Em reunião com autoridades do país asiático, ministro oferece parceria de longo prazo e oferece ajuda para cobrir demanda por etanol
Em visita ao Japão, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel assinou dois Memorandos de Entendimento com o governo japonês. O acordo que terá validade até 2017 é parte do esforço do governo brasileiro para importar e desenvolver tecnologia em um setor promissor para o Brasil como será a exploração da cama de petróleo do pré-sal.
Segundo o ministro, o Brasil espera contar com cerca de 5 mil embarcações – desde sondas de extração de alta complexidade a barcos de apoio, com o intuito de explorar petróleo em águas profundas. Na mesma cerimônia, o ministro da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Yukio Edano estreitou os laços entre as empresas SOG Óleo e Gás S/A do Brasil e a japonesa Toyo Engineering Corporation. Segundo Yukio, a promessa é que as duas companhias atuem juntas no Brasil justamente na área de construção e integração de plataformas marítimas. O inicio das operações está previsto para junho de 2012.
Para atender a demanda japonesa de etanol, de 500 milhões de litros por ano, o ministro Fernando Pimentel, realçou os esforços do governo brasileiro em ajudar o Japão a minimizar essa procura. “Temos capacidade reprodução de sobra e podemos firmar um acordo de longo prazo”, afirmou, em audiências com Osamu Fujimura, ministro-chefe do Gabinete do Primeiro-Ministro do Japão.
Na audiência com Edano, Pimentel ainda propôs a associação de mais empresas japonesas às fabricantes de etanol brasileiras para que possam participar de todo o processo, da produção à venda. “Se o Brasil conseguir fornecer de forma estável e barata, a participação do país no fornecimento vai aumentar", respondeu o ministro Edano.
Bolsas de estudo
Na pauta, o ministro Fernando Pimentel levou na bagagem um pedido da presidente do Brasil, Dilma Rousseff sobre o programa Ciência sem Fronteiras lançado recentemente. O executivo pediu apoio na concessão de 100 mil bolsas para estudantes e pesquisadores brasileiros estudarem no exterior nos próximos quatro anos. Os dois ministros japoneses concordaram que o intercâmbio será de grande valia aos dois países.
"Como os imigrantes japoneses tornaram-se importantes para o desenvolvimento do Brasil no século passado, espero que a vinda de estudantes brasileiros para cá represente uma nova fase desse intercâmbio", disse Edano.
As universidades japonesas devem receber três mil estudantes brasileiros.
Foto: Divulgação / Plataforma
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