QUALIFICAÇÃO A rodada atual do programa da Petrobras de qualificação de mão de obra para a cadeia de OeG, Prominp, oferece mais vagas do que o mercado tem sido capaz de preencher. Segundo informações do Jornal Folha de S. Paulo, dos oito cursos oferecidos em todo estado de São Paulo, dois tiveram uma relação candidatos/vagas, média, inferior a 1 – a procura por cursos de montador de andaime foi de 10% do número total de vagas e, de montador, foi de 40%. Segundo a Folha, os dados são referentes às edições do Prominp desde seu lançamento, em 2003.
PROGRAMA A última fase do programa teve suas inscrições encerradas ontem. A Petrobras ainda não divulgou se as 11.671 vagas ofertadas foram preenchidas ou, sequer, haverá prorrogação da data de inscrição como já ocorreu em outras edições. A Folha disse, citando fontes, que falta de interesse por vagas no Prominp causa até o cancelamento de turmas por falta do coro. O problema seria, então, a falta de informação de populações de baixa renda, que por não conhecer, não procura o Programa. O levantamento da Folha aponta que os cursos problemáticos são os que exigem até oito anos de escolaridade (ensino básico).
SELEÇÂO Outro gargalo seria, segundo o jornal, a reprovação nas provas de seleção para entrar no Programa, que foram facilitadas ao longo dos anos, mas ainda é um obstáculo para trabalhadores de baixa qualificação. O perfil do déficit de alunos do Rio não ficou concentrado em cargos de baixa escolaridade, diferentemente de São Paulo, nesta última fase do Prominp.
PROFISSIONAIS No Rio, a Petrobras abriu 4.602 vagas, dividas em 29 especializações. Sobrou espaço em 4 delas: montador de andaime (tal qual SP e com 50% de ocupação) e projetista de estrutura metálica (30% de ocupação), desenhista projetista de arquitetura naval (70%) e profissional de de suprimento (90%). A maior procura foi para o curso de apoio administrativo com 113,8 candidatos por vaga.
PROCURA A coordenadora dos cursos do Prominp no Cefet-RJ (Escola Técnica e Faculdade Federal no Rio), Maria Cristina Martins, disse a Folha que a procura por cursos de nível técnico é intensa, chegando a ser procurados por pessoa já graduadas que visam ampliar a formação técnica, descendo “um degrau”, disse Cristina Martis à Folha. Especialistas apontam que a carência de mão de obra no Brasil, para o setor de OeG, espalha-se por toda a hierarquia da cadeia produtiva. Consultores de RH ouvidos anteriormente pelo NN,apontam que a tendência é aumentar a expatriação de mão de obra e o acirramento da disputa por técnicos e engenheiros.
Fonte: NN
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