Produção petrolífera no Ceará deverá ser reforçada com aporte de R$ 853 milhões

Com uma produção petrolífera sem avanços significativos nos últimos anos, o Ceará deverá ter um reforço no aporte de recursos para o melhorar seu desempenho nesta atividade. O PAC 2 prevê um investimento de R$ 853,38 milhões no desenvolvimento dessa produção entre este ano e 2014. Mas é após este período que os valores serão realmente significativos, chegando a R$ 4,77 bilhões.

No momento, atividades já estão sendo realizadas no sentido de melhorar a produção no Ceará, nas localidades onde já se retiram o óleo: em terra, nos municípios de Icapuí e Aracati, e em mar, no litoral de Paracuru.

A produção de petróleo cearense gira em torno de sete mil barris diários, quantidade bem inferior ao que o Estado alcançava em anos anteriores. A redução vem se dando pelo natural envelhecimento das bacias.

Águas profundas

Entre as ações a serem realizadas para elevar estes volumes estão o início da exploração em águas profundas no litoral cearense. Atualmente, a atividade exploratória marinha se dá somente em águas rasas, de até 50 metros. Este ano, a Petrobras deverá realizar a primeira perfuração de poço em profundidade maior, no poço chamado Ararazul, que fica a uma lâmina d´água (medida) de 1.400 metros. O poço está localizado na Bacia Potiguar, que engloba os estados do Ceará e Rio Grande do Norte.

Até 2013, outras três perfurações deste tipo devem ser realizadas, desta vez, na Bacia do Ceará, e estarão de 900 a 2.500 metros distantes da superfície. O investimento total a ser empregado nos quatro poços é de R$ 200 milhões.

Pesquisas

Além do trabalho de desenvolvimento da produção, o PAC 2 também reserva recursos para a atividade de pesquisa exploratória. Ainda no plano anterior, foi feito um investimento na Bacia do Araripe, atingindo a região do Cariri, mas os resultados do estudo não apontaram petróleo e gás em condições de exploração. Agora, está sendo pesquisada, desde o ano passado, a Bacia do Ceará, na parte mais ocidental. Entretanto, o potencial desta ainda é desconhecido.

A pesquisa, contratada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) envolve recursos de R$ 12,7 milhões, e deveria ter apresentado os seus resultados ainda em dezembro do ano passado, mas, com informações ainda sendo analisadas pela ANP, se estenderá por este ano.

Fonte: Diário do Nordeste