javascript:; F Petróleo Infonet: Vazamentos de petróleo alertam o Brasil do pré-sal

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Vazamentos de petróleo alertam o Brasil do pré-sal


Em pouco menos de três meses, o Brasil foi cenário de dois vazamentos capazes de provocar um grande temor no setor petrolífero nacional. O primeiro, ocorrido em 7 de novembro pela multinacional americana Chevron, provocou o derramamento de 2.400 barris de óleo na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, e revelou o nível de negligência que uma companhia pode chegar, principalmente se as leis locais não forem brandas o suficiente para punir os responsáveis.
Na terça-feira, (31/02), outro vazamento, bem menor, foi anunciado pela Petrobras e provocou o derramamento de 160 barris ao ter rompido um trecho da coluna de produção do FPWSO Dynamic Producer, a cerca de 300 quilômetros de São Paulo, na camada pré-sal, onde a profundidade é de 2.140 metros. O navio-plataforma realiza o Teste de Longa Duração de Carioca Nordeste na Bacia de Santos, segundo comunicado da estatal. Após o rompimento, a Petrobras divulgou que o sistema de segurança fechou o poço automaticamente. As causas do acidente ainda estão sendo investigadas.

No momento de prospecção do pré-sal vivenciado pelo Brasil, os acidentes da Chevron e da Petrobras, em um intervalo tão pequeno, podem ser ainda mais preocupantes. Muito já se questionou sobre a capacidade de o País extrair óleo de uma profundidade entre 4 e 7 quilômetros abaixo da superfície da água. A quantidade de tecnologias avançadíssimas exigidas para o processo é grande e, segundo testes realizados pela própria Petrobras, ainda não está comprovado que o Brasil superou o desafio.

Outra questão, já apontada antes mesmo de ocorrerem os dois últimos vazamentos de petróleo no litoral brasileiro, é sobre a vantagem de se investir bilhões – ainda não se tem ideia da quantia exata, já que os campos de extração não são completamente conhecidos – na extração de um combustível finito e poluidor. Os recentes incidentes mostram que o Brasil tem muito a crescer, desde a legislação, que precisa punir possíveis irresponsabilidades, como no caso dos vazamentos, até a posse (seja por desenvolvimento ou importação) de tecnologias e processos avançados capazes de arcar com o processo de extração sem deixar cicatrizes ao País.

Fonte: Click Macaé

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