javascript:; F Petróleo Infonet: Brasil é uma potência tecnológica na exploração de pré-sal, diz Viana

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Brasil é uma potência tecnológica na exploração de pré-sal, diz Viana


Geólogo aponta os desafios tecnológicos no setor de O&G
NNpetro Júlia Moura
Mais de um terço das descobertas mundiais em águas profundas e ultra-profundas nos últimos cinco anos é atribuída à Petrobras. Quanto ao pré-sal, a estatal esteve presente em 100% das descobertas. Desde 2010, o volume de reservas da Petrobras cresceu 8%. Mas, para conquistar maior autonomia energética, o país precisa continuar apostando em avanço tecnológico na área de exploração de petróleo e gás, segundo o geólogo da Petrobras, Adriano Viana, responsável pela descoberta de pré-sal no poço de Tupi, na Bacia de Santos.
“O Brasil é uma potência tecnológica na exploração de pré-sal e já  tem autonomia  energética . Sem dúvida, em uma década o país estará produzindo plenamente no pré-sal”, avalia Viana, em entrevista ao NNpetro durante o Congresso Nacional de Oceanografia, no Rio de janeiro.
O desafio - encarado pelo Brasil como uma grande oportunidade para  aumentar a produção de óleo e gás e iniciar uma revolução tecnológica - é a exploração das reservas de hidrocarbonetos localizadas em águas profundas e ultra-profundas, podendo ultrapassar 7 mil metros de profundidade. É o caso do poço de Lula, também na Bacia de Santos, em que a extração do petróleo nessa formação de pré-sal brasileiro tem que vencer 7,6 mil metros de profundidade, recorde de perfuração brasileira. Além da complexidade geológica, Viana aponta outro desafio: a complexidade ambiental. 
“Trabalhar em águas profundas e ultra-profundas é um desafio. A Petrobras já tem esta tradição na Bacia de Campos, que atua nesta área há mais de 20 anos, e é reconhecida mundialmente pela liderança em tecnologia. O desafio hoje é muito mais uma questão de relação dos fornecedores de equipamento e tecnologia para atender a demanda”, diz Viana.
Indústria X meio acadêmico
A projeção de exploração das reservas brasileiras é de um total 15 bilhões de barris recuperáveis, com grande chance de superar esta marca, segundo  Viana. Para alcançar este número, se faz necessário uma aproximação da indústria com o meio acadêmico. A companhia busca produzir 4,2 milhões de barris diários em 2020, tendo que duplicar a produção em menos de uma década.
“Indo para áreas de fronteira temos condições de explorar camadas de muito valor, além de melhorar o fator de recuperação de campos já descobertos. Para isso, precisamos de tecnologia de ponta, além de investir em capital humano. A demanda é tão grande que os fornecedores estão sobrecarregados. Nós exigimos muito deles. O desafio hoje é a indústria acompanhar o ritmo de demanda da Petrobras”, aponta o geólogo.
A companhia investiu fortemente em investigação e desenvolvimento (I&D) e em parceria com empresas de serviços e equipamentos, como a Schlumberger e a Baker&Hughes. A Petrobras é a quarta maior do seu setor que investe em I&D. Entre 2001 e 2010, a estatal cresceu 59% na área de recursos humanos em exploração e produção (E&P). “A exploração tem que estar pautada em custo, tempo e investimentos. Os desafios são na área de conteúdo nacional, competitividade aliada à sustentabilidade, além da simplificação e padronização”, finaliza Viana, lembrando que “este é o momento da Petrobras resgatar o seu investimento”.

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