SEGUROS A indústria de petróleo e gás é uma das mais disputadas pelas seguradoras, que investem tempo e recursos para conquistar clientes de peso. Esse segmento é de longo prazo. Enquanto em outros o boom de contratos de seguros termina precocemente, a exploração de petróleo continuará demandando seguros pelas próximas duas décadas. O mercado segurador mundial pagou USD 33 bilhões em indenizações por conta de acidentes nos setores de óleo e gás em cerca de 40 anos, levando-se em conta apenas as chamadas apólices de propriedade, que cobrem os danos causados por incêndio, clima e outros eventos. É o que mostra um levantamento exclusivo ao Brasil Econômico feito pela Marsh, empresa de corretagem de seguros e gerenciamento de risco
ACIDENTES Os acidentes foram em plataformas da Bacia de Campos, situada no Rio de Janeiro e operada pela Petrobras. A atividade das plataformas tem sido a com maior crescimento nas perdas para o mercado segurador. Os prejuízos, que estavam em torno de USD 1 bilhão entre 1992 e 1996, passaram a cerca de USD 2,5 bilhões entre os anos de 2007 e 2011, revela o estudo ou seja, mais que dobraram em prazo de cinco anos. Com as carteiras de encomendas em alta por conta do pré-sal, a Petrobras pretende triplicar o número de plataformas até 2020, passando de 15 para 53. O objetivo é dobrar a produção de petróleo no período, ao passar de 2,5 milhões de barris por dia, para 5,3 milhões.
DESAFIOS O apoio logístico e naval para o pré-sal também vai ser ampliado. Com esses novos desafios as companhias petrolíferas têm que estar atentas na área do bem-estar do funcionário, na saúde, em quais cuidados os profissionais que trabalham nos navios e plataformas terão que tomar ao longo dos anos. Segundo Luciana Santana, diretora da Life Insurance, empresa que atua na área de consultoria e assessoria de seguros para diversas empresas, inclusive no ramo de petróleo e gás, os riscos na área de engenharia são mais amplos, porque envolvem instalações, construções e montagens. Ela fez questão de salientar que no caso da extração de petróleo, o risco é mais iminente.
PERDAS De acordo com o estudo feito pela Marsh, as perdas contabilizadas correspondem aos 100 maiores desastres nas atividades de petroquímicas, plataformas, refinarias, processamento de gás e de distribuição entre 1972 e 2011, descontando a inflação do período. O Brasil aparece na lista com dois incidentes que causaram perdas de USD 1,4 bilhão, o que representa 4,2% do total despendido em indenizações pelo mercado segurador com o setor de petróleo e gás desde 1972.
Fonte: NN - Rodrigo Leitão
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