sexta-feira, 11 de maio de 2012
Conter vazamentos vira negócio para petrolíferas
Várias empresas que desenvolveram novas maneiras de conter derramamentos de petróleo em alto-mar após o desastre da plataforma Deepwater Horizon estão levando essas tecnologias para o mundo todo, esperando lapidar sua reputação e reduzir os riscos de uma atividade arriscada, mas lucrativa.
A principal delas é a BP PLC, gigante petrolífera do Reino Unido que esteve no centro do acidente com a Deepwater Horizon, há dois anos, que matou 11 pessoas, lançou uma enorme mancha negra no litoral dos Estados Unidos no Golfo do México e quase levou a empresa à falência.
A BP lançou um dispositivo de 500 toneladas para contenção de derramamentos de óleo, projetado para ser enviado de avião de imediato para qualquer parte do mundo onde a empresa perfura o leito oceânico buscando petróleo. O sistema pode ser baixado ao fundo do mar, em águas profundas, por uma sonda, e então montado em cima da boca do poço, no leito marinho, para estancar o jorro. Ele fica armazenado em uma antiga siderúrgica perto do Canal de Navegação de Houston, no litoral do Estado do Texas.
O sistema da BP,, que custou US$ 50 milhões para desenvolver, é um conjunto de caixas e cilindros mais ou menos do tamanho de uma casa, e parece um gigantesco Lego feito de peças metálicas amarelas. Esse grande peso é necessário para operar em profundidades de até 3.000 metros e suportar vazamentos de alta pressão. O kit pode ser colocado em cima de um preventor de explosão quebrado - aparelho que já é uma espécie de tampão - para cobrir um vazamento, ou colocar em cima da boca de um poço aberto que está vazando.
São necessários cinco enormes aviões de carga da Antonov Co. e ainda dois aviões B747-400 da Boeing Corp. para transportar o kit inteiro até seu destino.
Fonte: Valor Econômico/Por Ángel González | The Wall Street Journal
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