologias já existentes.
“Isso porque qualquer ganho em redução de custos e aumento de eficiência, dada a escala das operações, tem um impacto fantástico”.
“Em 2011, o investimento total (da Petrobras) foi de R$ 1,8 bilhões; em 2010, R$ 1,4 bilhões. Esses valores têm colocado a Petrobras sistematicamente nos últimos 5 anos como uma das cinco empresas que mais investem em pesquisa e desenvolvimento no setor petróleo e gás no mundo. Porque esses investimentos podem gerar resultados com retorno fantástico”, diz.
Para Carlos Tadeu, dentro desse investimento, um componente importante diz respeito ao aumento da capacidade local de inovação para que a indústria possa cumprir sua meta de produzir conteúdo local.
Parte da ampliação da capacidade de inovação envolve as empresas fornecedoras de bens e serviços para a Petrobras, que, atraídas pela escala do pré-sal, decidiram construir no Brasil centros de pesquisas, explica Carlos Tadeu.
“Na Ilha do Fundão, o parque tecnológico sedia gigantes do petróleo e gás, permitindo não só a Petrobras aumentar sua capacidade como que seus parceiros tenham aumentada a capacidade de realizar inovação no Brasil, gerando empregos de alto valor agregado”, diz ele
“Na área de tecnologia de perfuração de poços, os três maiores fornecedores do mundo são a francesa Schlumberger e as americanas Halliburton e Baker Hughes, que são concorrentes ferozes. Pela primeira vez na história dessa indústria no mundo essas três grandes rivais estarão lado a lado com seus centros de pesquisa dessas empresas ao lado UFRJ e do Cenpes”, ressalta.
Fonte: G1 RJ por (Lilian Quaino)
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BG Group inicia teste em poço na Bacia de Santos

BG Group inicia teste em poço na Bacia de Santos


Empresa tem uma participação de 25% no bloco BM-S-11. A Petrobras opera o bloco com participação de 65%, enquanto a Petrogal Brasil tem fatia de 10%.
Londres – O BG Group anunciou hoje o início de novo posto teste na área de Iracema da concessão BM-S-11 na camada pré-sal da Bacia de Santos. A unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO), em São Vicente (SP), foi conectada ao poço RJS-647, em águas com profundidades de 2.212 metros.
A FPSO vai operar na área por aproximadamente seis meses, recolhendo informações técnicas sobre o comportamento do reservatório e fluxo de petróleo nas linhas submarinas, entre outros dados.
Durante a fase inicial de teste, o poço deverá produzir cerca de 10 mil barris de petróleo por dia, limitados pelas instalações – conforme autorizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
O poço teste é parte do desenvolvimento rápido do BG Group da suas participações nas descobertas e prospectos da camada pré-sal da Bacia de Santos.
A informação coletada dará suporte ao desenvolvimento do sistema de produção final na área, previsto para entrar em operação até o fim de 2014 com a instalação de uma unidade FPSO com capacidade de 150 mil barris por dia na cidade de Mangaratiba.
Fonte: Agência Estado
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Petrobras investirá R$ 320,9 milhões em formação de recursos humanos





A Petrobras recebeu autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para investir R$ 320,9 milhões no programa Ciência sem Fronteiras, do Governo Federal. A aprovação foi confirmada no último dia 29 de fevereiro, pela Diretoria Colegiada da Agência.

Os recursos serão destinados para a concessão de cinco mil bolsas de estudo para graduação (2.754 bolsas) e doutorado (1.901 bolsas), na modalidade sanduíche - em que o aluno estuda no exterior por até 12 meses e retorna ao país para continuar o curso - e outras 345 bolsas de doutorado pleno, com duração de até 48 meses, entre 2012 e 2017.

O valor aprovado inclui despesas referentes a passagem aérea de ida e volta, em classe econômica, auxílio instalação, seguro saúde e despesas com taxas escolares no exterior. Os alunos contemplados vão participar e desenvolver projetos relacionados à indústria do petróleo, gás natural, energia e biocombustíveis.

Os recursos são provenientes da Cláusula de Investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), prevista nos contratos de concessão. Ela determina que as empresas petrolíferas concessionárias invistam em seus centros de pesquisa no Brasil, ou em instituições de pesquisa nacionais, 1% da receita bruta que obtêm nos campos de grande produção ou de alta rentabilidade (que pagam Participação Especial).

Introduzida pela ANP nos contratos de concessão em 1998, a cláusula de P&D estimula a pesquisa e a adoção de novas tecnologias na exploração, produção, transporte, refino e processamento de óleo. De 1998 até dezembro de 2011, foram gerados, em valores correntes, recursos para aplicação em pesquisa e desenvolvimento no montante acumulado de R$ 6,2 bilhões. Deste total, cerca de R$ 3,1 bilhões foram aplicados em instituições de pesquisa de 21 estados brasileiros. Só para a infraestrutura destes laboratórios foram destinados R$ 1,1 bilhão.

De 2006 a 2012 a ANP também autorizou investimento de R$ 569 milhões em programas de formação de mão de obra especializada para o setor, como o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), do Ministério de Minas e Energia, e o Programa de Formação de Recursos Humanos da Petrobras, que prevê a concessão de bolsas para 12.548 alunos de cursos técnicos, graduação, mestrado e doutorado.

O programa Ciência sem Fronteiras busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileiras por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de um esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento - CNPq e Capes -, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC. O projeto prevê a concessão, nos próximos quatro anos, de até 75 mil bolsas de intercâmbio.

Fonte: TN Petróleo
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