A HA (Hipertensão Arterial) e o DM (Diabetes Mellitus) são apontados como os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares que, por sua vez, constituem a principal causa de morbimortalidade na população brasileira, segundo o Ministério da Saúde. Tal situação configura preocupantes problemas de saúde coletiva no Brasil por suas elevadas prevalências, pelas complicações agudas e crônicas elevando também custos sociais e econômicos decorrentes do uso de serviços de saúde, absenteísmo, aposentadoria precoce e incapacidade para o trabalho. Sendo assim, tais doenças merecem atenção no que se refere à saúde do trabalhador. Quais são os hábitos de vida adotados pelos trabalhadores portadores de Hipertensão Arterial e/ou Diabetes Mellitus de uma empresa do ramo de navegação? A distância do convívio da família, a sensação de enclausuramento e de falta de liberdade, a preocupação com segurança, o desgaste mental e o nervosismo que envolve o pré-embarque e o embarque em si, podem levar a possíveis alterações de humor, tornando esse indivíduo mais suscetível ao estresse. Com todas essas mudanças, esse trabalhador pode negligenciar o autocuidado, adotando hábitos maléficos à saúde, tais como sedentarismo, etilismo e adoção de alimentação inadequada, com consequente aumento de peso. Esses fatores podem agravar seu estado de saúde já comprometido. No Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por 65% do total de óbitos na faixa etária de 30 a 69 anos. Entre as doenças cardiovasculares, o AVE (Acidente Vascular Encefálico) e o IAM (Infarto Agudo do Miocárdio) são as mais prevalentes. Dessa forma, a Hipertensão Arterial constitui o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, cuja primeira causa de morte, o AVE, tem como origem a hipertensão não controlada. Dados do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) demonstram que 40% das aposentadorias precoces decorrem das complicações causadas pela Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. Essas aposentadorias e outros afastamentos ocasionados por conta das complicações causadas pela HA e DM, aumentam a taxa de absenteísmo na empresa em que indivíduos portadores dessas doenças estão inseridos, gerando enormes problemas, tais como retardamento, descontentamento de pessoas que dependem da produção do colaborador afastado e, nos casos de aposentadoria precoce, mobilização por parte da empresa para encontrar um substituto.
Fonte: Revista Proteção
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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Maus hábitos de vida de embarcados são fatores de risco
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