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segunda-feira, 5 de março de 2012

Outros métodos de limpeza de petróleo derramado



sol, a ação das ondas e o clima podem contribuir para a dissolução do petróleo na água. Ele termina por evaporar, um dia. Por causa disso, os especialistas não interferem em determinadas manchas de petróleo. Caso a mancha não ameace a vida natural, os negócios ou os assentamentos populacionais, as agências de limpeza podem optar por permitir que processos naturais se encarreguem da limpeza. O petróleo sempre flutua na água salgada e quase sempre em água doce. Na água doce, porém, o petróleo cru das variedades mais pesadas pode afundar. Muitas vezes, ao se dissolver, o petróleo se mistura com a água - em companhia de particulados como a areia - e se torna uma esfera de piche. Essas esferas tendem a endurecer pelo lado de fora e a manter a suavidade na porção central. Como se dispersam e se espalham, as esferas de piche e outras formas degradadas de petróleo presentes no mar não representam a mesma espécie de ameaça ambiental que uma mancha concentrada.
Muitas vezes, as manchas de petróleo derramado em águas tropicais são tratadas com dispersantes - produtos químicos que promovem dissolução mais rápida do petróleo do que a natureza propiciaria. Os dispersantes podem causar a fragmentação de uma mancha, permitindo que gotículas de petróleo se misturem com a água e sejam absorvidas mais rapidamente pelo sistema aquático. Esses produtos químicos apresentam, no entanto, alguns riscos. O petróleo dissolvido pode ser absorvido pela vida marinha e se tornar parte da cadeia alimentar. Um estudo israelense (em inglês) conduzido em 2007 também reportou que a combinação entre dispersantes e petróleo dissolvido pode ser mais tóxica para os recifes de coral do que o petróleo bruto em sua forma original [fonte: Science Daily (em inglês)].
Quando uma mancha ameaça se expandir por áreas costeiras - ou pior, quando ela ocorre em uma área costeira, como em casos nos quais um petroleiro encalha ou uma refinaria sofre um vazamento - a situação se torna mais séria. Limpar a mancha também fica mais difícil e os métodos usados no tratamento do petróleo precisam ser mais delicados.
Um método para enfrentar manchas de petróleo que chegaram à costa é o uso de agentes biológicos. Fertilizantes como o fósforo e o nitrogênio são espalhados por uma costa atingida por uma mancha de petróleo com o objetivo de fomentar o crescimento de microorganismos, que promovem a dissolução do petróleo aos seus componentes naturais, tais como ácidos graxos e dióxido de carbono. Outras formas de agentes biológicos também podem ser usadas em derramamentos costeiros ou em mar aberto.
Mas os derramamentos na costa têm probabilidade maior de afetar o habitat da fauna.
Oily bird
Foto por Justin Sullivan/Getty Images
Salvar a fauna (como esse pássaro que sofre com a poluição de um derramamento na baía de San Francisco em 2007) é outro fator importante na limpeza de manchas de petróleo 
A severidade da mancha e a sua proximidade de habitats da fauna têm efeito sobre o número de animais marinhos mortos ou lesados pelo problema. Aves aquáticas e outros animais, como focas e lontras, podem ficar recobertos de óleo, o que remove a impermeabilidade das penas das aves e o isolamento oferecido aos mamíferos aquáticos por sua pelagem. Os animais também podem ser envenenados pelo petróleo ao ingeri-lo quando tentam lamber seus corpos para fins de limpeza [fonte: NOAA (em inglês)].
As agências que cuidam da limpeza das manchas usam espantalhos flutuantes e balões para assustar os animais e afastá-los das áreas afetadas pelas manchas, mas isso não evita que eles sejam atingidos. Os especialistas dispõem de técnicas que ajudam a minimizar o índice de mortalidade entre os animais que sofrem com a poluição por petróleo, mas resgatar aves e mamíferos marinhos como as morsas e as lontras causa problemas. Há um dado encorajador: desde que o Exxon Valdez encalhou, os especialistas vêm tendo de limpar derramamentos de petróleo com freqüência menor. A Guarda Costeira dos EUA reporta que entre 1989 e 2004 o número anual de casos de derramamento de petróleo em águasnorte-americanas (em inglês) caiu em 58%.
Não importa o sucesso e a dimensão que os esforços de recuperação tenham atingido, manchas de petróleo deixam uma marca indelével sobre o meio ambiente. Em 2007, 18 anos depois do acidente com o Exxon Valdez, ainda existem áreas do estreito Prince William que continuam poluídas com petróleo, o qual ainda não foi inteiramente biodegradado [fonte: Science Daily (em inglês)].
Fonte: Howstuffworks

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