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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

PROFISSÕES: Soldador: um futuro promissor


Com salários iniciais de R$ 800, mas com potencial para ofertar remunerações de até R$ 8 mil, a a profissão atrai cada vez mais interessados no Estado

Uma das características do desenvolvimento econômico é o seu poder de multiplicação de empregos, gerando, inclusive, novas profissões. Um exemplo deste fenômeno em Pernambuco é o aumento da demanda por profissionais especialistas em soldagem, estimulado pela atual montagem da indústria do petróleo e gás no Estado, um setor que inclui refinaria, estaleiro e as petroquímicas de POY e PET. Somente o Estaleiro Atlântico Sul espera contratar este ano cerca de 500 profissionais, isso sem falar em outros empreendimentos que estão para chegar, como o estaleiro do consórcio Schahin-Modec.
Perspectiva de bons rendimentos atrai pessoas de outras áreas técnicas para a profissão .
Eduardo Veiga, diretor do Senai Cabo, explica que existem hoje duas formas básicas de ingressar na carreira de soldador. “A primeira delas é através do Senai Cabo, que oferece cursos de treinamento de qualificação e também o curso técnico”, comentou. A outra forma é através do Programa de Mobilização da Indústria do Petróleo e Gás Natural (Prominp).A carreira de soldador começa com um salário na faixa dos R$ 800, mas com desenvolvimento e investimento pessoal pode pagar mais de R$ 8 mil, como no caso dos inspetores de solda de nível 2. Em outras palavras, o aumento das vagas também traz exigências de qualificação do profissional, até porque a qualidade atestada do serviço é uma condição que uma empresa como a Petrobras – a maior cliente do setor – não abre mão.
A notícia ruim para quem pretende ingressar nesta carreira é que a fila de espera é grande. No caso do Senai do Cabo, Eduardo Veiga contabiliza que existe uma fila de espera de 1.500 pré-inscritos. “Nossa meta, no entanto, é zerar esse estoque até setembro”, diz.
O importante mesmo para quem quer seguir no caminho é se inscrever. “Me matriculei há seis meses no curso do Cabo e o pessoal me ligou agora. Comecei dia 19 e já nem esperava mais ser chamado”, comenta o estudante de Marketing Gustavo Cavalcanti, de 22 anos. Seu interesse, conta, é seguir na carreira para tentar chegar ao posto máximo, de inspetor de soldagem. “Fiquei sabendo da profissão através de um amigo e quero chegar a ser inspetor porque é um cargo que paga salários de R$ 8 mil. É um pagamento bacana”, conta. Para chegar lá, Gustavo vai começar se qualificando na área e vai pagar duas parcelas de R$ 187 para o curso inicial.
Fazer um curso de soldador, no entanto, não garante o aprendizado imediato. As aulas de capacitação têm duração de 300 horas. O Estaleiro Atlântico Sul, por exemplo, recebe o pessoal qualificado mas ainda remete o grupo para um treinamento específico na área naval. “É impossível preparar um profissional de solda em três meses. Os cursos do Senai têm o seu papel na formação de pessoal, mas precisamos dar mais instruções específicas. Temos um Centro de Treinamento para começarmos a formar o nosso pessoal”, informa o diretor administrativo e de RH do EAS, Gérson Beluci. Ele informa que até o final deste ano a empresa terá investido R$ 10 milhões na formação de seu pessoal.
Fonte: Por Leonardo Spinelli

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