Até 2014, estarão instalados no Parque Tecnológico Rio pelo menos 12 grandes empresas
NNpetro – Júlia Moura
O Parque Tecnológico do Rio, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão, teve um crescimento exponencial nos últimos três anos. Empresas de ponta do setor de óleo e gás estão com suas instalações na Ilha do Petróleo, como é conhecida. Considerado um dos centros de excelência em pesquisa em petróleo, gás e energia, o parque – que completa 10 anos no próximo ano - atrai multinacionais e centros de pesquisa, que vão gerar emprego e desenvolvimento.
“O parque é um referência para o Brasil e para o mundo na cadeia de petróleo. O fenômeno que está acontecendo no parque é visível para a indústria mundial. Grandes players mundiais estão se instalando aqui, como GE (General Electric), Schumberger, Siemens e Halliburton. Recentemente o grupo Georadar [especializado em serviços onshore e offshore de levantamentos geofísicos] venceu licitação para implantar seu centro de pesquisa conosco”, avalia o diretor do parque, Maurício Guedes, se referindo ao aumento de investimentos no setor, muito por conta das descobertas do pré-sal.
Até 2014, quando as obras deverão estar concluídas, estarão instalados centros de pesquisa de pelo menos 12 grandes empresas, cinco laboratórios mantidos pela Coppe e uma dezena de pequenas e médias empresas. Hoje, de acordo com Guedes, existem mais de mil trabalhadores na ilha, mas a expectativa, para os próximos dois anos, é chegar a cinco mil profissionais – entre nível técnico, mestres e doutores - nos centros em construção, com investimentos públicos e privados de R$ 500 milhões.
“Estamos iniciando um processo de planejamento para enxergar o parque daqui a 30 anos. Este núcleo teve um crescimento muito grande nos últimos três anos. Essa força de geração, conhecimento e inovação, que está se concentrando na cidade universitária, terá externalidades. Poderá atrair atividades inovadoras para o entorno da Ilha do Fundão e para o Rio, não só na área de petróleo”, acredita o diretor.
Expansão
O sucesso do empreendimento é atribuído a rápida licitação de terrenos disponíveis. Este movimento foi impulsionado por dois fatores: a presença de uma empresa âncora, a Petrobras, através de seu centro de pesquisas, o Cenpes, criado nos anos 60, e a descoberta do pré-sal, anunciada em 2007. Desenvolver tecnologias para a sua exploração se tornou um desafio que vem ajudando a alavancar a economia brasileira.
Apenas nove anos após sua inauguração, o novo desafio do parque é a busca por novas áreas para expansão. Entre os projetos futuros do parque, se encontram a construção da Torre da Inovação e a expansão do terreno do parque para a Ilha do Bom Jesus, no chamado Polo Verde.
Projetos futuros
O estímulo para a entrada de pequenas e médias empresas em diversos setores é um dos objetivos da direção do Parque do Rio. Atualmente com 24 empresas de pequeno porte. Este número deve aumentar para 100 com a criação da Torre de Inovação. O terreno de 240 mil metros quadrados na Ilha do Bom Jesus virá se somar à área original do parque. A expansão foi viabilizada através de negociações entre o Governo do Estado, a prefeitura do Rio de Janeiro e o Exército brasileiro. Segundo o parque, a ocupação seguirá um modelo ecologicamente sustentável, transformando o espaço no primeiro Polo Verde do país e criando um importante marco no avanço da economia verde.
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