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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Shell aborda as perspectivas de investimentos no Brasil


Gerente de Exploração, Manoela Alves relata que empresa está atenta as áreas dos leilões de petróleo
NNpetro - Adriano Nascimento 
A 5X Petróleo desta semana é com a gerente de exploração da Shell, Manoela Lopes, que esclarece aos leitores do NNpetro sua avaliação sobre os investimentos realizados neste ano pela petrolífera no Brasil, bem como as perspectivas para 2013.
1X) NNpetro - Como a senhora avalia o ano de 2012 para a Shell em relação aos investimentos no setor de óleo e gás?
 Manoela Lopes - A Shell considera o Brasil uma área estratégica e está interessada em continuar a investir e ampliar seu portfólio na região - desde 1998, a companhia já investiu mais de US$ 4 bilhões em suas atividades de Upstream no país.
Temos investido fortemente na execução da Fase 2 do projeto no Parque das Conchas, na Bacia de Campos, uma das mais importantes iniciativas de Upstream do Grupo Shell no mundo, que envolve a perfuração de 11 novos poços. O primeiro óleo da Fase 2 está previsto para o final de 2013. A empresa também está trabalhando ativamente em uma possível Fase 3 que, se aprovada, poderá ser implementada até 2015.
2X) NNpetro - Quais são as perspectivas da empresa para 2013?
Manoela Lopes - Em abril de 2013, a Shell comemora 100 anos de presença no Brasil, onde está presente em onze concessões, sendo seis offshore e cinco onshore. Por boa parte de 2013, a Shell deve ter duas sondas de perfuração operando em águas brasileiras, o que é um atestado do nosso compromisso com o país.
Prevemos também perfurar o primeiro poço exploratório na bacia de São Francisco, nossa primeira empreitada em terra no Brasil. Isso sem falar do investimento em etanol através da Raízen - nossa joint venture com a Cosan - e de nossa atuação no mercado de lubrificantes. Acreditamos estar muito bem posicionados para seguir contribuindo com o desenvolvimento da indústria de petróleo e gás no país.
3X) NNpetro - Os leilões de petróleo foram confirmados para 2013 pelo Governo Federal. Quais são as expectativas da empresa quanto aos investimentos na 11ª rodada de licitações de petróleo e também no primeiro leilão do pré-sal?
Manoela Lopes - A Shell participou da maioria das rodadas licitatórias de Upstream no Brasil desde 1998, adquirindo blocos de exploração e fazendo investimentos significativos no país. Vemos a 11ª Rodada, confirmada pelo governo para 2013, como uma decisão tomada na direção do crescimento do país. A companhia tem total interesse e irá olhar com muita atenção as áreas que vierem a leilão, seja no pré-sal ou pós-sal, em terra ou mar.
4X) NNpetro - Na sua visão, a estagnação dos leilões de petróleo interferiu na indústria de óleo e gás brasileira?
Manoela Lopes - Os leilões são muito importantes porque colocam toda a cadeia da atividade de óleo e gás operando continuamente. É muito custoso para o setor trabalhar em hiato. A regularidade dos leilões traz uma perspectiva muito importante de continuidade dos negócios. Significa geração de empregos e mais perspectivas de sustentabilidade de negócio não só para nós, operadores, mas para os nossos fornecedores.
Os investimentos em óleo e gás trazem junto desenvolvimento de indústrias, empregos, royalties. Sem dúvida, são ferramentas importantes para o crescimento e segurança energética do país.
5X) NNpetro - A Shell pretende começar no ano que vem a perfurar seu primeiro poço exploratório de gás de xisto em Minas Gerais. Já existe uma estimativa de produção na região? Como o senhor enxerga o desenvolvimento da extração desse tipo gás?
Monoela Lopes - Em maio deste ano, concluímos a aquisição de sísmica na Bacia de São Francisco (MG), o primeiro projeto em terra da Shell no Brasil. Aproximadamente 1.200 km de dados sísmicos foram adquiridos. Esperamos perfurar o primeiro poço de exploração no início de 2013. Só podemos confirmar presença de hidrocarbonetos na região após a perfuração.
Sobre o desenvolvimento da extração de gás em estruturas convencionais ou em reservatórios não-convencionais (ou mesmo de outras fontes de energia), é importante ressaltar que em 2050, quando a população mundial terá atingido 9 bilhões de pessoas, a demanda global por energia irá dobrar. O gás natural, o combustível fóssil mais limpo que existe, será essencial para atender a essa crescente demanda. De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), há gás natural suficiente no mundo para atender a essa necessidade. Assim, a Shell entende que o gás natural é um aliado essencial na busca de um futuro energético sustentável. Até o fim de 2012 devemos, pela primeira vez, produzir mais gás do que óleo em escala global. 

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