Com a descoberta do pré-sal na Bacia de Santos, a expectativa da Secretaria de Fazenda do Estado é que a arrecadação de São Paulo com royalties saia de R$ 60 milhões no ano passado para R$ 3 bilhões em 2020.
SÃO PAULO - A Petrobras e o governo do Estado de São Paulo assinaram nesta manhã um protocolo de intenções para desenvolver três projetos na Bacia de Santos. Serão construídos uma base logística para apoio offshore no porto de Santos e dois centros tecnológicos para suporte à exploração e produção e incentivos à formação de mão de obra.
O anúncio foi feito em conjunto pelo presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e pelo secretário estadual de Energia, José Aníbal, na sede da secretaria na capital paulista. Segundo Aníbal, a ideia é ter ainda um centro de monitoramento via satélite e de certificação adicional. Ele afirmou que as conversações começaram em novembro e foram provocadas pelo governo do Estado, que projeta uma participação maior na atividade de óleo e gás. O Estado sempre se notabilizou pela distribuição dos derivados dessa cadeia. Com a descoberta do pré-sal na Bacia de Santos, a expectativa da Secretaria de Fazenda do Estado é que a arrecadação de São Paulo com royalties saia de R$ 60 milhões no ano passado para R$ 3 bilhões em 2020.
Segundo Gabrielli, que está em sua última semana no cargo, não existe data ou investimento estimados para a implantação das ações. “O protocolo de intenções vai detalhar em termos de projeto e em termos de volume de investimentos”. O grupo de trabalho que atuará nesse detalhamento será constituído em até dez dias. Os locais dos dois centros tecnológicos deverão ser na área continental de Santos e na capital. “Um será na capital, existem muitos laboratórios da USP [Universidade de São Paulo], do IPT [Instituto de Pesquisas Tecnológicas], e há possibilidade de ampliar alguma coisa já existente. Outro será na Baixada Santista”, disse Aníbal.
Questionado se sua saída da presidência da Petrobras foi antecipada, Gabrielli disse que não. “Há vários cronogramas que acontecem e influenciam numa empresa como a Petrobras. No meu caso particular que sou baiano, vou para Bahia. Tem cronogramas de mudança de governo na Bahia, tem cronograma de mudança de governo federal, tem cronograma de mudança dentro da Petrobras. A coincidência disso fez com que ao invés de ser no fim do ano, fosse melhor sair agora”.
Fonte: Fernanda Pires | Valor Econômico
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