Dilma só comentará o assunto quando for solicitada pelo governo argentino
Aumentar a participação da Petrobras na Argentina é o intuito do ministro do Planejamento Federal, Investimento Público e Serviços da Argentina, Julio De Vido, que aguarda o setor de processamento e produção de petróleo passar a ser de 15%, - sem delimitar prazo para a realização. De acordo, com De Vido, a estatal brasileira já chegou a produzir 10%, e atualmente opera com 8%. “Viemos ao Brasil com o interesse de reforçar a necessidade de trabalharmos juntos”, afirmou em entrevista coletiva, em Brasília.
Segundo o ministro argentino, a expropriação da Repsol está associada dentro de um pacote de ações premeditadas do governo, que prioriza a recuperação do modelo de Estado. “Buscamos mais do que um grande negócio, mas superar desafios históricos”, reforçou De Vido sobre o pensamento de desenvolvimento integrado da América Latina.
De vido, informou na reunião, que abrirá conversas com as demais petrolíferas para cobrar mais produtividade na Argentina, citando como exemplo Exxon, Chevron, Sinopec, entre outras.
Dilma não recebeu pedido sobre aumento de produção
A presidente Dilma Rousseff disse após a cerimônia de novos diplomatas em Brasília, que o Brasil não irá intervir em “assuntos internos de outros países”, não expondo opiniões sobre a decisão da Argentina de nacionalizar a YPF, controlada pelo grupo espanhol Repsol. “Eu estou dizendo para o ministro (Edison) Lobão que o Brasil não interfere em assuntos internos de outros países. De maneira alguma nós interferiremos, emitiremos opiniões ou faremos juízo de valor”, afirmou Dilma no Palácio do Itamaraty.
Dilma ressaltou que até o prezado momento não recebeu nenhum pedido de ajuda do governo de Cristina Kirchner para aumentar a participação da Petrobras na Argentina. Segundo a presidente, quando estiver ciente deste auxílio irá se pronunciar sobre o caso. “A hora que a Petrobras disser quais são os termos do pedido, eu me manifesto”.
Lobão garante investimentos
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, informou que a Petrobras pretende continuar os investimentos na Argentina, não descartando a possibilidade de ampliação. “Nossa intenção é continuar investindo na Argentina, seja porque é um bom negócio para a Petrobras ou porque também existe um interesse da Argentina”, afirmou. Ele ressaltou que a estatal investiu ano passado US$ 500 milhões no país, e que para este ano o valor está sendo mantido.
Fonte: NN
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