javascript:; F Petróleo Infonet: Motivos do vazamento em Santos são os mesmos de incidente em Guará

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Motivos do vazamento em Santos são os mesmos de incidente em Guará


As circunstâncias que culminaram no vazamento de 160 barris de óleo na Bacia de Santos, no final de janeiro, foram as mesmas que, em março do ano passado, interromperam os Testes de Longa Duração que ocorriam em poço da camada pré-sal do campo de Guará. Nas duas situações o problema foi causado pelo rompimento da tubulação que levava o óleo extraído do poço ao navio plataforma Dynamic Producer. Em ambas, o sistema de resposta que fecha o posto impediu que o óleo vazasse deste ponto.  Contudo, no caso de Guará não havia óleo na tubulação, ao contrário do caso recente no campo Carioca Nordeste, também na Bacia de Santos
O diretor de Exploração e Produção (E&P) da Petrobras, Guilherme Estrella, contou, durante a coletiva de despedida do presidente José Sergio Gabrielli, que após o vazamento de Guará, engenheiros da estatal, em parceria com uma consultoria externa, formaram uma comissão interna e formularam um novo projeto de instalação para o mesmo equipamento. Não foi suficiente e a tubulação voltou a rse omper sem que fosse possível impedir o vazamento do óleo. A despeito do ocorrido, o diretor de E&P é otimista:
“O acidente teve um aspecto positivo, comprovou que o sistema de segurança dos poços está perfeito. O poço não produziu para o mar, houve um derrame do óleo que estava dentro da tubulação”, afirmou Estrella. Sobre a relação entre os dois vazamentos e a exploração na camada ultra profunda, ele foi taxativo ao afirmar que “os acidentes não tem nada a ver com produção do pré-sal” e falha no tubo poderia ter acontecido à qualquer profundidade. Outra comissão interna, agora reformulada, está sendo reunida para, em 60 dias, apresentar uma nova solução para o problema.
Simultaneamente, uma empresa dos EUA será contratada pela Petrobras para, no mesmo prazo, entregar à estatal um relatório independente. Ao final, os trabalhos serão confrontados e a Petrobras decidirá os próximos passos. Estrella preferiu não divulgar o nome da empresa, mas confirmou que o processo de contratação está em curso. Valores também não foram revelados. O TLD feito pelo Dynamic Producer será interrompido até lá. Quem também não participará da resposta técnica da companhia ao acidente é o próprio Guilherme Estrella, pois está deixando a diretoria da Petrobras após 9 anos na companhia, para aposentar-se.
Fonte: NN - Gustavo Gaudarde

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