Alvo de constantes reavaliações da Petrobrás, o investimento no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) deve ficar em pelo menos R$ 36 bilhões, mais do que o dobro estimado inicialmente pela estatal, aponta uma projeção da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio. O primeiro valor com o qual a Petrobrás trabalhou foi US$ 8,4 (cerca de R$ 15,3 bilhões).
O montante atual, que inclui os aportes que deverão ser feitos pela Braskem, sócia da estatal no negócio, já supera o custo de implantação do trem-bala, ligando a capital fluminense a São Paulo, e o da Usina de Belo Monte, no Pará. A estimativa, divulgada ontem em encontro promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais do Rio (Lide-Rio), foi feita pelo governo do Rio com base em outros projetos de refinarias, como o de Abreu e Lima, em Pernambuco, também da Petrobrás.
Segundo o secretário de Desenvolvimento do Estado, Júlio Bueno, essa ainda é uma projeção conservadora. A expectativa do governo é de que o empreendimento, que tem cerca de 30% das obras concluídas, seja tocado com rapidez daqui para a frente. "Os trabalhos estão avançando. O País precisa aumentar o refino por causa do aumento da demanda por combustíveis", disse.
A previsão da Petrobrás é concluir o projeto em 2014, ou seja, com um atraso de três anos ante o prazo inicial, 2011. O Comperj terá uma refinaria e unidades geradoras de produtos petroquímicos de primeira e segunda gerações. Procurada, a estatal preferiu não comentar o assunto.
Fonte: O Estadão
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