javascript:; F Petróleo Infonet: Brasil está refém da China

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Brasil está refém da China


Depois do anúncio do Plano Brasil Maior, Brasil não consegue reverter quadro de importações do país asiático
Quando a presidente Dilma Rousseff anunciou em março, o Plano Brasil Maior, um dos objetivos alegados pelo governo foi proteger a indústria nacional contra o comércio agressivo de importações vindas principalmente da China e fazendo com que as empresas brasileiras não tivessem fôlego de competir contra o mercado asiático. Contudo, essas defesas comerciais não fizeram o efeito esperado. Os chineses se tornaram os principais fornecedores do Brasil nos primeiros três meses deste ano, com uma fatia de 15,5% de tudo o que se importa, ultrapassando os EUA (14,6%).
A agressividade chinesa pode ser constatada na comparação com 2000, quando era apenas o 11º fornecedor do Brasil, com participação de 2,19% no total importado. Só em 2011, as compras brasileiras deram um salto de US$ 7,19 bilhões.
Pelos cálculos do governo, se todos os processos de antidumping em análise ou em curso pudessem impedir a entrada dos produtos questionados, os efeitos seriam sobre apenas 3% do comércio. O país importa nove mil produtos todos os anos. De acordo com o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro, essas medidas são apenas “uma gota no oceano”. Segundo o executivo, o Brasil precisa mais de reformas estruturais que poderão dar impulso ao conteúdo local e uma situação cambial mais favorável.
Quando falamos em petróleo no Brasil, o mercado chinês está cada vez mais guloso. Segundo a consultoria Dealogic, a China investiu desde 2010 USD 15 bilhões no setor. A principal estratégia asiática é comprar participações em empresas já atuantes para assegurar fornecimento ao país. Para o diretor-geral da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico (CBCDE), Tang Wei, há muitas empresas estatais chinesas atuando no Brasil, principalmente a Sinopec - nona maior petroleira em valor de mercado. “O mercado brasileiro nos interessa muito. A China tem uma necessidade muito grande pelo setor de petróleo do Brasil”, afirmou Wei.
Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a China será em breve o maior consumidor mundial de petróleo, dado o interesse por carros protagonizado por sua crescente classe média.
Fonte: NN

Nenhum comentário:

Postar um comentário




Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...